Ministério Público instruiu oito processo sobre ataques armados no centro de Moçambique

por Lusa
Lusa

A procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, disse hoje no parlamento que em 2019 foram instaurados oito processos na província de Manica e um na província de Sofala, relacionados ataques armados no centro de Moçambique.

Beatriz Buchili falava durante a informação anual da Procuradoria-Geral da República na Assembleia da República, em cumprimento de um imperativo da Constituição moçambicana.

No entanto, salientou as dificuldades de recolha de prova, devido à insegurança na região centro.

"O prosseguimento da instrução preparatória e a correlativa investigação criminal, nestes processos, pressupõem diligências nos locais dos factos, zonas onde ocorrem ataques armados, o que inviabiliza o normal decurso dos processos", referiu a procuradora-geral da República.

Beatriz Buchili atribuiu os ataques armados na região centro "à autodenominada junta militar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo)" e que têm como alvos, sobretudo, viaturas de transporte de passageiros e de mercadorias.

Desde agosto de 2019, estas incursões atribuídas a uma dissidência da guerrilha da Renamo, principal partido da oposição, têm visado forças de segurança e civis em aldeias e nalguns troços de estrada da região, tendo causado mais de 20 mortos e vários feridos, além da destruição de veículos.

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