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Ministro afirma que Grécia nunca participou em deportações ilegais

por Lusa
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O Ministro da Imigração grego declarou hoje que a Grécia nunca participou em "alegadas" deportações ilegais de migrantes e celebrou a decisão da Comissão Europeia (CE) de convocar uma reunião com o Frontex para investigar acusações a este respeito.

"É claro que a Grécia não participa em supostas deportações. Nós monitorizamos as nossas fronteiras com respeito ao direito internacional e continuamos a resgatar centenas de migrantes todos os meses nas águas do Mediterrâneo", disse Notis Mitarakis, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

O ministro grego saudou a decisão da comissária europeia para as Migrações, Ylva Johansson, de convocar uma reunião urgente com o conselho de administração da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex) para 10 de novembro.

"A investigação ajudará a revelar a verdade", disse Mitarakis.

A Frontex anunciou na terça-feira uma investigação interna após relatos jornalísticos sobre o alegado envolvimento de funcionários seus num incidente que impediu a entrada de refugiados na União Europeia (UE) em março.

"A Frontex [...] irá proceder a uma investigação interna sobre incidentes suspeitos que foram relatados recentemente na imprensa", referiu num comunicado a agência.

"Até agora, não foram encontrados documentos ou outro tipo de material que comprove qualquer tipo de acusação de violação da lei ou do código de conduta da Frontex por parte dos oficiais destacados", sublinhou o comunicado.

No passado sábado, uma investigação conjunta de vários órgãos de comunicação europeus, onde consta o Der Spiegel e o Bellingcat, publicou um artigo que revela que vários operativos da Frontex estiveram, alegadamente, "ativamente envolvidos" num incidente, em março, na fronteira entre a Grécia e a Turquia, que impediu vários refugiados de entrarem na União Europeia (UE).

Os incidentes em questão, aponta o artigo, "são descritos pelo Centro Europeu de Direitos Constitucionais e Humanos [uma ONG] como incidentes em que os refugiados e os imigrantes são forçados a regressar a uma fronteira sem serem tomadas em consideração as suas circunstâncias individuais e sem qualquer possibilidade de pedir asilo ou de apresentar argumentos contra as medidas tomadas", sublinha o artigo.

Referindo que a Frontex procura "manter os mais altos padrões de guarda de fronteira" em todas as operações que leva a cabo, o diretor executivo da Frontex, Fabrice Leggeri, sublinhou também que a agência não tolera "quaisquer violações dos direitos fundamentais" nas suas atividades.

"A situação no leste do mar Egeu [local onde terá decorrido o incidente] complicou-se para os navios destacados da Frontex [...] devido ao desacordo entre a Grécia e a Turquia sobre as suas fronteiras marítimas. Isso também afetou as atividades de busca e de salvamento na área", frisou o comunicado.

 

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