Ministro israelita da Defesa retira-se da vida política

por RTP
Ehud Barak, o titular da pasta da Defesa israelita Gideon Markowicz, Epa

Ehud Barak anunciou inesperadamente que tenciona concluir o seu mandato governamental e retirar-se da vida política. O ministro cessante não deverá recandidatar-se às eleições para o Knesset (parlamento israelita), que terão lugar dentro de dois meses.

Ehud Barak explicou em conferência de imprensa: "Decidi retirar-me da vida política e não concorrer ao próximo Knesset. Acabarei o meu mandato como ministro da Defesa quando estiver constituído o próximo Governo, dentro de uns três meses".

Barak provinha do Partido Trabalhista e chegara a ser primeiro-ministro de um gabinete com maioria trabalhista, após derrotar Netanyahu nas eleições de 1999. Mais tarde, com a direita no poder, contentara-se com o Ministério da Defesa, em governo presidido por Ehud Olmert, com a participação minoritária do Partido Trabalhista.

Quando o Partido Trabalhista passou à oposição, Barak rompeu com este e criou, em 2011, um pequeno partido - "Independência" -, que lhe deixava as mãos livres para continuar no Governo da direita e dos fundamentalistas judeus. Agora sob a liderança de Benjamin Netanyahu, conservou a pasta da Defesa. Era um sustentáculo funcamental para a política de Netanyahu, tanto na recente ofensiva contra a Faixa de Gaza, como na preparação da guerra contra o Irão.

A sua retirada da vida política é anunciada com as eleições já marcadas para Janeiro de 2013 e após a publicação de sondagens que dão ao seu partido uma votação muito baixa.
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