Moçambique quer cooperação mais orientada para exploração de vantagens comparativas entre estados

por Lusa

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu hoje uma cooperação na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) mais orientada para a exploração de vantagens comparativas entre os estados membros como fator de promoção do desenvolvimento.

"Não é só a língua que nos une, une-nos também a vontade e necessidade de autoafirmação económica, tendo sempre em vista o desenvolvimento dos nossos países. É este cenário que deve sustentar as perspetivas de cooperação da CPLP, mais orientadas para a exploração das vantagens comparativas entre os estados membros como fator de promoção do desenvolvimento", disse.

O Presidente da República de Moçambique falava hoje durante a sessão de abertura da cimeira da CPLP em que participaram oito dos nove chefes de Estado dos países membros, circunstância que Filipe Nyusi considerou um "sinal de maturidade" e de "vontade comum de a colocar apta ao serviço dos nossos povos".

O chefe de Estado moçambicano, lembrou a realização, em maio, da primeira conferencia económica do mercado da CPLP, em Maputo, considerando que dela saíram propostas que "poderão constituir um passo qualitativo em direção à almejada integração comunitária".

Sobre o tema da mobilidade, que marcou os discursos de vários chefes de Estado, Nyusi remeteu para quarta-feira uma posição "mais desenvolvida" sobre a matéria.

Lembrou que não é possível ter uma CPLP "forte, prospera e segura" se cada "um dos seus membros não estiver seguro em paz e com o exercício do estado democrático".

Nesse sentido, saudou os progressos em curso na Guine Bissau "rumo à estabilidade política com diálogo" e fez votos para que o Brasil realize eleições "com sucesso e máxima brevidade".

"Em Moçambique, o processo de paz segue o seu curso e estamos confiantes que o diálogo que manterá e poderá trazer paz efetiva e duradoura", disse.

Os chefes de Estado de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe estão reunidos, na ilha do Sal, para cimeira da CPLP, que irá marcar o início da presidência cabo-verdiana da organização.

Timor-Leste está representado na cimeira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Cabo Verde assume hoje, por dois anos, a presidência rotativa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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