Morre congressista republicano norte-americano acusado de assédio sexual

por Lusa

O congressista estatal do Kentucky e pastor evangélico Dan Johnson morreu na quarta-feira, num aparente suicídio, dois dias depois de ser acusado de assédio sexual por uma mulher, disseram as autoridades.

O médico legista do condado, Dave Billings, afirmou que a morte de Johnson foi causada por um único tiro, numa ponte de Mount Washinton, perto de Louisville, onde estacionou o automóvel. A autópsia deverá ser feita durante o dia de hoje, acrescentou.

Também o xerife do condado de Bullitt, Donnie Tinnell, e a televisão local WDRB, Johnson, de 57 anos, indicaram tratar-se de suicídio com um tiro, numa ponte de Mount Washington, perto de Louisville.

Na segunda-feira, Johnson foi acusado por uma mulher de a ter beijado e tocado sem o seu consentimento na noite de Ano Novo em 2012, quando ela tinha 17 anos. Na altura, a adolescente fez queixa na polícia, que investigou, mas fechou o caso, sem apresentar acusações.

Numa conferência de imprensa, realizada na terça-feira, na sua igreja em Louisville, Johnson negou as acusações, que considerou parte de uma campanha contra os republicanos norte-americanos.

Dan Johnson era um polémico pastor evangélico que foi eleito para a Câmara dos Representantes pelo Kentucky em 2016, pelo partido republicano.

Durante a campanha eleitoral comparou o então Presidente dos Estados Unidos Barack Obama e a primeira-dama Michelle Obama com primatas.

Dezenas de mulheres e alguns homens denunciaram nos últimos meses terem sido vítimas de agressões ou assédio sexual, num movimento já conhecido como "Me too" ("Eu também").

As denúncias, que começaram com o poderoso produtos de Hollywood Harvey Weinstein, abalaram o mundo do espetáculo, a política e os meios de comunicação.

Meia centena de produtores, atores, congressistas e jornalistas foram despedidos ou demitiram-se na sequência das denúncias.
Tópicos
pub