Sara Netanyahu, mulher do primeiro-ministro de Israel, foi esta quinta-feira acusada de fraude por gastar milhares de dólares de fundos públicos em refeições gourmet.
Sara Netanyahu é acusada de ter gasto 96 mil dólares (83 mil euros) em refeições de restaurantes gourmet entre 2010 e 2013, encomendadas para a residência do primeiro-ministro. Segundo o jornal Haaretz, é riogorosamente proibido encomendar refeições do exterior sempre que existe um cozinheiro de serviço na residência oficial.
Investigações vieram a descobrir que a mulher do primeiro-ministro de Israel deu instruções ao staff para que o emprego do cozinheiro fosse omitido, aparecendo registado na residência como membro da equipa de manutenção, justificando assim os números elevados de despesas.
Segundo o jornal israelita, Sara Netanyahu estava ciente de que violava as regras.
Vários casos de corrupção
Esta não é, no entanto, a primeira vez que o primeiro-ministro israelita e a sua mulher são acusados de fraude. Benjamin Netanyahu, segundo a agência Reuters, no início deste ano, foi acusado de corrupção e tráfico de influências.
Sara Netanyahu, segundo o jornal Haaretz, começou a ser investigada em julho de 2015 por várias irregularidades, incluindo o uso de fundos públicos para várias refeições e funcionários que seriam pagos pelo Estado mas trabalhavam na residência oficial.
Em janeiro deste ano, a mulher do primeiro-ministro israelita esteve perante a primeira audiência em tribunal. Sara Netanyahu não admitiu as acusações dos procuradores, recusando pagar o valor das refeições.
Benjamin Netanyahu tem negado, igualmente, todas as acusações. O casal acusa o antigo responsável pela gestão da residência oficial pela aquisição das refeições.