Os Estados Unidos, o Reino Unido e a NATO querem garantir que a Rússia não deita mão aos destroços de um caça supersónico, que caiu na quarta-feira passada no Mar Mediterrâneo, pouco depois de ter descolado do porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth. A NATO receia que Moscovo possa chegar primeiro e apoderar-se da tecnologia do F-35B, apesar de dizer o contrário.
“Vamos recuperá-lo primeiro [do que a Rússia], garanto-vos”, disse o general Simon Doran, o mais alto graduado americano a bordo do porta-aviões britânico.
O piloto do caça, que opera no maior porta-aviões do Reino Unido, conseguiu ejetar-se e voltar ao navio em segurança.
“Incidente verdadeiramente lamentável”
O jato F-35B suscita muita curiosidade e cobiça. Variante da quinta geração de F-35, este modelo é capaz de fazer uma aterragem vertical e uma descolagem curta. Fabricado pela americana Lockheed Martin, o F35-B é dotado da tecnologia Stealth, cujo material especial na fuselagem e formato assimétrico para absorver ondas de radar ou refleti-las, permite que o avião opere em espaço aéreo hostil sem ser detetado pelo inimigo.
Por estes motivos, a perda de um F-35B é um “incidente verdadeiramente lamentável (…), um revés”, admitiu Steven Moorhouse, que chefia um dos nove navios no Mediterrâneo, acrescentando que “a fiabilidade deste aparelho e a nossa confiança nele e no projeto estão intactas”.
O Reino Unido tem 21 destes caças furtivos, a maior parte destinados aos porta-aviões HMS Queen Elizabeth e HMS Prince-of-Wales.
Por “razões operacionais”, a visita do príncipe Carlos ao porta-aviões, que estava próximo de Alexandria, no Egito, prevista para a passada sexta-feira, foi cancelada.
C/ AFP
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