O navio Aquarius, que transporta 629 migrantes vindos da Líbia, continua preso no mar Mediterrâneo, entre Itália e Malta. Os dois países recusam o desembarque nos seus portos.
As operações de socorro tiveram lugar em águas internacionais na costa da Líbia e foram coordenadas pela Itália, país que é a principal porta de entrada para os migrantes que atravessam o Mediterrâneo entre Norte da África e a Europa.
O novo ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, já tinha decidido acabar com a entrada de migrantes no país. “Estou a trabalhar para recuperar sete anos de atrasos. O nosso objetivo é reduzir os desembarques e aumentar as expulsões”, disse. No Facebook afirmou ainda que “salvar vidas é um dever”, mas a Itália passará a dizer “não ao tráfico de seres humanos e não ao negócio da imigração clandestina”.
Matteo SalviniNel Mediterraneo ci sono navi con bandiera di Olanda, Spagna, Gibilterra e Gran Bretagna, ci sono Ong tedesche e spagnole, c'è Malta che non accoglie nessuno, c'è la Francia che respinge alla...
O líder do partido de extrema-direita pediu a Malta que aceitasse o Aquarius. Uma decisão polémica, sobre a qual, em Itália, nem todos estão de acordo. "Salvini está a violar a lei internacional", disse Leoluca Orlando, presidente da câmara de Palermo.
#Aquarius @guardian#Palermo in ancient Greek meant ‘complete port’. We have always welcomed rescue boats and vessels who saved lives at sea. We will not stop now. Salvini is violating the international law.https://t.co/xllGOSzxj9
— Leoluca Orlando (@LeolucaOrlando1) 10 de junho de 2018
Early morning prayers onboard #Aquarius. All 629 people rescued in #Mediterranean are unaware of ongoing diplomatic standoff. #MSF urgently requests a swift resolution and a designated port of safety. https://t.co/x2EiK6nB4c
— MSF Sea (@MSF_Sea) 11 de junho de 2018
Embora a situação esteja calma, garante uma jornalista que segue a bordo do navio Aquarius, as pessoas começam a perguntar a razão pela qual estão parados.
#LIVE from the #Aquarius: we haven’t moved since last night. People are starting to ask why we have stopped. pic.twitter.com/OVN5CJhMp4
— Anelise Borges (@AnneliseBorges) 11 de junho de 2018