O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu esta quarta-feira que a coligação governamental permanece firme apesar das indicações da polícia para que seja indiciado por suborno. Netanyahu rejeita desta forma qualquer cenário de eleições antecipadas em Israel.
A decisão de indiciar Benjamin Netanyahu está agora nas mãos do procurador-geral de Israel, mas poderá levar semanas ou meses a ser decidida.
Para o procurador-geral seguiu a indicação para que Netanyahu seja acusado de dois crimes de corrupção, fraude e abuso de confiança.
São dois os casos que mereceram a investigação da polícia. Num primeiro, o primeiro-ministro e a sua mulher são suspeitos de aceitar subornos de milionários e homens de negócios. Benjamin e Sara Netanyahu teriam sido comprados com prendas, charutos e joalharia, na ordem das centenas de milhares de shekels.
O segundo caso aponta a alegados negócios entre Netanyahu e o dono do diário israelita Yedioth Ahronoth, que estaria instruído para publicar histórias favoráveis ao Governo. Em troca, o gabinete de Netanyahu empenhava-se em dificultar a vida ao Israel Hayom, um jornal concorrente do Yedioth.
Benjamin Netanyahu fala em “difamação”. O chefe do Governo diz que esta, como anteriores investigações em que surgiu como suspeito (15), foram lançadas com o único propósito de o retirar do poder: “Atacaram a minha mulher e os meus filhos de forma brutal para me conseguirem afetar”.
Netanyahu defende que não há qualquer base para a acusação, garantindo que as investigações – que não deveriam acontecer num Estado democrático – “não vão dar em nada”.