As autoridades francesas detiveram na quinta-feira à noite um homem suspeito de ter contactado com o autor do ataque que matou três pessoas na basílica de Notre Dame, em Nice. Foi dada ordem para encerrar todos os espaços religiosos na cidade.
De acordo com uma fonte judicial, citada pelas agências, o homem, de 47 anos, é suspeito de ter mantido contacto com o agressor, identificado entretanto como Brahim A., e foi levado sob custódia policial na noite de quinta-feira para interrogatório.
O detido terá estado em contacto com o responsável pelo ataque na véspera dos acontecimentos e fornecido um telemóvel, afirmou a fonte judicial, confirmando uma informação divulgada pelo jornal Nice-Matin. Segundo uma outra fonte próxima da investigação citada pela France Presse, este suspeito, que terá também de nacionalidade tunisina, foi preso pelas 21h50 de quinta-feira.
O autor do ataque é um tunisiano de 21 anos. De acordo com o procurador-geral francês para o combate ao terrorismo, Jean-François Ricard, Brahim A. chegou à ilha italiana de Lampedusa, no mar Mediterrâneo, no passado dia 20 de setembro e viajou em direção à capital francesa, Paris, poucas semanas depois, no dia 9 de outubro.
Três pessoas morreram, uma das quais degolada, no interior da basílica de Nossa Senhora de Nice, num ataque perpetrado na quinta-feira por um homem armado com uma arma branca. O agressor terá chegado à cidade de Nice na manhã do ataque, entrou na igreja às 8h29 da quinta-feira e matou uma mulher de 60 anos e o sacristão, de 55 anos. Uma cidadã brasileira de 44 anos, residente na França, foi atacada várias vezes e acabou por morrer num restaurante próximo, onde se refugiou.
Numa homenagem ao professor, Samuel Paty, o Presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou o compromisso de França com a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas. As declarações do chefe de Estado francês suscitaram contestação em vários países muçulmanos, incluindo manifestações e boicotes aos produtos franceses.
