A Nova Zelândia anunciou que não vai participar numa reunião sobre terrorismo, organizada pela Rússia e pelo Myanmar, em Moscovo, para evitar que a presença do país seja interpretada como apoio aos dois regimes.
À semelhança da Austrália, também a Nova Zelândia não vai estar representada na capital russa, nos dias 20 e 21 de julho, confirmou o subsecretário do Ministério da Defesa, Michael Swain, ao portal de notícias neozelandês Newsroom.
"Concluímos que os benefícios de participar para transmitir os pontos de vista da Nova Zelândia são ultrapassados pelos riscos de que estes sejam apresentados pela Rússia e Myanmar como um apoio", explicou o responsável.
Austrália e Nova Zelândia têm sido fortes críticos da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro deste ano, assim como do golpe militar no Myanmar (antiga Birmânia), em fevereiro de 2021.
O governo da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, condenou repetidamente a invasão levada a cabo pelo Presidente russo Vladimir Putin, lançando uma série de sanções contra personalidades e empresas russas, entre outras medidas, em consonância com os parceiros ocidentais.
Wellington também tomou medidas contra o Myanmar desde o golpe militar, incluindo a suspensão das relações bilaterais de alto nível e compromissos militares.
A Nova Zelândia impôs, além disso, uma série de proibições de viagem a personalidades associadas ao golpe que mergulhou o Myanmar numa profunda crise política, social e económica.