Novos confrontos em Hong Kong após dia de greve com 128 feridos e 260 detidos

por RTP
Athit Perawongmetha - Reuters

As ruas de Hong Kong voltaram esta manhã a ser palco de confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Isto um dia depois de um homem ter sido baleado pela polícia. Pelo menos 128 pessoas ficaram feridas e mais de 260 foram detidas durante as manifestações de segunda-feira.

De acordo com as autoridades hospitalares, o homem que foi baleado pelas autoridades de Hong Kong continua em "estado crítico". Em situação idêntica está um outro homem - pró-pequim - que foi incendiado durante uma discussão com manifestantes.

As últimas horas têm sido de fortes confrontos entre os manifestantes e as autoridades de Hong Kong, que anunciaram ao final da noite de ontem que mais de 260 pessoas foram detidas. A polícia diz que esta segunda-feira foi um dos dias mais violentos de que há registo na cidade, mas garante que vai continuar a aplicar a lei.

A manhã de terça-feira começou com mais protestos. Alguns serviços de transporte público foram novamente interrompidos e há registo de confrontos entre a polícia de choque e manifestantes em alguns `campus` universitários, onde agentes usaram gás lacrimogéneo.

Há escolas e universidades que, perante a situação, anunciaram a suspensão de aulas.

Em conferência de imprensa, a chefe do Executivo, Carrie Lam, voltou a acusar os manifestantes, dizendo que são "egoístas" ao continuarem com aquilo que descreveu como "atos de vandalismo".

A dirigente de Hong Kong, a quem os manifestantes exigem a demissão, agradeceu a todas as pessoas que não participaram na greve de segunda-feira e aos cidadãos que, voluntariamente, retiraram as barricadas colocadas pelos manifestantes nas ruas.

C/ Lusa

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