Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h51 – Estados Unidos concedem "proteção temporária" aos imigrantes ucranianos

Os Estados Unidos concederam na quinta-feira "proteção temporária" aos imigrantes ucranianos, impedindo a expulsão e dando-lhes o direito de trabalhar naquele país durante mais 18 meses, depois da União Europeia ter feito o mesmo.

Nestes tempos de "guerra e violência sem sentido", "vamos continuar a fornecer assistência e proteção aos ucranianos nos Estados Unidos", disse o secretário norte-americano para a Segurança Interna, Alejandro Mayorkas.

A medida, válida por 18 meses, aplica-se aos ucranianos que chegaram aos Estados Unidos antes de 1 de março e, portanto, não àqueles que fogem do conflito atual.

00h46 – Canadá vai facilitar entrada de refugiados ucranianos

O governo do Canadá vai criar um regime especial para a entrada de refugiados ucranianos. O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou ainda que o executivo vai continuar a enviar ajuda para a Ucrânia.

00h22 – Central nuclear na Ucrânia a arder após ataque russo

A central nuclear de Zaporizia, na Ucrânia, está a arder. O incêndio naquela que é a maior central nuclear da Europa foi provocado por um ataque das tropas russas.

Houve confrontos entre as forças russas e forças locais.
"Exigimos que parem os disparos com armas pesadas. Há uma ameaça real de perigo nuclear na maior central da Europa", alertou o porta-voz desta estação, Andriy Tuz.

A central nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar, é responsável pela produção de um quarto da energia da Ucrânia.

Também o autarca de Enerhodar denunciou bombardeamentos contra a central nuclear, que originaram um incêndio.

"Ameaça à segurança global. Como resultado do contínuo bombardeamento inimigo de edifícios e unidades da maior central nuclear da Europa, esta está a arder", referiu Dmitry Orlov através da sua conta da rede social Telegram.

O presidente da Câmara local diz que há vítimas, mas não se sabe ainda quantas.

00h07 - Habitantes de cidade ucraniana Sumy sem água e luz temem pela vida

Os habitantes da cidade de Sumy (nordeste), próxima da fronteira com a Rússia, estão sob fogo intenso e temem pela sua vida, relatou à Lusa uma habitante daquela cidade ucraniana, dizendo que lhes foi cortado o abastecimento de água e eletricidade.

"Não temos água e eletricidade. Putin e o povo russo estão a matar-nos, a destruir as nossas cidades, escolas e jardins de infância. Estamos a sangrar e a morrer com as bombas e os mísseis", afirmou Olena Levchenko, numa mensagem enviada à agência Lusa na noite de hoje.

"Morremos, porque somos ucranianos, porque queremos viver numa sociedade democrática, poder eleger o nosso presidente e influenciar as nossas autoridades, melhorar a nossa vida, o nosso futuro. Somos trabalhadores, gentis e prestáveis", adiantou no texto emocionado.

23h42 - Forças russas continuam a lutar pelo domínio da maior central nuclear da Europa

As forças russas continuam as investidas pelo controlo da importante cidade de Enerhodar, no sul da Ucrânia, onde está a maior central nuclear da Europa, enquanto as autoridades ucranianas apelam aos civis que combatam os invasores.

Segundo o autarca da cidade que é responsável por produzir cerca de um quarto da energia do país, as forças ucranianas combatem as tropas russas nos arredores de Enerhodar.

Vídeos mostram chamas e nuvens de fumo preto na cidade com mais de 50.000 habitantes, enquanto pessoas fogem daquele 'inferno', passando por carros destruídos, noticia a agência Associated Press (AP).

23h28 - Arábia Saudita disponibiliza-se para mediar conflito

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, disse hoje ao telefone ao presidente Vladimir Putin que o seu reino está disponível para mediar as negociações entre Rússia e Ucrânia.

O líder saudita aproveitou para reiterar o desejo de estabilidade no mercado dos combustíveis.

22h40 - SEF tem balcões dedicados exclusivamente a pedidos de ucranianos

22h35 - Família de refugiados ucranianos oriundos de Kiev descreve situação vivida

22h30 - Dezenas de marcas e empresas decidiram boicotar a Rússia
22h20 - Irina Golovanova. A perspetiva de uma russa a viver em Portugal

22h15 - Marcelo pondera vir a convocar Conselho de Estado e apela à contenção

O Presidente da República afirmou hoje que pondera vir a convocar o Conselho de Estado "em tempo oportuno", no caso de uma eventual "tomada de posição adicional" de Portugal em relação à ofensiva russa militar na Ucrânia.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava no final de uma visita a um pavilhão da Polícia Municipal de Lisboa que está a ser preparado para acolhimento de emergência de refugiados ucranianos, defendeu que neste momento os responsáveis políticos a nível global se devem conter nas suas declarações, em nome da procura da paz.

Sem nomear ninguém, o chefe de Estado observou: "Pode haver, naturalmente, exceções, e há exceções, o que se percebe, quando se trata de países que estão a braços com períodos eleitorais e em que há uma solicitação maior em termos de esclarecimento ou de intervenção".

"Eu pondero, em tempo oportuno, uma convocação do Conselho de Estado. Mas em tempo oportuno, num momento em que faça sentido, na sequência do Conselho de Estado, haver qualquer tomada de posição adicional, complementar, relativamente àquilo que tem sido feito e dito pelo senhor primeiro-ministro, pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, pelo senhor ministro da Defesa Nacional, e também pontualmente pelo Presidente da República", acrescentou.

22h10 - Ucrânia. Tribunal Internacional Penal vai investigar crimes de guerra
22h00 - Estações rádio europeias vão transmitir Give Peace a Chance

A iniciativa é da UER, a eurovisão europeia que junta as rádios e televisões públicas europeias e que organizou a transmissão do excerto da canção assinada por John Lennon Give Peace a Chance ('Dêm uma oportunidade à Paz'), contra a guerra na Ucrânia.

O excerto poderá ser ouvido em simultâneo em 150 rádios de 25 países, incluindo a Ucrânia, esta sexta-feira às 07h45 GMT, com rádios privadas a unirem-se à iniciativa.

“Os horrores da guerra contra a Ucrânia são a cada dia mais evidentes. A nossa solidariedade, a nossa humanidade e o nosso apoio são necessários”, declarou Patrícia Schlesinger, diretora da rádio regional de Berlim RBB, na origem do projeto.


21h50 - Igrejas ucranianas envolveram-se no esforço de defesa do país

21h40 - Ucrânia. Sirenes tocam na cidade de Lviv

21h30 - Números de vítimas mortais diferem entre Rússia e Ucrânia

21h20 - Invasão russa pode fazer mais de 10 milhões de refugiados admite ONU

Mais de dez milhões de pessoas podem fugir da Ucrânia em resultado da invasão russa, das quais quatro milhões procurarão refúgio da guerra nos países vizinhos, segundo projeções da ONU.

"Prevemos que mais de dez milhões de pessoas possam fugir das suas casas se a violência continuar, incluindo quatro milhões que podem atravessar para países vizinhos", disse hoje Stéphane Dujarric, o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Em sete dias de conflito, mais de um milhão de refugiados já deixaram a Ucrânia, um país com cerca de 43 milhões de cidadãos, para países vizinhos, especialmente a Polónia, segundo dados da agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

21h10 - Voluntários civis reforçam resistência em Kiev enquanto milhares vivem em abrigos improvisados

21h00 - Presidente da Rússia avisa que se Ucrânia não ceder o pior ainda estará para vir

20h58 - EUA anunciam novas sanções contra oligarcas russos

A Administração Biden anunciou hoje novas sanções contra oligarcas russos e outros do círculo próximo do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, enquanto as forças russas continuam a atacar a Ucrânia.

Os alvos das novas sanções incluem o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, e Alisher Burhanovich Usmanov, um dos homens mais ricos da Rússia e aliado próximo de Putin.

O Departamento de Estados dos Estados Unidos também informou imposição de proibições de visto a 19 oligarcas russos e dezenas de familiares e associados próximos.

"Essas pessoas e os seus familiares vão ser cortados do sistema financeiro dos Estados Unidos; os seus bens nos Estados Unidos vão ser congelados e as suas propriedades bloqueadas para utilização", adiantou a Casa Branca, anunciando as novas sanções.

(Agência Lusa)

20h55 - Príncipe saudita propõe-se como mediador

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, falou ao telefone com Vladimir Putin e propos-lhe ser mediador das negociações de paz com a Ucrânia.

A informação foi avançada pela Agência de Notícias oficial saudita.

O príncipe herdeiro saudita telefonou igualmente ao Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, garantindo que o reino fará tudo que possa contribuir para a redução da escalada na crise ucraniana.

20h45 - Lituânia homenageira "heróis" ucranianos com provocação à Rússia

A cidade de Vilnius alterou para "Rua dos Heróis Ucranianos" o nome da pequena via que leva à Embaixada da Rússia.

A decisão foi comunicada pelo presidente da edilidade no início da segunda semana da ofensiva russa na Ucrânia, que tem deparado com forte resistência militar e civil.

20h35 - Refugiados são "bem-vindos a Portugal" garante Marcelo

Durante a visita ao centro de acolhimento de emergência que abre sexta-feira em Lisboa operado pela Cruz Vermelha Portuguesa, o Chefe de Estado voltou a elogiar a comunidade ucraniana portugues e confirmou queos refugiados da guerra que se desenrola "são bem-vindos a Portugal".

O centro terá a capacidade de 100 camas deverá acolher uma ou duas noites no máximo os refugiados que venham para o país antes de serem concluídos os procedimentos de regularização.

Também no local, o presidente da Câmara Muncipal de Lisboa sublinhou que para já é impossível saber quantas pessoas passarão pello centro. Em Lisboa estão já duas dezenas de refugiados acolhidos em hotéis pela CML.

Moedas sublinhou que Lisboa é uma das primeiras cidades europeias a ter já preparado um centro de acolhimento.

20h20 - Linha EUA-Rússia para prevenir escalada

Militares norte-americanos e russos estabeleceram uma linha de comunicações para evitar incidentes involuntários entre as duas potências nucleares, confirmou uma fonte dos Estados Unidos.

A linha de prevenção de escalada pretende garantir que os pilotos de ambos os países ou os seus navios de guerra não disparem por engano uns contra os outros durante missões de vigilância no leste da Europa.

O canal militar foi instalado dia 1 de março, a partir da sede norte-americana do Comando Europeu, em Estugarda, Alemanha, após a resposta russa ao pedido norte-americano.

20h10 - Chanceler alemão apela a cessar-fogo

Um cessar-fogo é urgentemente necessário para ajudar a a desescalar a situação na Ucrânia, afirmou o chanceler alemão Olaf Scholz.

Scholz alertou ainda para a importa^nacia de evitar um conflito direto entre a NATO e a Rússia.

Para já, as sanções impostas contra a Rússia começam a mostrar efeitos, acrescentou.

20h00 - AIEA apela a fim dos combates em Zaporizhzhia

O diretor da agência das Nações Unidas para o controle da energia nuclear, Rafael Grossi, apelou russos e ucranianos a não combater na área em torno da central nuclear de Zaporizhizha, após a Ucrânia relatar confrontos na cidade vizinha de Enerdogar.

“O diretor-geral Grossi apela a um cessar imediato do uso da força em Enerdogar e pediu às forças militares a operar na área que evitem a violência perto da central nuclear”, referiu a AIEA em comunicado.

19h43 - Marcelo Rebelo de Sousa e Carlos Moedas visitam centro de acolhimento temporário em Lisboa

A ideia é que os refugiados fiquem alguns dias ou no máximo semanas no Centro para Refugiados de emergência com 100 camas que deverá abrir portas esta sexta-feira.

19h40 - Portugal envia 100 mil euros em medicamentos e material médico

Portugal enviou hoje material médico e medicamentos no valor de cerca de 100 mil euros de ajuda para a Ucrânia, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, anunciou o Ministério da Saúde (MS).

"Esta remessa, enviada por transporte terrestre para um armazém na Polónia junto à fronteira com a Ucrânia, inclui 204 mil unidades de medicamentos de uso hospitalar e de ambulatório, entre os quais antibióticos, medicamentos para a dor, soros para hidratação, bem como 416 mil seringas e agulhas, entre outros produtos", adianta o MS em comunicado.

O Governo refere também que este envio de material médico será o primeiro "de várias doações".

Estas doações estão a ser preparadas "com o apoio e a colaboração das associações da área do medicamento e dos dispositivos médicos em conformidade com listagens de necessidades de bens e serviços expressos pela Comissão Europeia e pelas autoridades nacionais dos Estados-membros".

19h38 - EUA pedem aos países africanos que condenem rotundamente a invasão russa

Os EUA pediram hoje aos países africanos que condenem rotundamente a invasão russa da Ucrânia, um dia após 16 daqueles países se terem abstido ou votado contra uma resolução nesse sentido na Assembleia Geral das Nações Unidas.

"Não estamos a pedir-vos que escolham lados. Pedimos aos africanos que se unam a nós para escolher os princípios (...) de soberania, integridade territorial, resolução pacífica de conflitos e proteção de civis", disse hoje a sub-secretária de Estado para os assuntos africanos, Molly Phee, numa conferência de imprensa virtual.

19h30 - Reino Unido sanciona mais dois oligarcas

O multimilionário russo de origem uzbeque Alisher Usmanov e o ex-vice-primeiro-ministro russo Igor Chouvalov, foram sancionados diretamente pelo reino Unido, anunciou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.

Usmanov já tinha sido afastado pelo clube de futebol de Everton.

“Sancionar Usmanov e Chouvalov envia a mensagem clara de que nós iremos atingir os oligarcas e os indivíduos mais próximos do regime de Putin e da sua guerra bárbara. Não ficaremos por aqui. O nosso objetivo é paralisar a economia russa e tirar o alimento da máquina de guerra de Putin” refere o comunicado assinado pela ministra LizTruss.

19h13 - Serviços secretos russos acusam Ocidente de querer “destruir” a Rússia

O diretor do SVR, os serviços de informação russos, Serguey Narychkin acusou num texto ameaçador os Ocidentais de pretenderem “destruir” a Rússia e justificou a invasão da Ucrânia com a vontade de Kiev se dotar de armas nucleares com comhecimento e apoio dos Estados Unidos.

“As máscaras caem. O Ocidente não procura somente cercar a Rússia de um novo ‘anel de ferro’. Trata-se de tentativas de destruir o nosso Estado – a sua “anulação”, declarou Narychkin, num texto longo de análise sobre as relações russo-ocidentais.

“Hoje, a guerra aproximou-se das próprias fronteiras da nossa pátria. Por isso para nós já não se tratar exatamente de uma guerra ‘fria’ mas pelo contrário ’quente’”, acrescentou.

Num tweet de resposta, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, denunciou mais “uma alucinação” do chefe dos SVR.

“De novo refuto esta mentira doentia. A Ucrânia sempre foi e mantém-se um membro responsável do NPT”, o Tratado de Não proliferação de Armas Nucleares.
19h06 - Cordão humano em Lisboa sexta-feira às 18h00

Multiplicam-se as manifestações de solidariedade com a Ucrânia.
 
Para amanhã está marcado em Lisboa um cordão humano pela paz na Ucrânia. Pedro Dionísio, da organização, dá os pormenores e deixa um apelo.

18h55 - Ambientalistas europeus pedem corte com petróleo e gás russos

Mais de duas dezenas de organizações ambientalistas europeias pediram hoje à União que pare de importar petróleo da Rússia e "acabe com o financiamento à guerra de Putin contra a Ucrânia".

As 25 organizações não governamentais, entre as quais se inclui a portuguesa Zero, defendem ainda que as bombas de combustível devem identificar a origem de todos os produtos petrolíferos" para que os consumidores não "financiem inadvertidamente o regime" do Presidente russo, Vladimir Putin.

Pedem ainda que seja cobrada uma "tarifa ou taxa" sobre todos os combustíveis fósseis provenientes da Rússia e, como medida principal, "um embargo completo" a estes produtos.

18h40 - UE já recebeu quase um milhão de refugiados, "milhões mais" virão

A comissária europeia dos Assuntos Internos saudou o acordo de hoje para acionar a diretiva de proteção temporária, apontando que a Europa já acolheu perto de um milhão de refugiados ucranianos e que "milhões mais" chegarão em fuga da guerra.

"Já recebemos na Europa quase um milhão de refugiados da Ucrânia. Vamos assistir [à vinda de] milhões mais. E é por isso que precisávamos desta legislação apropriada para dar proteção às pessoas" que fogem da invasão russa, disse Ylva Johansson, numa conferência de imprensa após uma reunião de ministros dos Assuntos Internos da UE, na qual foi alcançado um "acordo histórico" para ativar, pela primeira vez, a diretiva que concede proteção temporária no bloco a refugiados.

Congratulando-se por diversas vezes com a "enorme solidariedade com a Ucrânia, os ucranianos" e até mesmo entre os 27, numa matéria que costuma dividi-los -- o acolhimento de migrantes e refugiados -, afirmando-se mesmo "orgulhosa" nestes "tempos horríveis" de ser europeia, a comissária Johansson admitiu todavia que a UE "não pode ser ingénua", pois a chegada de milhões de ucranianos em fuga aos horrores da guerra constitui "um desafio" de grandes dimensões.

Johansson manifestou-se, contudo, convicta de que o bloco europeu está hoje muito melhor preparado para esta crise, como o demonstrou a reunião de hoje.

(Agência Lusa)

18h30 - Quase 7.000 cientistas russos contra a invasão da Ucrânia

Mais de 6.900 cientistas, matemáticos e universitários russos assinaram uma carta aberta ao Presidente Vladimir Putin para protestar “firmemente” contra a guerra na Ucrânia.

“Nós, os cientistas e jornalistas científicos a trabalhar na Rússia, protestamos firmemente contra a invasão militar da Ucrânia lançada pelo exército russo” há uma semana, escrevem numa carta publicada pelo sítio trv-science.runews

Os mais de 6.900 signatários da missiva arriscam o pagamento de coimas e a prisão ao abrigo da legislação adotada há alguns anos que autoriza as autoridades russas a perseguir qualquer cidadãos que critique o Governo.

Esta semana, o Parlamento russo começou a debater um projeto lei a reforçar as sanções contra as críticas á guerra na Ucrânia.

18h25 - Combates em Enerdogar perto da central nuclear

As forças russas estão a lutar pelo controlo de uma cidade vital produtora de energia no sul da Ucrânia e também ganharam terreno na tentativa de isolar do mar o país.

As imagens de Energodar mostram fogo e fumo espesso ao longo da estrada que leva à cidade.

Os moradores estão a erguer barricadas ao longo da estrada com carros e pneus, para impedir o avanço das tropas russas.

As autoridades de Energodar onde está a maior central nuclear da Europa, refere que as forças ucranianas estão a lutar contra as tropas russas nos arredores da cidade.

As unidades de autodefesa, juntamente com os funcionários da central nuclear e voluntários, estão em vigilância 24 horas por dia para proteger a cidade.

Com os russos às portas da cidade é pedido aos moradores que não saiam de casa.

18h20 - EUA coordena defesa aérea da Ucrânia

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros Dmytro Kuleba anunciou estar a coordenar com o seu homólogo norte-americano Antony Blinken o reforço das capacidades de defesa aérea da Ucrânia e o alargamento das sanções à Rússia.

"A Rússia deve cessar as hostilidades para permitir a abertura de corredores humanitárias”, escreveu Kulena na rede Twitter.
18h10 - Rainha Isabel II faz doação "substancial" aos refugiados

"Muito obrigada a sua majestade a Rainha por continuar a apoiar o Comité de Emergência para Desastres e por fazer um donativo generoso ao DEC Apelo Humanitário para a Ucrânia", tweetou uma aliança de organizações caritativas britânicas.

O Palácio de Buckingham afirmou que esta é uma matéria privada e declinou a divulgação de mais detalhes.

18h00 - Ponto da situação

O presidente ucraniano quer falar diretamente com Vladimir Putin. Zelensky defende que este diálogo "é a única forma de parar a guerra". E acusou a Rússia de querer atacar outros alvos europeus a seguir para recriar a União Soviética.

Vladimir Putin também falou e acusou as forças ucranianas, que apelidou "neonazis", de usar os civis como "escudos humanos" seguindo táticas "fascistas", garantindo que está a defender os "irmáos" ucranianos.

Terminou há instantes a segunda ronda de negociações entre Rússia e Ucrânia. Ficou acordada a criação de um corredor humanitário para a retirada de civis.

Kiev está debaixo de bombardeamentos. Os Russos já controlam a cidade de Kherson, no sul do país. É a primeira grande cidade tomada pela Rússia. O bombardeamento de duas escolas e residenciais fez pelo menos 33 mortos numa cidade a norte.

"O pior ainda está para vir" avisa o presidente francês. O chefe da diplomacia francessa garantiu também que o cessar fogo é essencial e urgente para as negociações.

17h54 - Casa Branca pede ao Congresso dos EUA pacote financeiro de ajuda a Kiev

A Casa Branca anunciou hoje que pediu ao Congresso dos EUA cerca de 30 mil milhões de euros para ajuda humanitária e militar à Ucrânia e para financiar a nova estratégia anti-covid.

O pacote financeiro inclui cerca de 10 mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros) para fornecer armas defensivas à Ucrânia, de forma a que o Governo de Kiev possa proteger a rede elétrica ucraniana e possa combater ataques cibernéticos e de desinformação por parte do invasor russo, afirmou a Casa Branca, em comunicado.

Esta verba também permitirá aos Estados Unidos financiar a resposta contra Moscovo, a começar com sanções contra os oligarcas  russos.

(Agência Lusa)

17h45 - Unicef. Mais de 500 mil crianças refugiadas numa semana

A UNICEF denunciou hoje que a invasão russa da Ucrânia provocou "mais de meio milhão de crianças refugiadas" no espaço de uma semana, alertando para as "consequências trágicas" e o "preço muito elevado" deste conflito.

"O uso de explosivos nas cidades pode rapidamente transformar esta crise numa catástrofe para as crianças da Ucrânia. Não há operações armadas desta escala que não resultem em prejuízo para as crianças. As consequências serão trágicas", disse Afshan Khan, diretora regional da UNICEF para a Europa e Ásia Central, citada num comunicado.

Na nota informativa, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) relata a morte de 17 crianças e ferimentos em outras 30 desde 24 de fevereiro (dia do início da invasão russa), salientando que estes números são "apenas os relatos que as Nações Unidas conseguiram verificar" e que o número de baixas "é provavelmente muito superior".

A organização que integra o sistema das Nações Unidas referiu que o conflito obrigou à deslocação de uma parte significativa da população da Ucrânia, que "poderá em breve constituir uma das maiores crises de refugiados da Europa desde a II Guerra Mundial", sublinhando os relatos de escolas, orfanatos e centros de saúde gravemente danificados.

"Centenas de milhares de pessoas estão sem água potável devido a danos nas infraestruturas de abastecimento de água, e muitas ficaram impedidas de aceder a outros serviços básicos como cuidados de saúde. O país está a ficar sem artigos médicos essenciais e foi forçado a interromper os esforços em curso para travar um surto de poliomielite", apontou o mesmo comunicado.

(Agência Lusa)

17h38 - Terminou a segunda ronda de negociações russo-ucranianas

Ficou acordado o estabelecimento de um corredor humanitário para socorrer os civis ucranianos.

As expetativas de parte a parte não foram contudo preenchidas. Ficou por isso marcada uma terceira ronda ainda sem data nem local.

O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podoliak informou que foi alcançado um acordo para um cessar-fogo temporário por motivos humanitários nas negociações de hoje com a Rússia.

"As partes chegaram a um entendimento sobre a criação conjunta de corredores humanitários com um cessar-fogo temporário", disse Podoliak, através do serviço de mensagens Telegram.

"Ou seja, não há cessar-fogo em todos os lugares, mas apenas naqueles onde os corredores humanitários estarão localizados. Será possível um cessar-fogo durante a operação", explicou o negociador ucraniano, acrescentando que a sua delegação "não obteve os resultados esperados" e que "continuará o diálogo numa terceira ronda de negociações".

Por sua vez, o negociador-chefe russo, Vladimir Medinski, sublinhou que as delegações chegaram a um entendimento mútuo sobre várias matérias.

"As posições são absolutamente claras. Estão divididas por pontos. Em parte delas conseguimos um entendimento mútuo", reconheceu Medinksi.

17h34 - 33 mortos confirmados em Tcherniguiv

O mais recente balanço dos bombardeamentos russos na Tcherniguiv aponta 33 mortos anunciaram os serviços de emergência ucranianos.

Foram atingidas duas escolas e casas residenciais na cidade e os esforços de socorro entre os escombros fumegantes continuam.

17h30 - Portugal já recebeu 530 pedidos para proteção temporária

Portugal recebeu desde terça-feira 530 pedidos para proteção temporária ao abrigo da resolução aprovada pelo Conselho de Ministros para acolhimento de refugiados que fogem da invasão russa da Ucrânia, anunciou hoje a secretária de Estado da Administração Interna.

Sobre o aval à proteção temporária acordado pelos 27 revela solidariedade incondicional da UE, afirmou a ministra portuguesa

"Neste momento temos já, até às 13:00 de hoje [hora local, menos uma em Lisboa], 530 pedidos de proteção temporária ao abrigo desta resolução do Conselho de Ministros", revelou ainda Patrícia Gaspar, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, no final de um Conselho extraordinário dos Assuntos Internos da UE.

Os novos pedidos elevam o total para 672, uma vez que antes da aprovação daquele diploma já tinham sido recebidos 142 pedidos de proteção.

A informação foi avançada depois de, na passada terça-feira, o Conselho de Ministros ter aprovado uma resolução que contempla um conjunto de requisitos simplificados para a obtenção de proteção temporária, para refugiados, devido à guerra que se vive na Ucrânia.

Falando nesse dia em conferência de imprensa depois do Conselho de Ministros extraordinário, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, revelou que Portugal tem capacidade para o alojamento de 1.245 pessoas que estejam deslocadas da Ucrânia.

(Agência Lusa)

17h23 - BASF suspende novos contratos com a Rússia

O maior grupo químico do Mundo a alemã BASF, anunciou a suspensão de todos os negócios com a Rússia e a Bielorrússia à exceção da produção de alimentos, com efeito imediato.

"A BASF não irá conlcuir quaisque novos contratos com a Rússia e a Bielorrússia, exceto no setor da produção de alimentos como parte de medidas humanitárias", citou a revista alemã Wirtschafts Woche a partir de um comunicado da companhia.

"Com efeitos imediato, a BASF irá somente cumprir as obrigações contratuais já existentes com a Rússia e a Bielorrússia de acordo com a lei aplicável, e os regulamentos e as regras internacionais".

17h15 - Magnata russo oferece recompensa pela detenção de Vladimir Putin

Alex Konanykhin, exilado nos Estados Unidos, colocou nas redes sociais uma publicação em que afirma oferecer um milhão de dólares pela detenção de Vladimir Putin. O empresário russo chamou a Putin  "criminoso de guerra" e garantiu que vai continuar a ajudar a Ucrânia e tentar "desnazificar" a Rússia.

17h06  - Moldavia propõe oficialmente o seu pedido de adesão à União Europeia.

16h57 - Vladimir Putin fala na televisão

"Os russos e os ucranianos são um único povo", começou por dizer o Presidente russo, acusando depois os ucranianos de recorrer a táticas "fascistas", usando os civis como "escudos humanos" e colocando armas e blindados em zonas residenciais.

"Queremos proteger as populações civis" garantiu numa declaração à televisão estatal russa, no oitavo dia da invasão da Ucrânia e após uma reunião do seu Conselho de Segurança. Os "nossos soldados estão a defender o nosso país" contra "os neonazis" da Ucrânia, "incluindo contra armas nucleares".

Vladimir Putin prometeu ainda compensação monetária às famílias dos soldados caídos nas operações, acrescentando que as operações militares russas estão a prosseguir de acordo com os planos. 
"A operação militar especial está a avançar estritamente de acordo com o cronograma, de acordo com o planeado", disse Putin.

Na quarta-feira, a Rússia disse que 498 soldados russos foram mortos e 1.597 outros ficaram feridos.

16h37 - “Aviões, precisamos de aviões” apela Zelensky

O Presidente Volodymyr Zelensky garantiu, em conferência de imprensa no bunker onde se tem protegido em Kiev, querer a paz e estar disposto ao diálogo direto com o Presidente Vladimir Putin, aplaudindo a união e as alianças que “protegem os mais pquenos” e garantem que “todos temos os mesmos direitos”.

Zelensky agradeceu o apoio que a Ucrânia tem recebido e revelou conversar com os líderes mundiais sem qualquer burocracia, mas pediu sobretudo “aviões”, descrevendo a situação atual na Ucrânia como “muito difícil” devido à desproporção de forças.

"Se não têm força para fechar o céu, então deem-nos aviões!" apelou. O Presidente ucraniano tem pedido uma zona de exclusão área do espaço sobre a Ucrânia, um pedido já recusado pelos líderes ocidentais devido ao receio de internacionalização da guerra.

"Nós estamos muito unidos e a Rússia tem medo disso", afirmou Zelensky, para explicar os motivos russos para a guerra e acusando Putin de querer "conquistar países da ex-URSS".

O Presidente ucraniano garantiu várias vezes aos jornalistas que o seu país quer a paz e que está disposto a falar directamente com Vladimir Putin.

"Tenho de falar com Putin", disse, sublinhando que se vai manter em Kiev e considerando que a conversa directa entre ambos "é o único meio de parar com a guerra" e acrescentando que está "aberto", "pronto a abordar todas as questões" com o Presidente russo.

"Só quero que os meus filhos tenham um futuro. Os meus e os de todos", afirmou. "Quero pedir ao mundo que o apoio não esmoreça", apelou ainda o Presidente ucraniano.

16h25 - Petróleo baixa após bater recordes em série

O barril de Brent chegou a ser negociado a 119,84 dólares para acabar por cair para os 112,21 cerca das 15h00.

O West Texas Intermediate (WTI) de Nova Iorque subiu a 116,57 dólares, um recorde desde 2008, antes de descer a 108,75 dólares.

Os metais e produtos agrícolas de que a Rússia é um dos principais produtores, continuam também descontrolados devido à incerteza criada pelo conflito ucraniano.

16h08 - Canadá impõe tarifas de importação de 35% a produtos russos e bielorrussos

O Canadá vai revogar esta quinta-feira o estatuto especial concedido à Rússia e à Bielorrússia e impor direitos aduaneiros de 35 por cento aos produtos oriundos dos dois países, anunciou a vice-primeira-ministra Chrystia Feeland.

"A Rússia e a Bielorrússia não irão continuar a beneficiar de vantagens, particularmente das tarifas aduaneiras baixas, que o Canadá permite aos países membros da Organização Mundial de Comércio", esplicou.

Até agora apenas a Coreia do Norte pagava 35 por cento de direitos aduaneiros no Canadá.

16h03 - Rússia duplica esforços para controlar central nuclear de Zaporizhzhia

Responsáveis ucranianos afirmam que as forças russas aumentaram o esforço para tomar o controlo da central nuclear de Zaporizhzhia, no sudeste do país.

Os russos estão a tentar passar as barricadas construídas nas estradas pelos residentes e forças terrestres de defesa ucranianas locais, referiu o ministro do Interior, Anton Herashchenkos numa publicação online.

Outro contingente estava a tentar tomar a cidade de Enerdogar onde vivem os trabalhadores da central. A situação é “alarmante”, referiu outra fonte ministerial da Ucrânia, Vadym Denysenko

15h56  - Kremlin estuda imposição de Lei Marcial em Moscovo

15h51 - Zelensky quer falar com Vladimir Putin, "o único meio de parar com a guerra"

"Tenho de falar com Putin", afirmou Zelensky numa conferência de imprensa em Kiev, considerando que a conversa directa entre ambos "é o único meio de parar com a guerra" e acrescentando que está "aberto", "pronto a abordar todas as questões" com o Presidente russo.

15h50 - Acordo europeu para conceder "proteção especial temporária" aos refugiados

A UE concordou em conceder “proteção temporária” a refugiados. Os 27 Estados-membros da União Europeia acabaram de chegar a acordo para a “proteção temporária” dos refugiados que fogem da guerra da Ucrânia.

A notícia foi anunciada há instantes, pelo ministro do Governo francês Gérald Darmanin e pela comissária europeia Ylva Johansson.

"Decisão histórica no Conselho de Justiça e Assuntos Internos neste momento: a UE dará proteção temporária a quem foge da guerra na Ucrânia", anunciou a comissária europeia da tutela, Ylva Johansson, numa publicação na rede social Twitter.

Também naquela plataforma, em representação da presidência francesa do Conselho da UE, o ministro francês da tutela, Gérald Darmanin, falou num "acordo histórico".

"A União Europeia está unida para salvar vidas", adiantaram Ylva Johansson e Gérald Darmanin.

Na reunião extraordinária de hoje, os ministros dos Assuntos Internos da UE deram aval à proposta apresentada na quarta-feira pela Comissão Europeia de ativação da diretiva que permite conceder proteção temporária a refugiados, dirigida aos ucranianos que fogem da invasão russa, bem como de criação de "corredores" de emergência em controlos transfronteiriços.

A ONU estima que os primeiros sete dias do conflito provocaram já mais de um milhão de refugiados.

15h48 - Loukoil, gigante petrolífera russa apela para o fim da guerra com a Ucrânia

A Loukoil, segunda maior empresa petrolífera da Rússia, apelou esta quinta-feira um "fim rápido" da guerra na Ucrânia, tornando-se a primeira grande empresa nacional a se opor à invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Defendemos um fim rápido do conflito armado e apoiamos totalmente a sua solução através de um processo de negociação e da diplomacia", disse a administração da empresa em comunicado.

A petrolífera disse estar "preocupada com os atuais trágicos acontecimentos na Ucrânia" e expressou a "sua profunda simpatia por todos aqueles que foram afetados por esta tragédia". Lukoil assegurou ainda "fazer todos os possíveis para continuar a operar de forma estável em todos os países e regiões" do mundo.

15h38 - Pelo menos 22 corpos recuperados de escombros

Os serviços de emergência da Ucrânia estão a procurar mais vítimas entre ruínas causadas por ataques aéreos russos na região de Chernihiv. Encontraram até agora 22 corpos.

A publicação publicada digitalmente não refere a localização precisa mas há minutos o governador de Tcherniguiv deu conta de nove mortos num primeiro balanço de bombardeamentos aéreos russos que atingiram duas escolas e um bairro residencial.

15h27 - Rússia acusa BBC de desestabilização interna

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusou a BBC, a televisão oficial britânica, de estar a ser usada para fragilizar a situação política interna na Rússia.

Maria Zakharova afirmou que os media estrangeiros incluindo os do Reino Unido dão do mundo um posto de vista parcial.

15h25  - Conselho do Ártico suspende encontros

Os países do Conselho do Ártico cancelaram a ida à Rússia para uma nova ronda de encontros sobre a partilha dos recursos daquela região, em retalização pela invasão da Ucrânia, e vão suspender a participação em todas as reuniões do Conselho.

Em comunicado conjunto, os países "condenaram a invasão não provocada da Ucrânia pela Rússia e sublinham os graves impedimentos da cooperação internacional, incluindo no Ártico, que as ações russas provocaram".

O Conselho do Ártico inlcui o Canadá, a Dinamarca, a Finlandia, a Islândia, a Noruega, a Suécia e os Estados Unidos, além da Rússia.

15h20 - Três tópicos na mesa de negociações

O conselheiro do presidente ucraniano também publicou na rede social Twitter uma imagem do início das negociações, enumerando na legenda os três grandes tópicos em cima da mesa: “cessar-fogo imediato, armistício e a criação de corredores humanitários para a retirada de civis das cidades destruídas ou alvo de constantes bombardeamentos”.
15h10 - Nove mortos em Tcherniguiv em ataque a escolas

A informação foi avançada pelo governador local. Nove pessoas foram vítimas de um ataque russo. Foram atingidas duas escolas e zonas residenciais na vila do norte da Ucrânia.

"A aviação russa atacou duas escolas do bairro de Stara Podsoudovka, os socorristas trabalham. Segundos os serviços de emergência, um balanço preliminar dá conta de nove mortos e quatro feridos", escreveu o governador Viatcheslav Tchaous na sua conta do Telegram, juntamente com fotografias e um vídeo dos edifícios em ruínas.

Localizada a 140 quilómetros a nordeste de Kiev, Cherniguiv foi atacada por tropas russas em 25 de fevereiro, um dia após o início da invasão da Ucrânia pelas forças russas, estando situada numa das principais estradas que levam à capital.

15h00 - Segunda ronda de negociações entre Kiev e Moscovo já arrancou

A segunda ronda de negociações entre Kiev e Moscovo já começou, segundo confirma o conselheiro do presidente ucraniano, citado por agências internacionais. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia também deu conta do início das conversações, partilhando uma imagem da mesa de negociações na rede social Twitter.

A delegação ucraniana chegou há instantes a Brest, cidade bielorrussa junto à fronteira com a Ucrânia onde irão decorrer as negociações.

Espera-se que os dois lados discutam a possibilidade de um cessar-fogo e o estabelecimento de um corredor humanitário. A delegação russa diz que tem um bloco de propostas para debater que incluem aspetos técnico-militares, humanitários e políticos.


14h47 - Quais são as verdadeiras hipóteses da Ucrânia vir a integrar a União Europeia?

A Ucrânia tem vindo a reiterar o seu interesse em integrar a União Europeia. Na segunda-feira, o presidente Volodymyr Zelensky assinou um pedido formal de adesão, onde exige a “entrada imediata da Ucrânia”. Mas o processo é complexo, demorado e pode arrastar-se por vários anos ou mesmo décadas.

De facto, a própria UE assume essas dificuldades: “Tornar-se membro da UE é um procedimento complexo e não acontece da noite para o dia”.

 


14h24 - Macron após conversa telefónica com Putin: "O pior ainda está para vir"

O presidente francês falou esta quinta-feira com o homólogo russo. De acordo com o Palácio do Eliseu, o chefe de Estado francês ficou convencido que "o pior ainda está para vir" depois da chamada telefónica com Vladimir Putin, adianta a agência France Presse. 

Putin expressou "grande determinação" em continuar a ofensiva e assumiu que o grande objetivo é garantir o controlo de todo o país.

Putin disse a Macron que a ofensiva estava "a decorrer de acordo com os planos" de Moscovo e que só irá ser ainda pior caso os ucranianos continuem a rejeitar as exigências do Kremlin.

"Nada no que disse o Presidente Putin foi tranquilizador", descreveu depois o assessor de Emmanuel Macron, acrescentando que Putin reiterou a "narrativa" de que estava a tentar "desnazificar a Ucrânia".

"Está a mentir a si próprio", respondeu Macron ao homólogo russo, de acordo com o mesmo responsável. "Vai custar muito caro aos seu país, o seu país irá acabar isolado, enfraquecido e sob sanções durante muito tempo".

14h04 - Delegação ucraniana chegou ao local de negociações com a Rússia

A agência russa Tass avança que a delegação ucraniana já chegou a Brest, cidade bielorrussa junto à fronteira com a Ucrânia onde irá decorrer a segunda ronda de negociações entre Kiev e Moscovo.

A delegação ucraniana contava chegar mais cedo ao local do encontro, mas dificuldades logísticas acabaram por atrasar a chegada da comitiva.

A delegação russa chegou ao local na noite de quarta-feira. Espera-se que os dois lados discutam a possibilidade de um cessar-fogo e o estabelecimento de um corredor humanitário. A delegação russa diz que tem um bloco de propostas para debater que incluem aspetos técnico-militares, humanitários e políticos.

13h51 - Polónia, vizinha da Ucrânia, aumenta orçamento de Defesa para 3% do PIB

O país vai aumentar o orçamento de Defesa para 2023, passando de 2,2% para 3% do PIB.

Nos últimos anos, a Polónia é um dos membros da NATO que cumpre com a exigência de pelo menos 2% do PIB em gastos com Defesa.

13h48 - Médicos portugueses, russos e ucranianos criam gabinete de apoio humanitário

A Ordem dos Médicos e médicos ucranianos e russos criaram um gabinete de apoio humanitário para ajudar os refugiados junto às fronteiras com a Ucrânia e até dar apoio nos hospitais ucranianos.

A decisão surgiu depois de reuniões da Ordem dos Médicos com cerca de duas centenas de médicos ucranianos e russos, muitos deles com dupla nacionalidade, que exercem em Portugal e que transmitiram que a ajuda pode ser feita a vários níveis.

Indicam que essa ajuda poderá ser dada através do envio de alimentos, medicamentos e outro material médico e cirúrgico que será decisivo para cuidar dos feridos entre a população civil e militar e dos refugiados.

O objetivo, adianta o bastonário, Miguel Guimarães, é "ajudar os médicos ucranianos, os médicos russos e, sobretudo, ajudar o povo que está a ser massacrado numa guerra que nunca devia ter acontecido".

13h44 - Hospital S. João com 138 camas para acolher feridos e doentes

O Hospital de São João, no Porto, terá disponíveis 138 camas de várias especialidades, incluindo Pediatria, para acolher doentes ucranianos caso seja necessário.

A informação foi adiantada por Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva, em declarações à agência Lusa.

O hospital garante "prontidão" em especialidades como Ortopedia, Cirurgia Plástica, Medicina Física de Reabilitação e Oncologia.

"Uma das grandes consequências de qualquer conflito é a interrupção do tratamento de doenças tumorais", lembra o responsável.

13h30 - Kiev pede suspensão da participação de Moscovo na OMC

A Ucrânia solicitou a suspensão da participação da Rússia na Organização Mundial do Comércio. Na OMC como noutras organizações internacionais em Genebra e noutros locais, as autoridades ucranianas estão a intensificar os esforços para isolar a Rússia.

Bryce Baschuk, jornalista da Bloomberg especializado em assuntos relacionados com a OMC, citando o artigo 21º da Organização sobre segurança nacional.
13h10 - Putin disse a Macron que a Rússia irá cumprir os seus objetivos na Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse esta quinta-feira ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que os objetivos da operação russa na Ucrânia – a sua desmilitarização e estatuto neutro – serão alcançados de qualquer forma.

Putin afirmou que qualquer tentativa de Kiev em atrasar as negociações fará com que Moscovo adicione mais pontos à sua lista de exigências.

12h47 - Governador de Mariupol diz que as forças russas estão a tentar bloquear a cidade

O presidente da Câmara de Mariupol, Vadym Boichenko, disse que as tropas russas estão a tentar criar um bloqueio em torno da cidade portuária ucraniana de Mariupol, cortando ligações ferroviárias para travar a saída de civis.

Ataques constantes nas últimas 24 horas cortaram o abastecimento de água e de luz. Boichenko diz que as autoridades locais precisam de um cessar-fogo para restaurar a eletricidade.

"Os invasores estão sistemática e metodicamente a tentar bloquear a cidade de Mariupol", disse o governador.

A cidade foi bombardeada durante 15 horas consecutivas. Os últimos ataques da Rússia à cidade portuária ucraniana já terão causado mais de 100 vítimas mortais.

12h32 - Ameaça nuclear paira sobre "toda a humanidade", diz a ONU

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos alertou esta quinta-feira para a ameaça nuclear que paira sobre "toda a humanidade" após a invasão russa da Ucrânia.

"O ataque militar da Federação Russa à Ucrânia abriu um novo e perigoso capítulo na história mundial", sublinhou Michelle Bachelet no debate do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), que decorre em Genebra.

“O aumento do nível de alerta de armas nucleares sublinha a gravidade dos riscos para toda a humanidade”, acrescentou.

Poucos dias após o início da invasão, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que as forças de dissuasão do exército russo fossem colocadas em alerta especial, incluindo armamento nuclear, o que desencadeou fortes protestos a Ocidente.

Os 47 Estados membros do CDH estão reunidos por ocasião de um debate urgente sobre a guerra na Ucrânia, a pedido de Kiev, que elaborou um projeto de resolução exigindo uma investigação internacional.

O representante russo no Conselho de Direitos Humanos da ONU disse há pouco que não vê "nenhuma necessidade de prosseguir com o debate de hoje".

12h05 - Negociações entre Ucrânia e Rússia começam "nas próximas horas"

Uma delegação ucraniana está num helicóptero a caminho da Bielorrússia para prosseguir negociações com a Rússia. As negociações começam "dentro de algumas horas", disse o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak.

De acordo com o negociador ucraniano Davyd Arakhamia, as conversações começam às 14h00. A prioridade de Kiev esta quinta-feira é discutir a abertura de corredores humanitários antes de abordar outras questões, adiantou ainda.

Há alguns minutos, a agência de notícias estatal bielorrussa Belta adiantava que as negociações deveriam começar pelas 12h00, citando o negociador-chefe em representação da Rússia, Vladimir Medinsky.

11h30 - Guerra na Ucrânia. A informação essencial a esta hora

- Há precisamente uma semana, a Rússia iniciava a ofensiva militar contra a Ucrânia. Hoje, as linhas de defesa continuam a resistir aos ataques, com bombardeamentos "sem tréguas" ao longo das últimas horas, segundo indicou o presidente ucraniano, Zolodymyr Zelensky.

- Esta manhã, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros acusou o Ocidente de se estar a preparar para uma guerra contra Moscovo. Em conferência de imprensa, Sergei Lavrov indicou que a ameaça nuclear "está na cabeça" dos adversários e não dos dirigentes russos, garantindo que "nenhuma provocação" irá desequilibrar Moscovo.

O chefe da diplomacia russa adiantou também que a ofensiva russa irá prosseguir "até ao fim" e que um dos objetivos continua a ser impedir a adesão da Ucrânia à NATO.

- No terreno, a situação complica-se em várias cidades. É o caso de Mariupol, onde as autoridades acusam a Rússia de estar a bombardear infraestruturas civis críticas, cortando o acesso a água, aquecimento e energia.

As cidades de Kharkiv e Chernihiv continuam nas mãos das autoridades ucranianas apesar dos ataques. A cidade portuária de Kherson já estará nas mãos dos russos, diz Moscovo.

Em Kiev, a coluna militar de 60 quilómetros que se encontra às portas da cidade continua parada, num aparente sinal de fracasso tático e problemas técnicos da operação militar.

- Não obstante as investidas territoriais e a retórica acesa de ambos os lados, Rússia e Ucrânia preparam-se para a segunda ronda de negociações, a decorrer na Bielorrússia a partir das 12h00.




11h14 - Presidente finlandês pede "cabeça fria" no debate sobre adesão à NATO

O presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, pediu esta quinta-feira que o país tente manter a calma no debate sobre uma eventual adesão à NATO.

"No meio de uma crise aguda como esta, é particularmente importante manter a cabeça fria e avaliar cuidadosamente o impacto da crise ucraniana na nossa segurança", afirmou após uma reunião com deputados e responsáveis de defesa.

A ofensiva russa na Ucrânia provocou um aceso debate na Finlândia sobre se o país - militarmente não alinhado, com uma fronteira de 1.300 quilómetros com a Rússia, que se manteve neutro durante a Guerra Fria - deve ou não candidatar-se à NATO.

De acordo com uma sondagem recente e pela primeira vez, a maioria dos finlandeses é a favor da adesão. 

11h01 - IKEA fecha temporariamente lojas na Rússia e Bielorrússia, medida afeta mais de 15 mil funcionários

"A guerra está a ter um enorme impacto humano e está a provocar sérias interrupções na cadeia de abastecimentos e nas condições comerciais, e é por isso que os grupos da empresa decidiram pausar temporariamente as operações da IKEA na Rússia", adianta a empresa. 
 
10h58 - Volkswagen suspende atividades na Rússia

A fabricante alemã de automóveis anunciou esta quinta-feira que vai suspender a produção e exportação de veículos para a Rússia até nova indicação.

A produção nas unidades de Kaluga e Nizhny Novgorod ficará suspensa até novo aviso e as exportações de veículos para a Rússia serão interrompidas com efeitos imediatos.


10h42 - Negociações entre Rússia e Ucrânia retomadas esta quinta-feira

A segunda ronda de negociações entre os dois países deverá começar esta quinta-feira na Bielorrússia, avança a agência bielorrussa Belta, citando o negociador principal pela Rússia, Vladimir Medinsky.

10h38 - Pelo menos 227 civis morreram - ONU

Um comunicado do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) indica que já morreram pelo menos 227 civis na Ucrânia, incluindo 15 crianças e um total de 28 menores de idade. Pelo menos 525 civis ficaram feridos na primeira semana de conflito.

10h30 - Porto de Mariupol cercado pelas tropas russas

Anton Herashchenko, assessor do Ministério ucraniano do Interior, adiantou esta quinta-feira que o porto de Mariupol, no sul da Ucrânia, está cercado por tropas russas.

"Os ocupantes querem transformá-la na Leningrado sitiada", afirmou, referindo-se à cidade soviética cercada pela Alemanha nazi.

"Deliberadamente, durante os últimos sete dias, eles estão a destruir a infraestrutura crítica de suporte à vida da cidade. Não temos luz, água ou aquecimento, de novo", afirmam os dirigentes locais de Mariupol.

"Estamos a ser destruídos enquanto nação. Isto é o genocídio do povo ucraniano", aponta o comunicado, citado pela agência Reuters.

10h24 - "Não vamos permitir que nenhuma provocação nos desequilibre"

"O tema dos ataques nucleares está constantemente na cabeça dos políticos ocidentais, mas não na cabeça dos russos. Asseguro que não vamos permitir que nenhum tipo de provocação nos desequilibre", afirmou ainda Sergei Lavrov.

Ainda durante a conferência de imprensa, em resposta sobre ataques contra zonas e edifícios civis, o MNE russo garantiu que as tropas russas têm ordens concretas para usar armas de alta precisão e devem apenas visar infraestrutura militar.


10h16 - "Ocidente não pode ignorar as nossas preocupações para sempre"

Em declarações à televisão estatal russa, esta quinta-feira, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov adiantou que o Ocidente "sabe das preocupações" da Rússia e terá de as abordar mais cedo ou mais tarde.

Acusou a NATO de tentar manter a supremacia a nível militar e garantiu ainda que Moscovo vai continuar a operação militar na Ucrânia "até ao fim", sendo que um dos principais objetivos é impedir que a Ucrânia se junte à Aliança Atlântica. 

9h46 - Líderes mundiais estão a preparar guerra contra a Rússia, denuncia Lavrov

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, disse esta quinta-feira que acredita que alguns líderes mundiais estão a preparar-se para uma guerra contra a Rússia.

Acusou ainda o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de presidir a "uma sociedade onde o nazismo floresce".

9h41 - Autoridades alfandegárias francesas apreendem outro navio de carga com ligações à Rússia

O navio "Pola Ariake" navega sob a bandeira do Panamá, mas as autoridades francesas indicam que tem vínculos de propriedade russa.

É o segundo cargueiro russo que as autoridades francesas apreendem no Canal da Mancha, no espaço de uma semana, por verificações relacionadas com sanções impostas à Rússia.

9h21 - Civis bloquearam entrada de tropas russas em Energodar. MNE ucraniano pede encerramento do espaço aéreo

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, publicou esta manhã uma fotografia onde um enorme grupo de civis ocupa uma estrada de forma a impedir o avanço das tropas russas em Energodar.

"Esta é uma verdadeira guerra popular pela Ucrânia. Putin não tem hipóteses de ganhar", refere o MNE ucraniano.

"Precisamos que os parceiros ajudem à defesa da Ucrânia. Especialmente no ar. Fechem o espaço aéreo agora!", apela Dmytro Kuleba. 
 
9h16 - Zelensky diz que linhas de defesa continuam a resistir a ataques russos

Num vídeo publicado esta quinta-feira, o presidente da Ucrânia adianta que as forças ucranianas continuam a resistir aos ataques russos em várias cidades.

Volodymyr Zelensky afirma que o bombardeamento de civis nas cidades levou os russos a mudarem de estratégia, o que prova que a Ucrânia está a conseguir resistir.

Mencionou ainda que, há exatamente dois anos, a Ucrânia registava o primeiro caso de Covid-19. "Faz hoje uma semana que fomos atacados por outro vírus", sublinhou, em referência à ofensiva de Moscovo.

8h59 - Idosa sobrevivente ao cerco de Leningrado detida pelas autoridades russas durante protesto

Desde que começou a ofensiva militar russa no país vizinho, milhares de russos têm contestado a invasão da Ucrânia. Na última noite, em São Petersburgo, foram detidas 235 pessoas, entre elas uma idosa com dois cartazes.
Yelena Osipova, de 77 anos, sobreviveu ao cerco militar a Leningrado pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Na altura, era uma bebé quando o cerco à cidade terminou.

Desde que começaram os protestos contra a invasão da Ucrânia já foram detidos perto de oito mil manifestantes. 

8h36 - Conselho Português de Refugiados disponível para acolhimento

Em declarações à RTP, Tito Campos e Matos, vice-presidente do Conselho Português para os Refugiados, revela que a instituição tem nesta altura 50 vagas para acolhimento temporário imediato.

O responsável explicou ainda o regime simplificado de acolhimento anunciado pelo Governo, semelhante ao que foi usado noutras ocasiões na resposta a requerentes de asilo.
8h21 - Toyota suspende operações na Rússia

O fabricante automóvel japonês anunciou que vai suspender as operações na Rússia "até nova ordem" devido a "interrupções na cadeia de abastecimento" e ao impacto das sanções internacionais devido à invasão russa da Ucrânia.

7h50 - Alemanha vai entregar mais 2.700 mísseis antiaéreos à Ucrânia

O Governo alemão "aprovou um apoio suplementar à Ucrânia", adiantou uma fonte governamental alemã, citada pela agência de notícias France-Presse, numa referência aos mísseis do tipo STRELA. 

Estes mísseis são de fabrico soviético e provenientes dos stocks das forças armadas da antiga República Democrática da Alemanha (que fazia parte da antiga União Soviética) e integrados no armamento do exército alemão, na sequência da reunificação do país após a queda do muro de Berlim.

7h31 - Atletas russos e bielorrussos excluídos dos Jogos Paralímpicos de Inverno

Em vésperas do início da competição, o Comité Paralímpico Internacional anuciou que os atletas russos e bielorrussos ficam excluídos dos Jogos Paralímpicos de Inverno em Pequim.

Anteriormente, o Comité tinha adiantado que os atletas poderiam competir nos Jogos sob uma bandeira neutra, decisão que foi contestada em vários países.

"A situação dos atletas na vila está a deteriorar-se e tournou-se impossível garantir a sua segurança", adiantou o comité. Nos últimos dias, várias equipas e atletas tinham ameaçado não participar na competição.

Os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim arrancam a 13 de março.

7h25 - Twitter bloqueia RT e Sputnik na Europa

A rede social bloqueou as contas dos meios de comunicação russos RT e Sputnik na União Europeia. A decisão surge na sequência de uma proibição decidida pelos estados-membros que entrou em vigor na quarta-feira.

Estes dois meios de comunicação são acusados ​​de espalharem "desinformação" por parte de Moscovo, acusam os 27.

Assim, é agora impossível consultar as várias contas do Twitter da RT e Sputnik na UE. 

7h18 - "Podemos temer lógica de cerco", diz o ministro francês dos Negócios Estrangeiros

"É possível que o pior ainda esteja para vir", disse o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, à medida que o exército russo continua a cercar várias cidades ucranianas.

"Podemos temer uma lógica de cerco", à qual "os russos estão acostumados", alertou o chefe da diplomacia francesa em declarações à televisão France 2.

"Lembremos os casos de Alepo e Grozny", afirmou ainda, referindo-se às duas cidades na Síria e Chechénia, respetivamente, que foram destruídas por bombardeamentos russos nas últimas décadas.
Ponto da situação

As autoridades ucranianas confirmaram esta quinta-feira, durante a madrugada, a tomada da cidade portuária de Kherson pelas tropas russas. A captura desta cidade tinha sido anunciada pela Rússia na quarta-feira.

Este é o maior centro urbano a ser capturado pelos russos desde que a invasão começou, há precisamente uma semana.

O chefe da administração regional de Kherson, Gennadi Lakhouta, pediu aos moradores, através da plataforma Telegram, que fiquem em casa, indicando que "os ocupantes estão em todas as partes da cidade e são muito perigosos".

Em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia sob ataque cerrado deste o início da semana, a luta prossegue. Nas últimas horas, os ataques aéreos russos atingiram vários edifícios da cidade, incluindo três escolas e a catedral, avança a CNN.

“Kharkiv é hoje a Estalinegrado do século XXI”, disse Oleksiy Arestovich, conselheiro da presidência ucraniana, fazendo a comparação com um episódio histórico da Segunda Guerra Mundial. Na altura, o exército soviético defendeu a cidade russa das forças nazis durante vários meses.

De acordo com o Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados, os primeiros sete dias do conflito provocaram mais de um milhão de refugiados.

"Em apenas sete dias assistimos ao êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para os países vizinhos", escreveu, na manhã desta quinta-feira, Filippo Grandi na rede social Twitter.