Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Andreia Martins - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações


23h45 - Ponto de situação

  • António Costa esteve hoje em Kiev com Volodymyr Zelensky e falou sobre o apoio de 250 milhões de euros que Portugal irá entregar à Ucrânia. De acordo com o primeiro-ministro, serão entregues 100 milhões de euros já este ano. Nos próximos três anos, seguir-se-ão entregas de 50 milhões.

  • Marcelo Rebelo de Sousa foi convidado por Volodymyr Zelensky para visitar Kiev. O presidente português disse aos jornalistas que "a resposta é, obviamente, sim, no momento que for entendido adequado pelo Governo".

  • O Ministério russo da Defesa avançou que foram retirados da siderurgia Azovstal os últimos soldados russos. Ao final da noite, Moscovo disse que iria estudar a possibilidade de trocar combatentes do batalhão ucraniano Azov feitos prisioneiros pelo deputado e milionário ucraniano pró-russo Viktor Medvedchuk.

  • A Rússia deixou de abastecer gás à Finlândia, originando uma escalada na disputa com nações ocidentais sobre os pagamentos de energia. O país nórdico recusou-se a pagar ao fornecedor, a Gazprom, em rublos.


22h48 - Mykolaiv. População sem água e energia enquanto enfrenta bombardeamentos

Com o intensificar do conflito e dos bombardeamentos em Mykolaiv, aumentam também as dificuldades das populações, que agora estão bem no centro da guerra.

Os bens essenciais escasseiam, a água não corre há dias nas torneiras e também a eletricidade deixou de funcionar.

O enviado especial da RTP a essa região, Paulo Jerónimo, dá conta dos últimos desenvolvimentos.

21h45 - Rússia vai estudar possibilidade de troca de soldados do batalhão Azov feitos prisioneiros

A Rússia vai estudar a possibilidade de trocar combatentes do batalhão ucraniano Azov feitos prisioneiros pelo deputado e milionário ucraniano pró-russo Viktor Medvedchuk, declarou hoje um negociador e parlamentar russo, Leonid Slutsky.

"Vamos estudar a questão", afirmou Slutsky, membro da delegação russa nas mais recentes negociações com Kiev, citado pela agência noticiosa russa Ria Novosti, quando questionado sobre uma tal troca de prisioneiros.

Slutsky adiantou que a possibilidade da troca será mencionada em Moscovo por "aqueles que têm as prerrogativas".

Viktor Medvedchuk, de 67 anos e próximo do presidente russo, Vladimir Putin, foi novamente preso em meados de abril na Ucrânia depois de ter fugido com o início da ofensiva militar russa em 24 de fevereiro.

Medvedchuk estava em prisão domiciliária desde maio de 2021 depois de ter sido acusado de "alta traição" e "tentativa de pilhagem de recursos naturais na Crimeia", península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

(agência Lusa)

21h13 – Zelensky falou com Draghi

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, conversou com o primeiro-ministro italiano. Mario Draghi, a quem enfatizou a importância de mais sanções à Rússia e do desbloqueio dos portos ucranianos.

No Twitter, Zelensky disse ainda ter agradecido a Draghi pelo seu “apoio incondicional” à tentativa da Ucrânia de se tornar membro da União Europeia.

20h49 – Costa sobre Zelensky: "Tem uma capacidade extraordinária de resistência"

António Costa, que esteve este sábado em Kiev com Volodymyr Zelensky, disse ter encontrado o presidente ucraniano "com a mesma determinação" com que o ouviu no início da ofensiva russa, em fevereiro.

"Tem uma capacidade extraordinária de resistência", referiu o primeiro-ministro português à RTP.

Para António Costa, "na União Europeia não há ninguém que ponha em causa nem ninguém que não esteja muito satisfeito com a opção europeia da Ucrânia, mas é preciso não gerar falsas expetativas".

O chefe de Governo acredita que a sua viagem à Ucrânia, a primeira de um primeiro-ministro português, "ajuda a fortalecer os laços entre as nossas comunidades, que já eram muito fortes".

20h28 – Mykolaiv, a última barreira na defesa de Odessa

Mykolaiv tem sido insistentemente bombardeada pelos russos. Na ofensiva pelo controlo do sul da Ucrânia, esta cidade fica a caminho de Odessa.

Reportagem dos enviados especiais da RTP à Ucrânia Paulo Jerónimo e Marques de Almeida.

19h28 – Centenas de crianças ucranianas com processos de adoção suspensos

Entre as vítimas da guerra na Ucrânia estão centenas de crianças que foram adotadas por famílias nos EUA, mas viram os seus processos de mudança de país suspensos.

De acordo com a Associated Press, no início de fevereiro havia mais de 300 crianças ucranianas a aguardar adoção formal por famílias norte-americanas.

Ryan Hanlon, diretor do Conselho Nacional de Adoção, disse que pelo menos 200 famílias estão ainda a aguardar pelo avanço no processo de adoção, que nas circunstâncias normais demora dois a três anos.

Agora, a duração é uma incógnita.

17h34 – Governador acusa Rússia de querer destruir Sievierodonetsk

O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse hoje que a Rússia está a tentar destruir a cidade de Sievierodonetsk, havendo neste momento combates nos arredores da cidade.

“Os bombardeamentos continuam, de manhã à noite e também durante a madrugada”, denunciou Gaidai na plataforma Telegram.

17h03 – Marcelo diz que “obviamente” aceita convite de Zelensky para visitar Kiev

Marcelo Rebelo de Sousa está prestes a terminar a visita oficial a Díli. Questionado sobre o convite de Volodymyr Zelensky ao presidente português para visitar Kiev, Marcelo disse que "a resposta é, obviamente, sim, no momento que for entendido adequado pelo Governo, que conduz a política externa".

Para o chefe de Estado, trata-se de "fazer o que é adequado para testemunhar o apoio à Ucrânia e ao presidente e Governo ucraniano".

16h34 - Costa anuncia que Zelensky convidou Marcelo para visitar Kiev

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zlensky, convidou o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para realizar uma visita à Ucrânia em data ainda a acertar.

António Costa deu conta deste convite de Volodymyr Zelensky a Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas, após ter visitado a embaixada de Portugal em Kiev.

"Sou portador de um convite que o presidente Zelensky fez a sua excelência o presidente da República (Marcelo Rebelo de Sousa) para visitar a Ucrânia em data oportuna. E esse é o convite que transmitirei", declarou o primeiro-ministro.

15h27 - Ajuda financeira à Ucrânia. Primeiros 100 milhões de euros serão entregues ainda este ano

Em declarações aos jornalistas sobre a visita a Kiev, este sábado, António Costa falou sobre o apoio de 250 milhões de euros que Portugal irá entregar à Ucrânia.

De acordo com o primeiro-ministro, serão entregues 100 milhões de euros já este ano. Nos próximos três anos, seguir-se-ão entregas de 50 milhões.

Esse valor tem como propósito financiar as necessidades de Orçamento ucraniano e soma-se a outros apoios que têm sido dados ao nível humanitário, militar e técnico.

António Costa explica que o apoio financeiro português poderá ser canalizado através da conta da Ucrânia no FMI ou até mesmo através de outros canais que eventualmente a União Europeia venha a abrir para financiamento direto à Ucrânia.

Esta visita à capital ucraniana ocorre no mesmo dia em que os EUA anunciaram um apoio de 40 mil milhões de dólares. Por isso mesmo, António Costa lembra que Portugal ajuda como lhe é possível ajudar.

"Não somos os Estados Unidos da América, não somos uma grande potência", salientou.

O primeiro-ministro indicou ainda que o tema da reconstrução será trabalhado com mais pormenor no início de junho, quando o enviado especial do presidente Zelensky for a Portugal.

António Costa reforçou que Portugal gostaria de participar no trabalho de reconstrução do sistema educativo, nomeadamente jardins de infância e escolas a pensar nas novas gerações.

Sobre a unidade europeia, Costa vinca que Portugal apoia este sexto pacote de sanções contra Moscovo, mas reconhece que o país não tem a dependência que outros têm dos recursos russos.

Neste contexto, Portugal está a tentar encontrar formas de ajudar do ponto de vista logístico, nomeadamente tendo em conta a posição geográfica e as capacidades do Porto de Sines.

15h17 - Costa assina em Kiev acordo para apoio financeiro de 250 milhões de euros

O primeiro-ministro, António Costa, assinou hoje, no final de uma reunião com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, um acordo para a concessão de um apoio financeiro de 250 milhões euros à Ucrânia.


António Costa esteve reunido com o primeiro-ministro ucraniano, depois de ter sido recebido pelo chefe de Estado, Volodymyr Zelensky, com quem também deu uma conferência de imprensa conjunta, e antes de visitar a embaixada de Portugal em Kiev.

“No encontro com Denys Shmyhal, António Costa anunciou que Portugal irá conceder um apoio financeiro de 250 milhões de euros à Ucrânia, “respondendo ao pedido do governo ucraniano”.

“Formalizámos este importante compromisso através da assinatura de um acordo de cooperação financeira”, referiu o líder do executivo português.

(agência Lusa)

15h01 - Costa visita instalações da Embaixada portuguesa em Kiev e condecora funcionário

Nesta ocasião da visita a Kiev, o primeiro-ministro António Costa condecora Andrei Putilovskiy, funcionário da Embaixada que se manteve durante todo o tempo da invasão na embaixada.

O funcionário da Embaixada recebe as insígnias da Ordem da Liberdade por ter permanecido em Kiev, disponível no apoio aos portugueses, luso-ucranianos e ucranianos que procuravam sair do país e chegar a Portugal.
"Prestar esse auxílio em tempo de guerra exige, muitas vezes, gestos excecionais de bravura e coragem como aqueles de que deu prova. Estão-lhe gratos, seguramente, todos aqueles que pode salvar", afirmou António Costa.

Andrei Putilovskiy, que trabalha há 25 anos na Embaixada portuguesa, agradeceu o reconhecimento por parte de Portugal e destacou a importância do trabalho de equipa ao longo dos últimos meses, mesmo os que estão à distância.

O embaixador português na Ucrânia, António Alves Machado, regressou hoje a Kiev e destaca que a Embaixada portuguesa foi das poucas que se manteve sempre aberta, mesmo quando as investidas russas sobre a capital da Ucrânia se intensificaram.

14h46 - "Portugal está inequivocamente ao lado da Ucrânia", diz António Costa

No Twitter, António Costa voltou a falar sobre o encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Destaca que Portugal está "inequivocamente ao lado da Ucrânia" e que irá reforçar o apoio "no plano humanitário, financeiros e militar".


"Sensibiliza-nos a escolha europeia feita pela Ucrânia e pelo seu povo, que acolhemos de braços abertos. É fundamental acelerar a integração política e económica da Ucrânia com a UE", escreve o primeiro-ministro português, em linha com o que foi dito na conferência de imprensa após a reunião.

Para além das "necessidades imediatas", António Costa olha desde já para o processo de reconstrução do país.

"A escala do desafio faz com que tenhamos de criar um mecanismo financeiro europeu forte e trazer outros parceiros internacionais para este esforço", defende o chefe de Governo português. 

13h57 - Rússia proíbe viagens de 963 norte-americanos a território russo, incluindo Biden e Blinken

A Rússia anunciou este sábado que proíbe a partir de hoje a entrada em território russo de 963 norte-americanos, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o secretário de Estado Antony Blinken e o chefe da CIA, William Burns.

As proibições de viagem têm apenas um impacto simbólico, mas fazem parte de uma espiral descendente constante nas relações da Rússia com os Estados Unidos, no contexto da invasão russa da Ucrânia.

12h54 - Costa lembra que processo de adesão à UE pode ser moroso

Sobre o processo de adesão à União Europeia, António Costa voltou a mencionar o apoio técnico que Portugal irá dar, mas lembra que o país tem a experiência do seu próprio processo de adesão, que "durou nove anos", assinala o chefe de Governo português. 

O primeiro-ministro refere, no entanto, que o mais importante é a opção dos ucranianos pela Europa, que já foi tomada de forma "inequívoca".

Costa assinala que a União Europeia tem problemas e dificuldades para ultrapassar "dentro da sua própria casa" e promete o empenho de Portugal junto de outros Estados-membros que estejam contra um novo alargamento.

Refere ainda que os ucranianos e o presidente Zelensky já demonstraram ter "persistência, coragem e determinação" nesta guerra, pelo que outros desafios serão "muito mais fáceis", referindo-se ao processo de adesão à UE.

12h45 - Zelensky insiste na necessidade de apoio militar à Ucrânia

Em resposta aos jornalistas, o presidente ucraniano vincou a necessidade da Ucrânia no que diz respeito ao apoio militar, lembrando o que aconteceu em Mariupol, em que "milhares de pessoas foram mortas e grande parte das pessoas foram feitas reféns" na ausência de poderio militar.

"Não vou dizer o que precisamos de forma concreta, mas precisamos de todo o tipo de armas. Peço a todos os líderes para que nos apoiem.
 Se puderem ajudar, ajudem", afirmou.

Lembrou a questão da alimentação, acusando a Rússia de ter bloqueado "quase todos os portos e todas as formas de exportação marítima".

"Não podemos exportar nada, 22 milhões de toneladas bloqueadas pela federação russa. Eles estão a roubar aos poucos tudo o que estão a bloquear", acusou.

Zelensky alerta que, se a situação não se resolver, haverá uma grande crise no mundo ao nível alimentar, já que muitos países do mundo necessitam dos produtos alimentares que são exportados pela Ucrânia.

12h40 - Apoio militar de Portugal. "Muitas vezes não temos esses recursos", reconhece o primeiro-ministro

Questionado sobre o tipo de ajuda militar que Lisboa está a dar a Kiev, António Costa reconheceu que nem sempre é possível responder aos apelos porque "muitas vezes não temos esses recursos".

No entanto, prometeu continuar a apoiar os esforços da Ucrânia e indicou que aterrou hoje, na Polónia, mais um avião com equipamento militar que terá como destino a Ucrânia.

Esse equipamento militar foi adquirido por Portugal especificamente para ajudar a Ucrânia, disse António Costa.

Sobre a reconstrução do país no pós-guerra, António Costa mostrou a disponibilidade de Portugal em patrocinar uma zona geográfica específica ou ajudar à reconstrução de escolas e jardins de infância do país.

Essa seria uma "contribuição diferenciada" que advém da "experiência de Portugal na renovação do seu próprio parque escolar".

António Costa referiu que esta matéria específica ser aprofundada na reunião com o primeiro-ministro da Ucrânia. 

12h36 -"Estamos geograficamente distantes mas somos dois povos próximos", afirma Costa

Ao lado do presidente ucraniano, António Costa elogiou "um líder que inspira o mundo e nos tem dado a todos uma grande lição e um grande exemplo de motivação, de determinação e de coragem, personalizando nele a notável resistência do povo ucraniano contra esta invasão ilegal e a forma bárbara com a Rússia tem conduzido a guerra em solo ucraniano".

Ao lado do presidente ucraniano, o primeiro-ministro português destacou a proximidade entre Portugal e a Ucrânia, apesar da distância geográfica. Mencionou a "grande contribuição da comunidade ucraniana" para o desenvolvimento de Portugal ao longo das últimas décadas e que essa proximidade levou a uma integração fácil dos que tiveram de pedir proteção internacional ao longo dos últimos meses.

Portugal mantém a "firme intenção de apoiar a Ucrânia a ganhar esta guerra e a paz", António Costa refere que Portugal acolhe "de braços abertos a opção que a Ucrânia fez pela Europa". Na reunião com Zelensky, o chefe de Governo português disponibilizou "todo o apoio técnico". Nesse sentido, um chefe de gabinete do presidente ucraniano irá deslocar-se a Portugal no início de junho.

Para lá do apoio "humanitário, militar e apoio às sanções", Costa prometeu ajudar a criar condições para que todos os países da UE possam manter-se unidos no apoio ao sexto pacote de sanções.

Lembra que muitos não têm grau de independência que Portugal tem relativamente ao gás e ao petróleo russo, e que por isso o país está a tentar apresentar alternativas "para que os restantes países possam ultrapassar essa dependência". Dessa forma, a Europa poderá fazer um "bloqueio total" à energia russa e assim parar de "financiar o esforço de guerra da Rússia".

Disponibilizando a ajuda bilateral de Portugal na reconstrução do país no pós-guerra, António Costa assinalou que o apoio à reconstrução da Ucrânia deve ter um tema prioritário nos próximos Conselhos Europeus.

12h33 - Zelensky e Costa em conferência de imprensa após reunião em Kiev

O primeiro-ministro esteve reunido com o presidente ucraniano durante a visita à capital do país. Em conferência de imprensa, Volodymyr Zelensky indicou que foi discutida a ajuda futura à Ucrânia e a responsabilização dos culpados de crimes de guerra.

"O senhor primeiro-ministro viu hoje com os próprios olhos o que fizeram os ocupantes em Irpin e na região de Kiev", afirmou Zelensky.
Ambos concordaram no aumento da pressão sobre os russos, mas Zelensky assinala que a maior dúvida é agora a questão do embargo ao petróleo russo.

"Agradecemos a compreensão de Portugal, que Portugal entenda que a Rússia está a usar este conflito para enfrentar uma Europa unida", frisou Zelensky.

De acordo com o presidente ucraniano, um dos principais temas da reunião foi a integração da Ucrânia na União Europeia. Quanto à reconstrução do país no pós-guerra, Zelensky diz esperar o apoio de Portugal nesse processo e agradeceu a disponibilidade que já foi demonstrada.

"Estou muito agradecido pela forma calorosa como tratam a nossa comunidade, não apenas durante esta guerra mas ao longo de vários anos", afirmou ainda sobre a comunidade ucraniana em Portugal. 

Zelensky considerou que esta primeira visita de António Costa a Kiev é um "sinal importante".

11h49 - Joe Biden assina decreto para fornecer mais apoio financeiro à Ucrânia

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou a lei aprovada pelo Congresso na quinta-feira que irá permitir o envio de 40 mil milhões de dólares para o esforço de guerra da Ucrânia contra a Rússia.

Joe Biden assinou o documento no decurso da viagem oficial à Coreia do Sul, segundo indicou a Casa Branca.

10h22 - Visita a Irpin "vai ficar para sempre na minha memória", diz António Costa

No Twitter, o primeiro-ministro português falou sobre a visita desta manhã à cidade de Irpin, às portas de Kiev. "O nível de destruição e violência é absolutamente devastador. Testemunhei aqui a evidência de ataques cruéis, indiferenciados e, a todos os títulos, injustificados", acrescentou.

Tal como tinha salientado nas respostas aos jornalistas, António Costa voltou a destacar a brutalidade exercida sobre a população civil.

"As guerras atingem sempre pessoas inocentes. Famílias que aqui tinham as suas vidas organizadas, os seus trabalhos, o seu bairro e tiveram de abandonar tudo para tentarem salvar as suas próprias vidas. O que me impressiona mais é mesmo a brutalidade contra civis", assumiu.
 

10h06 - Rússia diz ter destruído grande remessa com armas ocidentais enviadas para a Ucrânia

O Ministério russo da Defesa indicou este sábado que destruiu um grande remessa com armas fornecidas pelo Ocidente, localizado no noroeste da Ucrânia.

"Mísseis Kalibr de longo alcance de alta precisão, lançados a partir do mar, destruíram um grande remessa de armas e equipamentos militares fornecidos pelos Estados Unidos e pelos países europeus, perto da estação ferroviária de Malin, na região de Zhytomyr", indicou Moscovo em comunicado.

9h31 - Costa em Irpin condena ação "criminosa" que "visa a pura destruição da vida das pessoas"

Nesta cidade às portas de Kiev que esteve sob ataque russo durante um mês, António Costa falou de um cenário "absolutamente devastador".

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro português destacou "a forma cruel" como vários carros foram atingidos "com pessoas lá dentro", referindo-se a viaturas de Irpin que foram atingidas por artilharia russa enquanto tentavam escapar da cidade. 
Questionado sobre o que mais o impressiona nesta visita, António Costa mencionou a "brutalidade" que se percebe ter afetado as populações civis da cidade.

O primeiro-ministro considerou ainda que a ação russa não entra nos parâmetros de uma "guerra normal" por fugir às regras do jogo e ir além do combate entre militares.

"Sabemos que a guerra é sempre dramática, mas a guerra tem regras. Aqui, já não estamos a falar de uma guerra normal, mas de atos verdadeiramente criminosos", declarou António Costa. 

Por isso, considera "fundamental que as investigações prossigam e que todos os crimes de guerra sejam devidamente apurados e punidos".

"Estamos a falar de algo que é verdadeiramente criminoso e que visa a pura destruição da vida das pessoas, a destruição da vida e do futuro de um país", afirmou.

Ainda questionado sobre o apoio direto de Portugal a uma localidade ucraniana específica, António Costa refere que esse será um tema a discutir ainda hoje com o presidente ucraniano.

Nesta visita, António Costa não esqueceu a comunidade ucraniana em Portugal, muito significativa há vários anos, e que "ajudou ao desenvolvimento" do país. Esta comunidade ucraniana em Portugal cresceu exponencialmente nos primeiros meses de guerra, destacou.

9h16 - Zelensky considera só a diplomacia poderá acabar com a guerra

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou hoje que só a diplomacia conseguirá pôr fim à guerra na Ucrânia, numa altura em que as negociações entre Moscovo e Kiev estão num impasse.

"O fim [do conflito] será diplomático", declarou Zelensky, numa entrevista a um canal de televisão ucraniano.

De acordo com o chefe de Estado ucraniano, a guerra "será sangrenta, continuarão os combates, mas só acabará definitivamente pela via diplomática"

Estas declarações foram transmitidas no dia em que o primeiro-ministro português, António Costa, chegou a Kiev para manifestar solidariedade ao povo ucraniano e reunir-se com Volodymyr Zelensky.

(agência Lusa)

9h04 - António Costa chegou a Irpin

O primeiro-ministro português chegou hoje à capital ucraniana e dirigiu-se a Irpin, onde está a ser recebido pelas autoridades locais. Esta é uma das zonas mais massacradas aquando do avanço das tropas russas sobre Kiev.
Na visita a Irpin, a cinco quilómetros de Kiev, as autoridades locais explicaram que a localidade "foi um escudo" da capital que defendeu a capital" e que Irpin "conseguiu parar" o avanço dos russos.

Na visita, o primeiro-ministro procurou informar-se sobre o restabelecimento de serviços e infraestruturas, nomeadamente escolas. António Costa quis ainda saber o destino dos deslocados desta cidade.

De acordo com uma secretária do Conselho Municipal de Irpin, entre 25 e 30 mil pessoas que fugiram de Irpin já regressaram à cidade. Outras cinco mil nunca chegaram a abandonar a cidade.

8h54 - "Emoção e respeito". O primeiro-ministro na chegada à Ucrânia

No Twitter, o primeiro-ministro disse que chega a Kiev com "emoção e respeito", e em sinal de solidariedade para com o país e o povo perante a "bárbara agressão russa".
 
8h37 - António Costa já chegou a Kiev. Primeiro-ministro destaca "direito à soberania e integridade territorial"

O primeiro-ministro português chegou à Ucrânia este sábado onde irá reunir-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

À chegada à capital ucraniana, António Costa afirmou aos jornalistas que está em Kiev para "responder ao convite" do chefe de Estado ucraniano. Refere também que a visita se realiza também para que se possam concretizar "os apoios que temos negociado de forma bilateral com a Ucrânia".

Portugal quer continuar a apoiar a Ucrânia "nesta luta muito dura que tem vindo a travar", destacando o "direito à soberania e integridade territorial" do país, bem como à "reconquista da paz".

O primeiro-ministro indicou que irá, em conjunto com o vice-primeiro-ministro dos Negócios Estrangeiros, visitar uma das zonas mais atingidas pela guerra. 
 
8h24 - Reino Unido discute envio de armamento para a Moldova

Liz Truss, a secretária britânica das Relações Exteriores, revelou que o Reino Unido iniciou discussões com os seus aliados internacionais sobre o envio de armamento para a Moldava de forma a proteger o país de um eventual avanço russo.

Em entrevista ao diário Telegraph, a responsável indicou que quer ver o país "equipado de acordo com os padrões da NATO", ainda que não pertença à Aliança. Teme-se que o país seja um dos próximos alvos de Vladimir Putin após o conflito com o Ucrânia, desde logo pela situação da Transnístria.

7h38 - Rússia está a enfrentar escassez de veículos aéreos não tripulados, diz o Reino Unido

A Rússia está "provavelmente" a enfrentar escassez de veículos aéreos não tripulados de reconhecimento (UAV's) apropriados, indicou o Ministério britânico da Defesa no sábado. De acordo com Londres, as forças russas tentaram usar estes equipamentos para identificar alvos a serem atingidos por jatos de combate ou artilharia.

De acordo com o relatório das autoridades britânicas, a escasses de UAV's de reconhecimento é exacerbada pelas limitações nas capacidades de fabrico doméstico resultantes das sanções.

No mais recente boletim sobre a invasão russa da Ucrânia, o Ministério britânico da Defesa prevê que as capacidades de reconhecimento no terreno se degradem, o que terá impacto na "eficácia operacional" de Moscovo.


7h31 - Gazprom confirma que interrompeu fornecimento de gás à Gasum

A Gazprom confirmou este sábado que suspendeu as exportações de gás para a vizinha Finlândia, confirmando as informações de Helsínquia.

Por indicação do Kremlin, a Gazprom Export exige desde 1 de abril que os países europeus paguem o gás russo em rublos, isto devido às sanções impostas pelo Ocidente no contexto da invasão da Ucrânia. A Finlândia, tal como outros países, recusa-se a fazê-lo.

7h17 - Rússia corta fornecimento de gás à Finlândia

O fornecimento de gás natural da Finlândia da Rússia foi cortado este sábado, indicou a empresa estatal de energia da Finlândia, a Gasum. O país nórdico recusou-se a pagar ao fornecedor, a Gazprom, em rublos.

"As entregas de gás natural para a Finlândia sob o contrato de fornecimento da Gasum foram interrompidas", indicou a empresa em comunicado, acrescentando que o gás será agora entregue por outras fontes através do gasoduto Balticconnector, que liga a Finlândia à Estónia.

A Finlândia e a Suécia entregaram na última semana o pedido formal de adesão à NATO após décadas de neutralidade militar.
Ponto da situação

  • Os militares ucranianos que ainda resistiam ao cerco na fábrica de Azovstal receberam ordens de Kiev para deixar de combater. O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, indicou que foi alcançada a “libertação total” do complexo industrial em Mariupol. Desde o início da semana já se renderem quase dois mil soldados ucranianos em Mariupol.

  • A Rússia declara vitória após meses de combate e obtém agora o controlo da cidade portuária estratégica. Azovstal foi derradeiro reduto da resistência ucraniana e da cidade como um todo. Teme-se que mais de 20.000 civis estejam mortos.

  • O presidente ucraniano pretende ver a Rússia responsabilizada financeiramente pelos danos que o Exército russo está a infligir na Ucrânia, desde o início da invasão. Volodymyr Zelensky salienta que as cidades estão transformadas em ruínas pelos ataques russos. Volodymyr Zelensky defende a criação de um mecanismo legal para que todos os que sofreram com as ações da Rússia possam receber uma compensação.

  • O exército russo disparou um míssil na região de Kharkiv, no nordeste, destruindo um centro cultural em Lozova e ferindo em sete pessoas, incluindo uma criança.