Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Geraldo, Inês Moreira Santos, Andreia Martins - RTP

Sergey Kozlov - EPA

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h47 - Gazprom baixa exportações e UE prepara-se para viver sem energia russa

A Gazprom exportou no primeiro semestre menos 31% de gás do que no mesmo período do ano passado para os países fora do espaço da pós-soviética Comunidade de Estados Independentes (CEI).

As exportações para fora da CEI ficaram-se pelos 68,9 mil milhões de metros cúbicos (mmmc), menos 31 mmmc, segundo um comunicado da Gazprom.

23h30 - Kiev pede a Ancara que trave navio russo na costa turca

A embaixada da Ucrânia em Ancara pediu hoje à Turquia que travasse um navio russo que chegou perto da turca no mar Negro proveniente do porto ucraniano de Berdiansk, sob ocupação russa.

A embarcação Zhibek Zholy, um cargueiro de 140 metros de cumprimento com a bandeira da Rússia, ancorou a cerca de um quilómetro do porto de Karasu, na costa turca a leste de Istambul, de acordo com o 'site' Marine Traffic, que monitoriza as movimentações dos barcos.

"O Zhibek Zholy de Berdansk ocupado entrou no porto de Karasu. A pedido do procurador ucraniano, pedimos ao lado turco que tomasse as medidas necessárias", adiantou o embaixador Vasyl Bodnar no Twitter.

Embora não especifique o tipo de carga a bordo, a mensagem sugere que o diplomata suspeita da presença de cereais ucranianos.

(Agência Lusa)

22h57 - Zelensky conversa com chefes de Estado de Argentina e Chile

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reforçou hoje a sua campanha para obter apoio da América Latina, com telefonemas dirigidos aos líderes da Argentina e do Chile.

"Continuo a estabelecer relações com uma região importante - a América Latina", escreveu o chefe de Estado ucraniano nas redes sociais.

As conversas com Alberto Fernández, da Argentina, e Gabriel Boric, do Chile, ocorreram pouco mais de duas semanas depois de Zelensky ter dialogado com os presidentes equatoriano e guatemalteco, Guillermo Lasso e Alejandro Giammattei, respetivamente.

Na altura, o presidente ucraniano disse que as conversas com Lasso e Giammattei marcaram o início de uma "nova política de restauração das relações com a América Latina".

Fernández manteve um diálogo de 35 minutos com Zelensky, no qual ofereceu apoio em quaisquer negociações que possam acontecer com a Rússia, disse o Governo argentino em comunicado.

"A América Latina é um continente de paz que rejeita o uso da força e promove o diálogo para resolver conflitos", disse o Presidente da Argentina, como atual líder da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), segundo o texto.

(Agência Lusa)

21h27 - Ucrânia acusa Rússia de ataques com fósforo na Ilha das Serpentes

Um dia depois de abandonar a Ilha das Serpentes, a Rússia foi acusada de ter usado munições de fósforo contra o território esta sexta-feira.

"Hoje, por volta das 18h00, a força áerea russa levou a cabo ataques aéreos com mísseis que continham fósforo na Ilha das Serpentes", declarou o exército ucraniano.

O mesmo exército acusou a Rússia de não conseguir "respeitar" as suas próprias decisões.

20h53 - EUA anuncia nova ajuda militar no valor de 780 milhões de euros

Os EUA anunciaram hoje que vão fornecer à Ucrânia ajuda militar no valor global de 820 milhões de dólares (780 milhões de euros), que inclui novos sistemas de mísseis terra-ar e radares de contra-artilharia.O Pentágono disse que também forneceria aos ucranianos até 150.000 cartuchos de munição de artilharia de 155 milímetros.

Este é o 14.º pacote de armas e equipamento militar transferidos para a Ucrânia desde agosto de 2021.

No total, os EUA forneceram mais de 8,8 mil milhões de dólares (8,4 mil milhões de euros) em armas e formação militar para a Ucrânia.

Como parte do novo pacote, os EUA comprarão dois sistemas conhecidos como NASAMS, um sistema antiaéreo desenvolvido pela Noruega que também é usado para proteger o espaço aéreo em redor da Casa Branca e do Capitólio, em Washington.

O Pentágono também fornecerá munição adicional para os sistemas de foguetes de médio alcance que forneceu à Ucrânia em junho, conhecidos como Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, ou HIMARS, na sigla em inglês.

(agência Lusa)

20h42 - Ucrânia transfere produção siderúrgica de Azovstal para 300 Km de distância

A Ucrânia é um dos maiores produtores de aço do mundo. Depois da destruição do complexo siderúrgico de Azovstal a produção de aço ucraniano passou agora para uma outra unidade a 300 quilómetros de distância.


20h24 - Ucrânia reafirma que edifício atingido em Odessa era apenas civil

Apesar do desmentido inicial da autoria russa do bombardeamento de Odessa, vieram depois explicações russas de que o edifício atingido seria uma base antiaérea. A Ucrânia veio logo argumentar que se tratava de um edifício de habitação de nove andares.


20h13 - Bombardeamento russo causa 21 mortos nos arredores de Odessa

Pelo menos 21 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque com mísseis russos a uma zona residencial perto de Odessa. A Rússia nega a autoria dos bombardeamentos.


18h19 - Separatistas russófonos indiciam mais dois britânicos por combaterem como mercenários

As autoridades da autoproclamada República Popular de Donetsk (DNR) indiciaram hoje mais dois britânicos por combaterem como mercenários nas fileiras do exército ucraniano.

"Estão a decorrer investigações sobre os mercenários Dylan Healey e Andrew Hill. Estão incriminados pelos mesmos delitos dos mercenários previamente condenados. Foram-lhes apresentadas as acusações", afirmou um representante da DNR citado pela agência noticiosa oficial russa TASS.

Dylan Healey, um voluntário britânico de 22 anos que segundo a organização britânica Presidium Network efetuava atividades humanitárias na Ucrânia, foi detido pelos militares russos em finais de abril na região de Zaporijia, e acusado de combater como mercenário.

Por sua vez, Andrew Hill, ex-soldado de infantaria britânico e veterano da guerra do Afeganistão, juntou-se à Legião Estrangeira da Defesa Territorial ucraniana, foi ferido em combate e feito prisioneiros da região de Mykolaiv.

OS dois detidos não são os primeiros britânicos julgados na DNR sob a acusação de combaterem como mercenários.

(agência Lusa)

18h10 - Grupo francês afirma que União Europeia devia comprar cereais ucranianos

O diretor do grupo francês Intercereales disse esta sexta-feira que a União Europeia deve comprar os cereais ucranianos e oferecê-los como ajuda a países que estão a passar uma grave crise alimentar. Lembre-se que a exportação de cereais por parte da Ucrânia foi interrompida após o início da invasão russa.

A guerra em território ucraniano levou a um agudizar da crise alimentar em países mais necessitados como os africanos.

17h18 - Ucrânia pede que Turquia confisque navio com bandeira russa

A Reuters reportou esta sexta-feira que a Ucrânia pediu à Turquia que confiscasse um navio de bandeira russa que tem cereais ucranianos e que se dirige para Karasu na Turquia.

O navio Zhibek Zholy esteve envolvido numa "exportação ilegal" de cereais ucranianos a partir do porto de Berdiansk. O pedido foi realizado por carta, através do procurador geral da Ucrânia.

A Ucrânia continua a acusar a Rússia de roubar cereais a partir de áreas ocupadas. O Kremlin continua a negar as acusações.

17h09 - Sopa `borscht` é nova `frente´no conflito com a Rússia

A Rússia reagiu com indignação à inclusão pela UNESCO da sopa `borscht`, típica da Ucrânia, na lista de património cultural imaterial em perigo, uma nova `frente` no conflito bilateral.

No seguimento do anúncio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o ministro da cultura ucraniano, Oleksandr Tkatchenko, comentou na rede social Telegram que "a Ucrânia ganhará a guerra do `borscht`, bem como esta guerra", referindo-se ao conflito armado com a Rússia.

Do lado russo, os diplomatas de Moscovo denunciaram quase de imediato a decisão da UNESCO, acusando os ucranianos de se apropriarem do prato como forma de "nacionalismo contemporâneo".

"Poderia ser algo comum, em que cada cidade, cada região, cada dona de cada preparasse à sua maneira, mas eles [ucranianos] não se quiseram comprometer, e isso é xenofobia, nazismo, extremismo em todas as suas formas", criticou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russa, Maria Zakharova.

(agência Lusa)

17h07 - Primeiro-ministro búlgaro rejeita ultimato da Rússia para anular expulsão de diplomatas

O primeiro-ministro cessante da Bulgária rejeitou hoje que o seu governo ceda às pressões da Rússia, que ameaçou romper relações bilaterais dando 24 horas para a anulação da decisão búlgara de expulsar 70 diplomatas russos por "espionagem".

"Não aceitamos que diplomatas de outros países deem um ultimato ao Estado búlgaro", declarou o primeiro-ministro Kiril Petkov, num vídeo divulgado pelo Governo pouco antes do fim do prazo do ultimato, que foi apresentado na quinta-feira pela embaixadora russa em Sófia, Eleonora Mitrofanova.

A diplomata apresentou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros búlgaro uma nota verbal onde se exige que Sófia anule a sua decisão de declarar `persona non grata` 70 funcionários da embaixada da Rússia.

Todas as pessoas envolvidas devem abandonar o território búlgaro antes da meia-noite de hoje.

A ordem de expulsões não aumentou apenas as tensões da Bulgária com a Rússia, mas também as internas na coligação no poder e no Parlamento.

(agência Lusa)

16h20 - Putin debate conflito e crise alimentar com PM indiano e culpa Ocidente

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, debateu hoje com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o conflito armado na Ucrânia e a escassez alimentar mundial, culpando por ambas as crises Kiev e o Ocidente. Os temas foram conversados por iniciativa de Modi, que, segundo avançou o Kremlin (presidência russa) em comunicado, pediu a Putin para o informar sobre o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.

O Presidente russo destacou a “natureza perigosa e provocativa do regime de Kiev e dos seus apoiantes ocidentais para escalar a crise e inviabilizar os esforços para a resolver política e diplomaticamente”, referiu o seu gabinete. Sobre a crise alimentar, Putin chamou a atenção para “os erros sistémicos cometidos por vários países, que levaram ao colapso de toda a arquitetura de livre comércio de produtos alimentares e provocaram um aumento significativo do seu custo”.

O líder do Kremlin argumentou ainda que as “sanções ilegítimas” adotadas contra a Rússia exacerbaram “uma situação já difícil”. Estes fatores também tiveram um impacto negativo no mercado global de energia, defendeu.

(Agência Lusa)


16h06 - Noruega promete mil milhões em ajuda à Ucrânia

A Noruega prometeu esta sexta-feira mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia, disse o primeiro-ministro da Noruega numa conferência de imprensa com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy.

15h19 - Ucrânia confirma forte queda na exportação de cereais

O Ministério da Agricultura da Ucrânia confirmou que a exportação de cereais do país sofreu uma forte queda em 2022. Segundo os mais recentes dados, a exportação caiu em 43 por cento para 1,41 milhões de toneladas em junho, em grande parte como consequência do bloqueio dos portos do Mar Negro, como Odessa ou Mariupol.

A Reuters refere que o ministério indicou que a colheita no sul e este da Ucrânia já começou, tendo já sido colhidas quase 300 mil toneladas da área cultivada.

14h51 - Praga reabre centro de acolhimento de refugiados em julho

As autoridades da República Checa vão reabrir a 11 de julho o centro de acolhimento para os refugiados vindos da Ucrânia, após a infraestrutura ter sido encerrada em meados de junho por falta de camas, foi hoje divulgado.

Por ordem do Governo de coligação do conservador Petr Fiala e contra a vontade do presidente da câmara da capital, Zdenek Hrib, membro do Partido Pirata (força política caracterizada como anti-sistema), o centro de acolhimento, gerido pelo conselho municipal e pelo executivo regional, voltará a estar operacional a partir de 11 de julho, adiantou hoje a emissora pública CT24.

O centro não vai estar, no entanto, em condições para oferecer alojamento a quem foge da guerra, mas fornecerá ajuda humanitária e assistência em processos de vistos e de tratamento de outras burocracias legais a quem pretenda aceder ao mercado de trabalho checo.

(Agência Lusa)

14h34 - Alemanha considera que Putin tem de ser responsabilizado após ataques de mísseis perto de Odessa

A Alemanha condenou esta sexta-feira os ataques com mísseis perto da cidade portuária ucraniana de Odessa, referindo que ataques a civis são crimes de guerra.

"O presidente russo Putin e os responsáveis terão que ser responsabilizados", disse um porta-voz do governo alemão numa conferência.

14h06 - Novo ataque contra civis em Odessa provoca 20 mortos

Um novo ataque das forças russas em Odessa provocou pelo menos 20 mortos, entre os quais duas crianças, e várias dezena de feridos. Estão internadas 38 pessoas. Moscovo nega um ataque contra civis.


13h44 - Zelensky cuidadoso quanto ao abandono da Ilha das Serpentes pelas forças russas

O presidente da Ucrânia reagiu hoje ao facto das tropas russas terem abandonado a ilha das Serpentes, na Ucrânia. Considera que esse facto muda significativamente a situação estratégica no Mar Negro, mas que não é garantido que não possam regressar.


13h21 - Turquia pode voltar a exportar cereais do Mar Negro para países necessitados

A Turquia pode exportar novamente cereais como trigo, aveia e cevada do Mar Negro para países necessitados após negociações com a Rússia e a Ucrânia, disse o presidente Tayyip Erdogan esta sexta-feira, acrescentando que discutirá o assunto com os dois países nos próximos dias.

12h49 - Ursula Von der Leyen falou ao Parlamento ucraniano, por videoconferência

A presidente da Comissão Europeia saudou as reformas que o país já implementou, mas pediu a Kiev para acelerar a luta contra a corrupção e a adoção de leis sobre a independência dos media.


12h30 - Hungria opõe-se a novas sanções e recusa parar compras de gás russo

A Hungria irá vetar novas sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia e recusa-se a parar as importações de gás russo, depois de ter cedido no petróleo, anunciou hoje o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. A UE já adotou seis pacotes de sanções contra Moscovo desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, e o mais recente inclui a proibição das importações de petróleo até ao final deste ano, sendo que a Hungria e outros Estados-membros mais dependentes beneficiam de um prazo mais alargado.

“A Hungria opor-se-á à adoção de um novo pacote de sanções [da UE], ainda mais se planearem incluir sanções relacionadas com o gás”, disse Orbán na sua conversa regular de sexta-feira na rádio pública Kossuth, citado pela agência espanhola EFE.

Orbán, que é visto como um aliado de Moscovo na UE, disse que um possível embargo às importações europeias de gás natural da Rússia não é sequer uma base de negociação para a Hungria. O chefe do governo húngaro referiu que na cimeira da UE da semana passada informou os restantes líderes europeus sobre a sua posição e defendeu que não deveria ser adotado um sétimo pacote de sanções.

(Agência Lusa)

12h08 - Rússia considera decisões da NATO "ridículas"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia reagiu à possível adesão da Finlândia e da Suécia na NATO, depois de um memorando de entendimento assinado pela Turquia, que estava a bloquear o processo. A partir da Bielorrússia, e citado pela Sky News, Sergei Lavrov disse que as declarações da NATO, que a Rússia "não devia ter medo", são "ridículas".

"Agora estão a dizer que a NATO deve assumir uma dimensão global em termos de responsabilidade da segurança", referiu, dizendo depois que uma nova linha de defesa vai ser erguida no Mar do Sul da China, depois de vários países do Indo-Pacífico terem estado presentes na cimeira de Madrid.

11h40 - "Estamos juntos agora", diz Zelensky sobre a UE

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Ucrânia e a UE estão a entrar num novo capítulo na sua história, depois de a candidatura do país ter sido aceite.

"Agora não estamos mais próximos. Agora estamos juntos", disse Zelensky ao parlamento ucraniano, saudando o início de um novo capítulo na história das relações de seu país com a União Europeia.

É "uma grande honra e uma grande responsabilidade" trabalhar para "alcançar as aspirações" do país, disse.

"Nós cobrimos um curso de 115 dias para obter o estatuto de candidato e o nosso caminho para a adesão não deve levar décadas. Devemos chegar lá rapidamente", disse o presidente ucraniano. "A Ucrânia está a lutar para escolher os seus valores, para fazer parte da família europeia".

O parlamento da Ucrânia hasteou a bandeira da União Europeia num plenário que contou com um discurso da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Durante o discurso, a responsável congratulou a Ucrânia por ter conseguido o estatuto de candidata à organização: “Ganharam o apoio e o respeito de todo os Estados-membros da União Europeia”, afirmou.



11h09 - Pelo menos 343 crianças morreram na sequência da invasão russa

A invasão da Ucrânia pelas forças russas provocou a morte de pelo menos 343 crianças em todo o país e 635 sofreram ferimentos de vária ordem, disse hoje a Procuradoria-Geral da Ucrânia citada pela agência Ukrinform.

"Mais de 978 crianças da Ucrânia foram afetadas na sequência da agressão armada de grande escala por parte da Federação Russa. De acordo com informação oficial, 343 crianças morreram e 635 ficaram feridas", indica o relatório divulgado hoje pelas autoridades judiciais de Kiev.

A maioria das vítimas (mortos e feridos) é da região de Donetsk, no leste do país, onde se contabilizam 339, e de Kharkiv, que inclui a segunda cidade do país, onde os ataques afetaram 185 menores de idade.

Em Kiev contabilizam-se, até ao momento, 116 vítimas; em Chernigov 68; Lugansk (leste) 61; na região de Mykolaiv (sul) 53; nas zonas ocupadas pelas forças russas de Kherson 52 e em Zaporiyia 31 vítimas. Por outro lado, os ataques aéreos e de artilharia da Rússia atingiram 2102 estabelecimentos de ensino em todo o país, 215 dos quais ficaram completamente destruídos.

A agência Ukrinform refere ainda que pelo menos 4731 civis morreram desde o começo da invasão, a 24 de fevereiro, mas é possível que o número real seja superior.

(Agência Lusa)

10h51 - Moscovo nega ataque a edifícios civis perto de Odessa

O Kremlin rejeitou as alegações que mísseis russos tenham atingido um prédio de apartamentos perto do porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, na manhã desta sexta-feira.

"Gostaria de lembrá-los das palavras do presidente de que as Forças Armadas russas não atacam alvos civis", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa conferência de imprensa.

10h35 - Forças russas tomaram refinaria ucraniana de petróleo de Lysychansk

O Ministério da Defesa da Rússia, segundo a agência RIA, anunciou que as forças russas conquistaram uma refinaria de petróleo na cidade ucraniana de Lysychansk.

10h20 - UE considera injustificada ameaça russa de cortar relações diplomáticas com a Bulgária

A União Europeia disse esta sexta-feira que a ameaça da Rússia de romper relações diplomáticas com a Bulgária em resposta à sua decisão de expulsar 70 diplomatas russos é injustificada.

A UE disse que a ação da Bulgária está "totalmente de acordo com a lei internacional", já que os diplomatas da Embaixada da Rússia estão a agir em violação aos tratados internacionais.

"A União Europeia está em total apoio e solidariedade com a Bulgária nestas circunstâncias e seguirá este assunto de perto", disse a UE em comunicado.

10h00 - Forças pró russas reclamam grande ofensiva contra Lysychansk

As forças russas intensificaram a ofensiva militar contra a cidade de Lysychansk, o último reduto ucraniano na região oriental de Lugansk, com ofensivas "em quatro direções", disse o representante da Rússia da autoproclamada república popular.

"A maioria das localidades situadas nos arredores de Lysychansk encontram-se sob o controlo das tropas da república popular de Lugansk (RPL) e da Rússia", escreveu Ródio Miroshnik nas redes sociais.

O mesmo representante da RPL indicou ainda que a ofensiva contra a cidade está a decorrer em quatro frentes.

9h28 - Bruxelas pede a Kiev para acelerar luta contra a corrupção

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu hoje à Ucrânia para acelerar a luta contra a corrupção, garantindo ainda o apoio da União Europeia no “longo caminho” para a adesão ao bloco.

Numa intervenção no parlamento ucraniano por videoconferência, Von der Leyen saudou as reformas já adotadas para a criação de “uma impressionante máquina anticorrupção”, sublinhando que estas “precisam de meios de ação e de boas pessoas em postos de responsabilidade”.

“Convém que o novo chefe da Procuradoria Anticorrupção e o novo diretor do serviço nacional anticorrupção da Ucrânia sejam nomeados o mais rapidamente possível”, salientou ainda, defendendo também um procedimento legislativo de seleção dos juízes do Tribunal Constitucional.

A líder do executivo saudou ainda a adoção por Kiev de uma lei destinada a desfazer “a influência excessiva dos oligarcas na economia” e apelou à adoção de legislação sobre a independência dos media, em linha com as normas da UE.

(Agência Lusa)

9h08 - Ucrânia "agora tem uma clara perspectiva europeia", diz von der Leyen da UE

A Ucrânia agora tem uma "perspectiva europeia muito clara" após a decisão da União Europeia de conceder ao país o estatuto de candidato ao bloco, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, num discurso ao parlamento ucraniano.

"A Ucrânia agora tem uma perspectiva europeia muito clara. E a Ucrânia é um país candidato a se juntar à União Européia, algo que parecia quase inimaginável há apenas cinco meses", disse.

"Então hoje é, antes de tudo, um momento para comemorar esse marco histórico, uma vitória de determinação para todo o movimento que começou há oito anos no Maidan", acrescentou.

8h33 - Pelo menos 17 mortos após bombardeamentos em Odessa

Um "avião estratégico" disparou um míssil para a cidade de Odessa a partir do Mar Negro e há registo, nesta altura, de pelo menos 14 vítimas mortais e 30 feridos, incluindo três crianças. Os serviços de emergência ucranianos indicam ainda que outro míssil, disparado do mesmo avião atingiu dois prédios próximos, matando "três pessoas, incluindo uma criança".

O primeiro ataque "atingiu um edifício residencial de nove andares na região de Bilgorod-Dniester", cerca de 80 quilómetros a sul de Odessa, segundo o porta-voz da administração da região de Odessa, Sergii Brachuk.

As operações de resgate continuam no local, mas estão a ser complicadas por um incêndio.

8h05 - Dez mortos em ataque com mísseis na região de Odessa

Dez pessoas morreram e sete ficaram feridas num ataque com mísseis a 80 quilómetros de Odessa, anunciou o porta-voz da administração da região do sul da Ucrânia, Serguei Bratchuk.

"Um avião estratégico realizou um ataque com mísseis na região de Odessa, a partir do mar Negro", na noite de quinta-feira, disse Bratchuk.

"Um míssil atingiu um edifício residencial de nove andares e o segundo atingiu um centro recreativo na região de Bilgorod-Dniester", a cerca de 80 quilómetros a sul de Odessa, disse o governante.

As equipas de resgate retiraram dez corpos dos escombros, tendo assistido sete feridos, incluindo três crianças, de acordo com a agência de notícias ucraniana Unian.

Ontem, terminou a Cimeira da NATO em Madrid, com os participantes a colocarem a chancela oficial no que consideram como maior ameaça à organização: a Rússia.

(agência Lusa)
Ponto de situação
  • O governador da região de Lugansk, Sergui Gaidai, disse hoje que a situação em Lysychansk, cidade no leste da Ucrânia sob pressão do exército russo, é "extremamente difícil" com bombardeamentos "muito fortes", impossibilitando a retirada de civis.

  • As forças ucranianas indicaram esta sexta-feira que as tropas russas foram retiradas da Ilha da Serpente, um território estratégico sob a mira das autoridades russas desde o início da guerra.

  • De acordo com Kiev, a Rússia está a usar mísseis de antigos stocks soviéticos para mais de 50 por cento dos ataques em solo ucraniano. A situação está a levar a um aumento significativo de mortes entre os civis. As forças armadas ucranianas indicaram ainda que o número de ataques russos mais que duplicou nas últimas duas semanas

  • O ministro russo dos Negócios Estrageiros, Sergei Lavrov, disse na sexta-feira que há uma nova "cortina de ferro" a ser traçada entre a Rússia e o Ocidente e que Moscovo já não confia em Bruxelas ou Washington.

  • Após o sim da Turquia à adesão de Suécia e Finlândia, Ancara começa agora a desenrolar a sua lista de exigências para o acordo firmado na capital espanhola. Para já, Ancara exige a extradição de 73 opositores por parte da Suécia e ameaça voltar atrás no acordo para a adesão dos nórdicos caso este desejo não seja atendido.