Os prémios Nobel da Literatura de 2018 e 2019 foram atribuídos à polaca Olga Tokarczuk e ao austríaco Peter Handke, respetivamente. O anúncio foi feito esta quinta-feira, em Estocolmo.
A polaca Olga Tokarczuk e o austríaco Peter Handke foram os galardoados do prémio Nobel da Literatura de 2018 e 2019.
O Nobel de 2018 foi igualmente anunciado esta quinta-feira depois de, o ano passado, ter sido cancelada a entrega deste prémio no seguimento de um escândalo de abuso sexual e crimes financeiros que afetou a Academia sueca.
Olga Tokarczuk junta-se, desta forma, à minoria de mulheres galardoadas com este prémio literário. Desde 1901, um total de 116 escritores – dos quais apenas 15 são mulheres – foram distinguidos com o Nobel da Literatura.
Este foi o quarto dos seis prémios mais cobiçados do mundo a ser distribuído. Resta o Nobel da Paz, que revelará a pessoa distinguida na próxima sexta-feira, e o Nobel da Economia que será anunciado a 14 de outubro.
“Uma imaginação narrativa”
A Academia decidiu distinguir Olga Tokarczuk “por uma imaginação narrativa que, com paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como forma de vida”.
No Twitter, a Academia continua a descrever a polaca como uma escritora que “nunca vê a realidade como algo estável ou eterno. Ela constrói os seus romances numa tensão entre opostos culturais; natureza versus cultura, razão versus loucura, masculino versus feminino, lar versus distanciamento”.
“Escrituras de Jacó” é a obra de Olga Tokarczuk que, na opinião do Comité do Nobel da Literatura, merece destaque. “Neste trabalho ela mostrou a capacidade extrema do romance de representar um caso quase além da compreensão humana”, descreve a Academia.
O Nobel de 2018 foi igualmente anunciado esta quinta-feira depois de, o ano passado, ter sido cancelada a entrega deste prémio no seguimento de um escândalo de abuso sexual e crimes financeiros que afetou a Academia sueca.
Olga Tokarczuk junta-se, desta forma, à minoria de mulheres galardoadas com este prémio literário. Desde 1901, um total de 116 escritores – dos quais apenas 15 são mulheres – foram distinguidos com o Nobel da Literatura.
Este foi o quarto dos seis prémios mais cobiçados do mundo a ser distribuído. Resta o Nobel da Paz, que revelará a pessoa distinguida na próxima sexta-feira, e o Nobel da Economia que será anunciado a 14 de outubro.
“Uma imaginação narrativa”
A Academia decidiu distinguir Olga Tokarczuk “por uma imaginação narrativa que, com paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como forma de vida”.
The #NobelPrize in Literature for 2018 is awarded to the Polish author Olga Tokarczuk “for a narrative imagination that with encyclopedic passion represents the crossing of boundaries as a form of life.” pic.twitter.com/ebU6claM8v
— The Nobel Prize (@NobelPrize) 10 de outubro de 2019
No Twitter, a Academia continua a descrever a polaca como uma escritora que “nunca vê a realidade como algo estável ou eterno. Ela constrói os seus romances numa tensão entre opostos culturais; natureza versus cultura, razão versus loucura, masculino versus feminino, lar versus distanciamento”.
“Escrituras de Jacó” é a obra de Olga Tokarczuk que, na opinião do Comité do Nobel da Literatura, merece destaque. “Neste trabalho ela mostrou a capacidade extrema do romance de representar um caso quase além da compreensão humana”, descreve a Academia.
“Conduz o Teu Arado sobre os Ossos dos Mortos” é o mais recente livro de Olga Tokarczuk, que chega às livrarias portuguesas na próxima segunda-feira.
“Um dos escritores mais influentes”
Sobre o austríaco Peter Handke, o Comité do Nobel da Literatura justifica a sua distinção com o Nobel da Literatura de 2019 pelo seu “trabalho influente que, com engenho linguístico, explorou a periferia e a especificidade da experiência humana”.
A Academia descreve Peter Handke como “um dos escritores mais influentes da Europa após a Segunda Guerra Mundial”, destacando a sua primeira obra “Die Hornissen”, publicada em 1966, bem como o livro “Offending the Audience”.
Destacam ainda que a “arte peculiar” do escritor austríaco consiste na sua “extraordinária atenção às paisagens e a presença material do mundo, o que tornou o cinema e a pintura duas das suas maiores fontes de inspiração”.
Sobre o austríaco Peter Handke, o Comité do Nobel da Literatura justifica a sua distinção com o Nobel da Literatura de 2019 pelo seu “trabalho influente que, com engenho linguístico, explorou a periferia e a especificidade da experiência humana”.
The #NobelPrize in Literature for 2019 is awarded to the Austrian author Peter Handke “for an influential work that with linguistic ingenuity has explored the periphery and the specificity of human experience.” pic.twitter.com/rZa1NEFMuO
— The Nobel Prize (@NobelPrize) 10 de outubro de 2019
A Academia descreve Peter Handke como “um dos escritores mais influentes da Europa após a Segunda Guerra Mundial”, destacando a sua primeira obra “Die Hornissen”, publicada em 1966, bem como o livro “Offending the Audience”.
Destacam ainda que a “arte peculiar” do escritor austríaco consiste na sua “extraordinária atenção às paisagens e a presença material do mundo, o que tornou o cinema e a pintura duas das suas maiores fontes de inspiração”.
Os rumores de que os prémios Nobel da Literatura de 2018 e 2019 poderiam ser atribuídos a uma mulher ou a um autor de língua não inglesa, ganharam força depois de o presidente do Comité do Nobel de Literatura ter revelado que os critérios foram alterados, valorizando uma perspetiva menos "eurocêntrica".
“Tínhamos uma perspetiva mais eurocêntrica da literatura e agora estamos a olhar para todo o mundo. Anteriormente era muito mais voltado para homens. Agora temos tantas escritoras que são realmente fantásticas, pelo que esperamos que o prémio e todo o processo do prémio tenham sido intensificados e tenham um âmbito muito mais alargado”, disse Anders Olsson ao The Guardian.
Em 2017, o Nobel da Literatura foi entregue a Kazuo Ishiguro. Bob Dylan, em 2016, foi o primeiro músico e compositor a ser galardoado com este prémio, tendo gerado uma onda de polémica.
Em 1998, foi a vez de o escritor português José Saramago ser o laureado do Nobel da Literatura.
Nas palavras de Alfred Nobel, o prémio é atribuído ao “trabalho mais notável numa direção ideal”. Os laureados recebem um prémio no valor de 9 milhões de coroas suecas (cerca de 827 mil euros).
Em 1998, foi a vez de o escritor português José Saramago ser o laureado do Nobel da Literatura.
Nas palavras de Alfred Nobel, o prémio é atribuído ao “trabalho mais notável numa direção ideal”. Os laureados recebem um prémio no valor de 9 milhões de coroas suecas (cerca de 827 mil euros).