OSCE responsabiliza separatistas por falha que causou a morte de observador na Ucrânia

por João Fernando Ramos, Rui Sá

Um observador americano da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa morreu este domingo no leste da Ucrânia quando o carro onde seguia foi apanhado na explosão de uma mina deixando pelo menos mais duas pessoas feridas.
Os separatistas da região de Lugansk dizem que a patrulha não seguia pela estrada principal, mas sim por um caminho pouco seguro.
No Jornal 2 a Vice presidente da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que está na Reunião do Bureau da OSCE, em Copenhaga, é clara em recusar todas as desculpas apresentadas pelos separatistas. "O acesso sem limites tem que ser garantido aos inspetores cuja missão é a de levar alguma estabilidade a todo o território".

É a primeira morte de um integrante da Missão de Observação Especial desde que foram enviadas equipas da OSCE para o terreno, há três anos.

O conflito na Ucrânia, lembra Isabel Santos, fez já dez mil mortos, vinte mil feridos e provocou dois milhões de deslocados.

"A situação humanitária no terreno é muito má. Os dois acordos de Minsk têm sido repetidamente violados por todas as partes. É necessária uma intervenção urgente no terreno para estabilizar a situação", defende a Vice-presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE.

A responsável fala num conflito que tem ganho intensidade desde setembro do ano passado (com uma pausa no período de Natal), com a Rússia a negar envolvimento direto, ou apoio aos separatistas "que têm recebido armamento, inclusive, pesado, de origem russa".
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