Os palestinianos na faixa de Gaza têm provocado nos últimos meses uma série de incêndios em Israel por meio de dispositivos aéreos com explosivos.
A brisa do Mediterrâneo ajuda a levá-los para além da fronteira. Os objetos contêm combustível e explosivos e quando caem em território israelita explodem, chegando a provocar incêndios.
O jornal The Times of Israel afirma que "estas armas não são uma piada". O tenente-coronel Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, citado pelo mesmo jornal, sustenta que "não são brinquedos, são armas que têm a intenção de matar e provocar danos".
De facto, papagaios de papel e balões parecem inocentes, mas não neste caso. No artigo, afirma-se que vários balões com pequenos explosivos no interior caíram no jardim de uma casa numa região a sul de Israel.
Os balões ficaram presos a um trampolim, que os fez parecer uma mera decoração. A proprietária da casa, Meirav Vidal, mostra-se preocupada sobretudo com os mais pequenos: "Hoje em dia é importante explicar às crianças que os balões são também um «objeto suspeito» que eles têm de se manter longe, não tocar e chamar um adulto".
F-16 israelitas versus papagaios palestinianos
O primeiro foguete disparado contra Israel foi há três meses e desde aí os palestinianos não têm parado de atacar, passando a utilizar também papagaios e balões explosivos.
Durante esta quarta-feira, foram lançados cerca de 45 foguetes explosivos pelos palestinianos, segundo a agência Reuters. Apesar do clima de guerra, ainda não foram registadas mortes do lado israelita.
De acordo com o jornal The Times of Israel, a organização palestiniana Hamas assumiu a responsabilidade dos ataques na madrugada de quarta-feira. O Hamas justificou os ataques a Israel pelas "agressões sionistas em curso".
"Estamos dispostos a retaliar após cada ataque", acrescenta o grupo palestiniano.
Desde Março, cerca de 127 palestinianos foram mortos pelas tropas israelitas.