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Parlamento da Macedónia ratifica acordo sobre nome do país

por Lusa
Alkis Konstantinidis - Reuters

O parlamento macedónio ratificou hoje o acordo histórico concluído no domingo com a Grécia para designar o país como República da Macedónia do Norte.

Visando acabar com um dos mais antigos litígios entre países europeus, o acordo tem ainda numerosos obstáculos a ultrapassar antes de entrar em vigor.

Terá de ser objeto de um referendo, cujo data ainda não foi fixada, antes de uma revisão constitucional que deve ser validada pelo parlamento por uma maioria de dois terços.

Em troca do acordo, Skopje espera poder conseguir a abertura de negociações de adesão à União Europeia durante uma cimeira da UE no final de junho e obter um convite para se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

No entanto, se o Governo macedónia não conseguir fazer a revisão constitucional, que exige uma maioria qualificada no parlamento de que o executivo não dispõe para já, "o convite da NATO é anulado e as negociações com a UE não avançam", advertiu o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

A Grécia nega ao seu vizinho a utilização do nome Macedónia, considerando ser o da sua província do norte.

Durante uma breve sessão, cuja realização foi anunciada hoje, 69 deputados macedónios em 120 votaram pela ratificação do acordo, para acabar com um conflito diplomático com a Grécia que tem 27 anos, desde que a Macedónia proclamou a sua independência, em 1991.

Os deputados da direita nacionalista (VMRO-DPMNE) não estiveram presentes na votação.

Cerca de quatro dezenas de opositores à assinatura do acordo com Atenas manifestaram-se diante do parlamento.

A direita reiterou por diversas vezes desde a assinatura do acordo que não apoiará "uma mudança do nome constitucional" da Macedónia.

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