O Parlamento finlandês debate esta quarta-feira a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte. A primeira-ministra finlandesa quer que o processo avance o mais depressa possível, ou seja, nas próximas semanas.
Apesar das ameaças russas os finlandeses mostram-se preparados para aderir à Aliança Atlântica e sem receios.
De acordo com os cálculos dos media finlandeses, 100 membros já decidiram votar pela adesão, quando apenas 12 são contra. Os demais aguardam os debates para mostrar a sua posição.
Sem expressar uma recomendação formal, um novo "livro branco" apresentado na semana passada pelo Governo aos parlamentares sublinhou que só a adesão à NATO permitirá ao país beneficiar do guarda-chuva do seu famoso artigo 5º da defesa coletiva.
Mesmo que tenha rompido com sua estrita neutralidade no final da Guerra Fria e quando ingressou na União Europeia, em 1995, a Finlândia é hoje apenas um parceiro da NATO.
Para o país nórdico, que tem uma fronteira de 1.300 quilómetros com a Rússia, aderir à aliança com 30 membros permitiria uma dissuasão "significativamente maior" contra um eventual ataque da Rússia, segundo o livro branco.