Parlamento português condena invasão do Capitólio como ataque à democracia nos EUA

por Lusa

O parlamento português condenou hoje a invasão do Capitólio norte-americano, em 06 de janeiro, que considerou um "ataque contra a democracia" nos Estados Unidos.

A aprovação do voto de condenação, por unanimidade, aconteceu horas depois da posse do novo Presidente norte-americano, Joe Biden, em Washington, sob apertadas medidas de segurança.

No texto, apresentado pela comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, condena-se "a invasão do Capitólio durante a sessão de validação das eleições presidenciais" e a Assembleia da República "solidariza-se com os seus parlamentares e funcionários, sublinhando a permanente necessidade de defender e salvaguardar o pleno funcionamento da instituição parlamentar democrática".

No voto de condenação, lê-se que esta "invasão, amplamente difundida nos media, ocorreu na sequência de um comício" em que Donald Trump, "o Presidente cessante, instigando os presentes, proferiu frases como `Eu estarei com vocês. Vamos andar até o Capitólio` ou `Nós vamos parar com o roubo`, e assinala um dos momentos mais sombrios da história recente da democracia norte-americana".

"É um ato que, pela sua natureza e impacto sobre a instituição parlamentar, deve indignar todos os democratas, obrigando a uma previdente reflexão sobre fenómenos de intolerância e populismo que disruptivamente ameaçam estender-se a outras paragens, contaminando o funcionamento das democracias", sublinha-se no texto.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, em 06 de janeiro, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Pelo menos cinco pessoas morreram, entre eles um polícia.

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