O herdeiro e líder de facto do conglomerado sul-coreano Samsung foi multado por uso ilegal de propofol, um potente anestésico, informou a agência noticiosa Yonhap.
O empresário foi considerado culpado de usar propofol em várias ocasiões nos últimos anos, numa clínica de cirurgia plástica em Seul.
O propofol, normalmente utilizado como anestésico em unidades cirúrgicas e de cuidados intensivos, é por vezes utilizado de forma recreativa como narcótico. Foi uma "overdose" deste medicamento que, por exemplo, causou a morte do músico Michael Jackson em 2009.
Durante o julgamento no início de Outubro, os advogados de Lee argumentaram que a droga lhe foi dada por razões médicas.
Contudo, ao proferir o veredicto, o juiz Jang Young-chae afirmou que "a quantidade injetada foi muito elevada e a natureza do crime cometido não é leve, dadas as responsabilidades sociais exercidas pelo arguido".
Lee não falou na audiência e absteve-se de responder às perguntas dos jornalistas.
Lee Jae-yong, de 53 anos, é o vice-presidente da Samsung Electronics, o maior fabricante mundial de "smartphones" e "chips" de memória.
Lee Jae-yong foi condenado em janeiro a dois anos e meio de prisão por corrupção, desvio de fundos e outros delitos relacionados com o escândalo que derrubou o ex-presidente sul-coreano Park Geun-hye.
Contudo, foi-lhe concedida liberdade condicional em agosto pelo governo sul-coreano, que está preocupado com as consequências para a Samsung, um pilar da economia do país.