Pedro Sánchez quer formar "Governo progressista" com ajuda de todos

por Lusa
Sergio Perez, Reuters

O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, apelou a "todos os partidos" para que atuem "com responsabilidade e generosidade" para desbloquearem o impasse político em Espanha, assegurando que pretende formar um Governo progressista. Os socialistas ganharam as legislativas deste domingo em Espanha, conseguindo 120 deputados, menos três do que nas eleições anteriores, número que ficou longe da maioria absoluta.

"Ganhámos as eleições e a partir de amanhã [segunda-feira] vamos trabalhar para esse Governo progressista do PSOE", concluiu Sánchez num pequeno discurso de vitória perante cerca de 200 militantes e apoiantes do PSOE reunidos em frente à sede nacional do partido, em Madrid.

O líder socialista e primeiro-ministro em exercício não explicou como é que vai conseguir os apoios necessários para ser investido quando o PSOE, apesar de ter ganho as eleições, ter perdido lugares no parlamento, assim como o principal potencial parceiro Unidas Podemos.

"Agora sim ou sim, vamos conseguir um Governo progressista", insistiu Sánchez, que só exclui do apelo feito os que se "autoexcluem da convivência e semeiam o discurso do ódio" numa referência ao Vox.

Os socialistas do PSOE com 120 deputados eleitos (28,0% dos votos) lideram a contagem de votos das eleições de hoje em Espanha quando estão escrutinadas 99,95% das assembleias de votos, praticamente a totalidade.

Em segundo lugar vem o PP (direita) com 88 lugares (20,8%) seguindo-se o partido de extrema-direita Vox com 52 lugares (15,1%).

A coligação de extrema-esquerda Unidas Podemos elegeu até agora 35 deputados (12,8%) e o Cidadãos obtém apenas 10 lugares (6,8%).

Com estes resultados, o bloco dos partidos de esquerda (PSOE, Unidas Podemos e Mais País) totaliza 158 deputados num total de 350, enquanto o bloco de direita (PP, Vox e Cidadãos) alcança 152 lugares.

Pedro Sánchez, mais enfraquecido, continua a ser o mais bem posicionado para conseguir ser investido primeiro-ministro em segunda votação no parlamento, quando apenas precisar de uma maioria relativa de votos.

Nas eleições de 28 de abril, os socialistas do PSOE tiveram 28,7% dos votos, seguidos pelo PP com 16,7%, o Cidadãos (direita liberal) com 15,9%, o Unidas Podemos (extrema-esquerda) com 14,3% e o Vox (extrema-direita) com 10,3%.

As eleições de hoje foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de abril.

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