Pelo menos 48 feridos em confrontos entre polícia e muçulmanos na Esplanada das Mesquitas

por Lusa
A polícia israelita disparou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar milhares de palestinianos durante confrontos no Monte do Templo, ou Esplanada das Mesquitas Amir Cohen - Reuters

Jerusalém, 27 jul (Lusa) - Pelo menos 48 pessoas ficaram hoje feridas em confrontos entre palestinianos e a polícia israelita na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, à qual acorreram centenas de muçulmanos para rezar, após o fim de medidas especiais de segurança.

O Crescente Vermelho informou que 37 pessoas foram atendidas perto da Porta dos Leões (pela qual se acede à Esplanada), enquanto que outras dez ficaram feridas já dentro do recinto, onde já estavam colocadas as forças de segurança israelitas, que fizeram várias cargas com material anti-distúrbios.

Quatro dos feridos foram levados para um centro hospitalar, informou o serviço de emergência.

Soma-se ainda um polícia que ficou ferido devido a uma pedrada, informaram as autoridades em comunicado.

O Crescente Vermelho palestiniano precisou que alguns apresentavam ferimentos causados pelas balas de borracha, outros devido a espancamentos, incluindo fraturas de ossos.

Enquanto os manifestantes atiraram pedras no interior do recinto (sagrado tanto para muçulmanos como para os judeus), a polícia disparou balas de borracha e gás lacrimogéneo.

Os manifestantes içaram bandeiras palestinianas no topo da mesquita de Al Aqsa, dentro do recinto sagrado, algo que não é permitido, pelo que foram retiradas pela Polícia, informou a porta-voz Luba Samri.

Centenas de fiéis acorreram ao local, seguindo o apelo das autoridades islâmicas para que rezassem hoje no recinto. O apelo surgiu após um período de quase duas semanas em que os muçulmanos não rezaram no local, em protesto contra as medidas especiais de segurança -- entretanto retiradas - colocadas pelas autoridades israelitas na sequência de um ataque terrorista.

Algumas dezenas entre a multidão de manifestantes exigiram a abertura de todas as portas da Esplanada e alertaram que não iriam entrar quando viram que o acesso de Huta estava fechado.

A 14 de julho dois polícias israelitas foram assassinados a tiro por três terroristas israelo-árabes muito perto do acesso de Huta (próximo da Porta dos Leões), o que levou à instalação de medidas de segurança reforçadas, como detetores de metais e controlos policiais mais apertados.

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