O vice-presidente dos Estados Unidos revelou hoje no parlamento israelita que a embaixada norte-americana em Jerusalém vai abrir em 2019, numa sessão marcada pela expulsão de vários deputados árabes que apuparam o número dois da administração Trump.
No seu discurso aos deputados israelitas, Mike Pence disse que a decisão do Presidente Donald Trump de transferir a embaixada de Telavive para Jerusalém acontecerá em 2019, antes do inicialmente previsto.
Em dezembro, Trump justificou a decisão de mudar a embaixada por considerar que Jerusalém é a capital de facto de Israel, um anúncio que provocou contestação da comunidade internacional e, sobretudo, da Palestina e do restante mundo árabe.
A estimativa inicial para concluir a transferência da embaixada indicava um período de três a quatro anos.
Pence disse que a administração vai avançar com o plano nas próximas semanas, pelo que o processo estará concluído no ano que vem.
A presença de Pence no parlamento israelita, conhecido por Knesset, em Jerusalém, ficou marcada pela expulsão de vários legisladores árabes, que apuparam o vice-Presidente dos Estados Unidos no início do seu discurso.
O principal partido árabe no Knesset tinha alertado anteriormente que iria boicotar a sessão.
Ayman Odeh, líder da Lista Árabe Conjunta, considerou que o seu partido tem o "direito democrático" de boicotar o discurso do responsável norte-americano.
No Twitter, Odeh tinha dito que o partido não iria fornecer um "cenário silencioso" a um homem que apelidou de "perigoso racista".
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que o boicote era uma vergonha.
Tanto o primeiro-ministro israelita como outros deputados aplaudiram Pence de pé.
O Knesset, estrutura habituada a visitas de alto nível como a de Pence, aumentou hoje as medidas de segurança, impedindo os deputados de se aproximarem de Pence.