PM são-tomense destaca combatente pela democracia e desenvolvimento de Angola

por Lusa

O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus enviou uma mensagem de condolências ao Presidente angolano pela morte do ex-chefe de Estado José Eduardo dos Santos, que considerou como "um combatente pela liberdade, democracia e desenvolvimento de Angola".

"Foi com profunda consternação, que tomei hoje conhecimento através dos meios de comunicação social, da triste notícia sobre o passamento físico do engenheiro José Eduardo dos Santos", refere Jorge Bom Jesus, endereçando "ao Governo e ao povo de Angola, bem como à família enlutada" as "mais sinceras e profundas condolências, nessa hora de dor e de luto".

O primeiro-ministro são-tomense sublinhou que "José Eduardo dos Santos foi em vida um combatente pela liberdade, democracia e desenvolvimento de Angola, tendo durante o seu percurso político, dedicado igualmente às causas da paz internacional, da solidariedade entre os povos e, muito em particular, foi um grande amigo da República Democrática de São Tomé e Príncipe".

"Pelo que, em nome do Governo, quero aqui deixar registada a expressão da nossa eterna gratidão", acrescentou.

O primeiro-ministro são-tomense refere ainda que "José Eduardo dos Santos ficará indelevelmente marcado como uma das maiores figuras políticas angolanas, sendo certo que os seus feitos serão eternamente recordados, especialmente pelo povo irmão da República de Angola".

Por sua vez, o presidente do parlamento são-tomense, Delfim Neves também reagiu "com muita tristeza" à morte de José Eduardo dos Santos, afirmando que "o sentimento de tristeza do povo angolano é também sentimento de tristeza do povo são-tomense".

"A morte é sempre algo que surpreende, sobretudo para alguém que desempenhou com muita dedicação o papel de Presidente da República de um país que nos é irmão, quer na sua relação de cooperação, como também na sua relação de família (sanguínea)", afirmou Delfim Neves, à margem da cerimónia de lançamento de um livro na capital são-tomense.

Também à margem da mesma cerimónia, a ex-primeira-ministra são-tomense, Maria das Neves considerou que "Angola perdeu um dos seus mais ilustres filhos, a África perdeu um grande homem", referindo-se a José Eduardo dos Santos como "um ilustre dirigente".

"Conheci-o como arquiteto da paz, um homem que garantiu a estabilidade em Angola, um homem que foi muito solidário, sobretudo com São Tomé e Príncipe. Nós sempre tivemos muito carinho do Presidente José Eduardo dos Santos", sublinhou Maria das Neves.

José Eduardo dos Santos morreu hoje aos 79 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento, anunciou a presidência angolana, que decretou sete dias de luto nacional.

Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo, marcada por acusações de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.

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