Agentes da Polícia Federal brasileira estão hoje a cumprir 54 mandados de prisão contra elementos de uma organização especializada no tráfico de droga a partir da Venezuela, Colômbia e Bolívia, introduzida depois no Brasil, Estados Unidos e Europa.
Desde o início da manhã que estão a ser cumpridos, ainda, 81 mandados de busca e apreensão, desenrolando-se a operação nos estados de Tocantins, Goiás, Paraná, Pará, Roraima, São Paulo, Ceará e no distrito federal.
A Justiça brasileira determinou a apreensão de 47 aeronaves alegadamente usadas para transportar droga, determinou o sequestro judicial de 13 fazendas, assumindo assim a posse de propriedades com mais de 10 mil cabeças de gado bovino e o congelamento de bens e contas bancárias de cerca de 100 pessoas e empresas ligadas ao suposto grupo criminoso.
"Segundo a investigação, que teve início há dois anos, no período compreendido entre meados de 2017 e 2018, foram realizados no mínimo 23 voos transportando em média 400 quilos de cocaína cada, totalizando mais de nove toneladas", frisou a Polícia Federal num comunicado.
Além de pilotos, a organização mantinha mecânicos de aeronaves preparados para aumentar a autonomia dos voos e esconder o prefixo original dos aviões para que estes pudessem enganar as autoridades.
As investigações determinaram que a droga vinha de países como Colômbia, Bolívia, Venezuela, Honduras, Suriname e Guatemala até finalmente ser desembarcada no Brasil, Estados Unidos e países da União Europeia.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados vão responder na Justiça pelo crime de tráfico internacional de droga, parceria para financiamento de tráfico de droga, organização criminosa e branqueamento de capitais.
No total, cerca de 400 agentes de segurança estão envolvidos na operação, que também tem o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Grupo de Patrulha Aérea militarizado do estado de Goiás.