Polícia detém responsável do jornal Apple Daily

por Lusa
Ryan Law foi detido na redação do jornal que dirige Facebook

A polícia de Hong Kong deteve o chefe de redação, Ryan Law, e outros quatro responsáveis do jornal Apple Daily, por suspeita de conspiração com forças estrangeiras, ao abrigo da lei de segurança nacional, informaram os "media" locais.

A polícia disse que cinco responsáveis, incluindo quatro homens e uma mulher, entre os 47 e 63 anos, foram detidos por conluio com um país estrangeiro ou com elementos externos por pôr em perigo a segurança nacional, violando o Artigo 29 da lei, noticiou o South China Morning Post (SCMP).

Foram efetuadas buscas nas respetivas residências, não tendo ainda sido acusados.

"Notícias publicadas no jornal alegadamente constituíram uma ofensa à lei de segurança nacional", disse uma fonte policial ao SCMP.

Mais de 200 agentes entraram nas instalações do jornal para efetuarem uma busca com um mandado judicial. Em seguida, bloquearam as entradas e saídas do edifício, solicitando ao mesmo tempo a todo o pessoal que se registasse antes de entrar nas instalações.

O jornal tem assumido o seu apoio ao movimento pró-democracia. Esta é a segunda busca no Apple Daily em menos de um ano.

O milionário Jimmy Lai, o proprietário do jornal, foi acusado de conluio após a busca realizada em agosto. Lai está atualmente preso, após várias condenações pelo seu envolvimento em alguns dos protestos pró-democracia que abalaram Hong Kong há dois anos.

Autoridades congelam dois milhões de euros ao jornal

Dezoito milhões de dólares de Hong Kong (dois milhões de euros) de bens detidos pelo jornal pró-democracia Apple Daily de Hong Kong foram congelados ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, anunciou a polícia.

"Os ativos de três empresas, Apple Daily Limited, Apple Daily Printing Limited e Apple Daily Intellect Limited, foram congelados" e "ascendem a um total de 18 milhões de dólares de Hong Kong", disse o comissário chefe Steve Li aos jornalistas.

Esta é a primeira apreensão de bens em Hong Kong contra uma empresa de comunicação social.

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