Polícia moçambicana contabiliza 19 óbitos nos 43 dias da campanha

por Lusa

A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou um total de 19 óbitos relacionados com a campanha eleitoral, parte dos quais decorrentes de acidentes de viação, anunciou hoje o porta-voz da corporação.

"O número que a polícia tem, é de nove óbitos vítimas de acidentes de viação, decorrente da circulação das caravanas dos vários partidos políticos, para além dos mortos do incidente de Nampula", disse Orlando Mudumane, porta-voz do comando da PRM, contabilizando também a dezena de vítimas no meio de uma multidão que saiu de forma desordenada de um comício eleitoral no norte do país.

O porta-voz da PRM falava em Maputo, numa conferência de imprensa para dar a conhecer o estado de preparação da corporação, face às eleições.

Os números da PRM são diferentes dos fornecidos pelo Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização não governamental (ONG) que faz observação eleitoral no país, que contabilizou 44 mortos na campanha, parte devido aos acidentes referidos pela PRM, mas também por causa de casos de violência, incluindo homicídios.

O destaque da organização não governamental vai para o assassinato do observador Anastácio Matavel, diretor da ONG Sala da Paz, a 07 de outubro, baleado por polícias, segundo a própria corporação.

Um total de 13,1 milhões de eleitores moçambicanos vão escolher na terça-feira o Presidente da República, 250 deputados do parlamento, dez governadores provinciais e respetivas assembleias.

As sextas eleições gerais de Moçambique contam com quatro candidatos presidenciais e 26 partidos a concorrer às legislativas e provinciais, sendo que só os três partidos com assento parlamentar no país (Frelimo, Renamo e MDM) concorrem em todos os círculos eleitorais.

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