Polícia moçambicana diz que raptos são planeados dentro das prisões

por Lusa

Uma dirigente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), polícia moçambicana, admitiu que os raptos que têm acontecido no país são planeados dentro das prisões.

"No que respeita ao combate aos raptos que assolam o país, o Sernic chegou à conclusão de que a maior parte das ações criminosas são planificadas a partir das prisões", disse Benjamina Chaves, diretora provincial de Sofala, no centro do país.

Os mentores "são presos que já lá vivem há bastante tempo", acrescentou, ao retratar a prevalência dos sequestros na província.

As declarações divulgadas hoje por órgãos locais foram feitas por aquela responsável no sábado, por ocasião do quinto aniversário da polícia de investigação.

Segundo explicou, em 2021 a corporação evitou três tentativas de rapto que tinham como mentores reclusos, deteve 13 suspeitos e apreendeu três armas de fogo que eram usadas para intimidar as vítimas, na sua maioria empresários.

O caso mais recente aconteceu a 23 de dezembro, quando o Sernic em Sofala detetou os preparativos de um rapto e deteve alguns envolvidos, a maioria reincidentes e que tinham sido colocados em liberdade há três meses.

Após um período de relativa acalmia, as cidades moçambicanas, principalmente a capital do país, voltaram a ser atingidas desde 2020 por uma onda de raptos, visando principalmente empresários ou seus familiares.

Em novembro de 2021, a Polícia da República de Moçambique lançou a formação de uma força mista para responder a este tipo de crime, um grupo de oficiais que vão ser capacitados por especialistas ruandeses até abril de 2022.

 

 

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