Portugal reafirma intenção de acolher 500 menores refugiados que estão na Grécia

por Alexandre Brito - RTP
Reuters

Portugal já transmitiu à Comissão Europeia a disponibilidade para acolher refugiados que estavam no campo de refugiados de Moria, na Grécia. Esta manhã o ministro alemão do Interior tinha anunciado que 10 países da União Europeia vão acolher crianças e jovens migrantes.

Em comunicado enviado às redações, o Governo informa que "transmitiu à Comissão Europeia a sua disponibilidade para participar no esforço europeu de solidariedade para o acolhimento de pessoas que se encontravam no campo de refugiados de Moria".

Diz o executivo que esse esforço será realizado dentro do Acordo Bilateral já existente entre os dois países (Portugal e Grécia) para a recolocação de pessoas refugiadas e requerentes de asilo e da "manifestação portuguesa de disponibilidade para acolher um total de 500 menores não acompanhados".

Lê-se no comunicado que "no âmbito do Acordo Bilateral já assinado entre Portugal e a Grécia, irá proceder-se à agilização da já prevista transferência das primeiras 100 pessoas. Este Acordo Bilateral, que prevê o acolhimento de até 1000 pessoas que se encontram em campos de refugiados na Grécia, obteve luz verde da Comissão Europeia e tem vindo a ser acompanhado pela Organização Internacional para as Migrações".

Em relação aos menores não acompanhados, o Governo informa que "ainda em setembro está prevista a chegada de mais 28 pessoas, provenientes de campos de refugiados da Grécia. O primeiro grupo de 25 menores, de um total de 500 que Portugal se mostrou disponível para receber, chegou ao nosso país no passado dia 7 de julho". 

Tanto no âmbito do Acordo Bilateral, como na transferência de menores, as autoridades gregas determinam os perfis das pessoas priorizando as que se encontram em situação de maior vulnerabilidade.

A luz do dia na ilha de Lesbos revelou a destruição de praticamente todas as estruturas e bens dos refugiados que não conseguiram resgatar durante a fuga ao fogo. A exaltação dos migrantes dificultou a distribuição de água e comida. Mais de 12000 de homens, mulheres e crianças, que estavam alojados no campo de Mória, tiveram que fugir das chamas que deflagraram durante a noite de quarta-feira.

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