Português que viveu na Bolívia fala sobre a instabilidade no país

por Antena 1

O número de mortos durante os protestos na Bolívia aumentou para sete, após 23 dias de manifestações a favor e contra Evo Morales, que renunciou à presidência no domingo passado.

Estes são os mais recentes dados oficiais citados pela agência France Press.

Na terça feira, Evo Morales classificou de golpe de estado a proclamação da senadora Jeanine Añez como presidente interina da República.

Evo Morales está no México onde lhe foi concedido asilo político e, nas últimas horas, através da rede social Twitter, descreveu o golpe que o afastou do poder como sendo o mais astucioso e odioso da história.

Na última noite os Estados Unidos ordenaram que os familiares de funcionários do governo na Bolívia deixassem o país devido à instabilidade que se vive.

A Antena 1 conversou com um português que viveu na Bolívia e que agora, mesmo à distância, tem acompanhado o momento difícil que o país atravessa.

Nuno Negrões viveu sete anos em La Paz, regressou a Portugal em julho em parte porque já tinha receio do país vir a mergulhar na instabilidade.

Agora em Portugal continua atento ao que se passa na Bolívia e a falar com quem lá vive.

Apesar do presidente demissionário da Bolívia, Evo Morales, ter abandonado o país e viajado para o México, Nuno Negrões acredita que os atos de violência vão continuar no país porque muita gente continua a apoiar Evo Morales, que aliás ameaçou regressar ao com mais força e energia.

Nuno Negrões é casado com uma boliviana e não pensa, para já, em regressar à Bolívia.
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