Uma portuguesa de 50 anos está presa há dez meses pelo crime errado e há dez dias que se encontra em situação ilegal porque excedeu o prazo de prisão preventiva previsto em São Tomé e Príncipe. A história de Isabel Gonçalves é complexa, mas resume-se a um caso que, em Portugal facilmente seria comparável ao colapso do Banco Espírito Santo.
Algo que não aconteceu por acaso. Além de ser angolano, Rui Mendonça tem nacionalidade portuguesa desde 1991 e por isso não poderá ser extraditado. As autoridades de São Tomé só conseguiram deter e julgar Isabel Gonçalves.
A portuguesa nem sequer trabalhava no banco mas foi considerada o braço direito do administrador.
Foi condenada a cinco anos de cadeia por branqueamento de capitais, apesar de o Tribunal de São Tome ter dado como provado que Isabel não conhecia a origem ilícita do capital, o que é condição essencial à tipificação deste crime.
A Procuradoria-Geral são-tomense só pediu a extradição de Rui Mendonça agora, dois anos após o início do processo.