O Reino Unido, a França e a Alemanha desejam que os Estados Unidos continuem a respeitar o acordo nuclear com o Irão e que não sejam impostas mais sanções. O presidente dos Estados Unidos já criticou o acordo e vai tomar uma decisão na sexta-feira.
"Queremos proteger o acordo contra todas as decisões possíveis que possam prejudicá-lo", afirmou o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel.
"O acordo está a resultar. Estão a ser cumpridos os objetivos principais, o que significa manter o programa nuclear iraniano sob controlo e vigilância estreita", disse Federica Mogherini, a Alta Representante da União Europeia para a política externa.
O secretário das relações exteriores britânico, Boris Johnson, também disse que o acordo é forma do Irão mostrar que é um “bom vizinho na região”.
Nos nove relatórios elaborados pela Agência Internacional de Energia Atómica consta que o Irão está a cumprir com o acordo.
Numa reunião em Bruxelas, Mohammad Javad Zarif, o ministro das Relações Exteriores do Irão, afirmou que se voltarem a ser impostas sanções, o seu país desvincula-se do acordo e pode regressar à produção de urânio enriquecido.
“O pior acordo alguma vez assinado” – Trump
O presidente dos Estados Unidos já referiu repetidas vezes que o acordo alcançado com o Irão em 2015 é o pior acordo que podia ter sido alcançado.
Os receios de Donald Trump baseiam-se no programa de mísseis balísticos iraniano, um dos maiores do médio oriente, e o envolvimento do país nos conflitos da Síria e do Iémen.
Atualmente existe um escudo de mísseis norte-americano instalado na Europa, sob o comando da NATO, face à ameaça dos mísseis de Teerão.
Uma decisão sobre o acordo deverá ser tomada por Washington na sexta-feira. Até agora o pacto tem sido para muitos a chave para impedir o Irão de construir uma bomba nuclear.
Uma mudança de posição dos Estados Unidos pode representar um retrocesso significativo.