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Prefeito do Rio de Janeiro diz-se alvo de perseguição política após prisão

por Lusa

O presidente cessante da Câmara do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, afirmou-se alvo de perseguição política após ter sido preso hoje por suspeitas de ligação a um alegado esquema de subornos.

"Isso é uma perseguição política. Lutei contra todas as empreiteiras, tirei recursos do pedágio [portagem], do Carnaval, e isso é perseguição. Quero que se faça justiça", disse Crivella segundo o jornal O Globo.

O prefeito cessante, que também é pastor evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), cujos líderes são os principais apoiantes de Bolsonaro, irá deixar o cargo no dia 01 de janeiro depois de ter perdido a reeleição para o seu antecessor, Eduardo Paes.

O advogado Alberto Sampaio, responsável pela defesa de Crivella, afirmou que a prisão do autarca é uma injustiça e anunciou que vai recorrer para o colocar em liberdade.

"Foi uma surpresa, certamente. Com certeza. Vou pedir ainda hoje um `habeas corpus`", declarou Sampaio.

O Republicanos, partido político do prefeito `carioca`, divulgou uma nota afirmando que aguarda "detalhes e os desdobramentos da prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella".

"O partido acredita na idoneidade de Crivella e vê com grande preocupação a judicialização política", afirma.

Investigações no início deste ano mostraram que Crivella tinha laços estreitos com Rafael Alves, um empresário que também foi preso hoje.

Alves teria prometido contratos governamentais em troca de pagamentos, disseram a polícia e os procuradores envolvidos no caso.

O homem nunca ocupou um cargo oficial, mas o seu irmão era o chefe do gabinete do Turismo da cidade e mantinha reuniões frequentes com Crivella. Os investigadores alegaram que Alves foi a pessoa que decidiu as empresas às quais iriam ser adjudicados contratos.

Jorge Felippe, presidente do conselho municipal, assumirá o cargo enquanto Crivella estiver detido.

O Ministério Público acusou Crivella e outras 25 pessoas de organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção em esquemas ilícitos que terão funcionado dentro do governo municipal.

A denúncia ainda não foi aceita pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas a juíza Rosa Helena Penna Macedo Guita autorizou as prisões e deve realizar uma audiência de custódia ainda hoje com Crivella, segundo os `media` locais.

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