A relação entre Estados Unidos e Israel foi discutida nesta terça-feira, num debate, na Carolina do Sul. Em causa estava a transferência da Embaixada Americana de Jerusalém de volta para Tel Aviv e a decisão de Bernie Sanders em adiar a conferência da AIPAC (American Israel Public Affairs Comittee).
O senador acrescentou que no entanto, “agora, infelizmente, Israel tem um racista que se encontra a dirigir o país”, referindo-se a Netanyahu, o primeiro-ministro israelita.
O intuito de Sanders, de mudar o local da Embaixada, foi divulgado pelo próprio ao referir que era algo que os Estados Unidos deveriam ter em consideração.
O empresário e ex-autarca Mike Bloomberg discordou da intenção do senador, ao afirmar que “a única solução aqui é uma solução de dois Estados” na qual, “os palestinianos têm de adaptar-se e o verdadeiro problema aqui é que existem dois grupos de pessoas, que pensam que Deus lhes deu o mesmo pedaço de terra - e a solução está obviamente em dividi-lo".
"Queremos ser um bom aliado em toda a região. A melhor maneira de fazer isso é incentivar as partes a chegarem à mesa de negociações. O grande erro de Donald Trump é que ele continua a colocar o polegar na balança de um só lado e isso afasta a possibilidade de ambas as partes chegarem a um acordo”, salientou a senadora Elizabeth Warren.
Reações aos comentários de Bernie Sanders
O ministro das Relações Exteriores de Israel não deixou passar sem crítica as declarações feitas por Sanders e acusou-o de tecer “comentários horríveis” sobre Jerusalém, acrescentando que aqueles que apoiam Israel não o irão apoiar na candidatura presidencial devido a tais comentários.
Um grupo de 347 rabinos assinou uma carta aberta ao candidato democrata, afirmando que apoiam o papel da AIPAC no avanço do relacionamento entre os Estados Unidos e Israel e rejeitam os seus “comentários ultrajantes”.
A AIPAC também se manifestou através de um comunicado onde afirma que os comentários feitos pelo Senador foram “verdadeiramente vergonhosos” e considerados como um “ataque de ódio ao evento político partidário”. Uma reação pouco comum, de um grupo que evita disputas públicas com líderes políticos.