A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai reunir-se de emergência na próxima segunda-feira devido à rápida propagação do vírus Zika na América Latina. Estima-se que o vírus venha a infetar em 2016 até quatro milhões de pessoas. A doença já foi confirmada em pelo menos 23 países.
Dr Chan: The International Health Regulations Emergency Committee on #ZikaVirus to meet on Mon., 1 Feb 2016 in Geneva #Zika
— WHO (@WHO) 28 janeiro 2016
Em Portugal o número de casos de infeção com o vírus Zika pode em breve chegar a seis, todos contraídos no Brasil, revelou o diretor-geral da Saúde, Francisco George.
Mosquito comum passa a suspeito
O vírus que está a alastrar na América Latina é fonte de preocupação crescente para os cientistas.
Até agora acreditava-se que o mosquito Aedes - confinado a climas tropicais - era o único que podia transmitir o Zika.
Alguns especialistas admitem que o Zika tenha já encontrado outro portador num mosquito mais comum em todo o mundo. Investigadores brasileiros dizem agora estar a menos de um mês de confirmar este dado.
Perante a progressão do vírus, o Governo brasileiro decidiu recorrer ao exército, juntamente com equipas de saúde, para tentar conter a disseminação dos mosquitos. Todavia, os esforços não parecem gerar resultados.
Ana Felício, José Luís Carvalho - RTP
Acredita-se que o vírus também já esteja num mosquito denominado Culex, 20 vezes mais comum que o Aedes, e que se encontra em várias zonas das Américas, África e Ásia, podendo espalhar mais rapidamente o vírus Zika para lá do Continente Americano.
Epidemia mundial, um cenário
Ainda não há cura para o vírus e prevê-se que uma vacina só possa produzir efeitos dentro de uma década. E quaisquer resultados conclusivos de ensaios clínicos não deverão estar disponíveis antes dos próximos dois anos.
A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, já pediu ajuda aos países vizinhos para o combater à epidemia, avisando que só o trabalho em conjunto pode levar a um maior conhecimento sobre a doença.
O vírus foi descoberto pela primeira vez em 1947, no Uganda, e os sintomas são semelhantes à dengue.
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