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Principais grupos políticos em sintonia sobre financiamento de políticas estruturantes

por Andrea Neves, correspondente em Bruxelas Antena 1

Foto: Reuters

Uma decisão tomada uma semana antes da cimeira de chefes de Estado e de Governo da próxima semana.

António Costa já reagiu e diz que é uma posição contra a divisão, afirmando a coesão.

O primeiro-ministro reagiu no twitter e mostrou-se satisfeito com a posição dos quatro maiores grupos políticos do Parlamento Europeu que decidiram acolher a posição dos Amigos da Coesão para o próximo quadro financeiro plurianual, o orçamento de longo prazo da União Europeia. Defendem, assim, a manutenção do atual nível de financiamento da política de coesão em termos reais. 

António Costa diz que é mais uma medida contra a divisão. 

Partido Popular Europeu, Socialistas e Democratas, os liberais do Renovar a Europa e os Verdes juntam-se assim aos 17 países Amigos da Coesão que o primeiro-ministro reuniu em Beja para a reforçar a posição de princípio: não aos cortes em políticas estruturantes como a da Coesão, mas também a Política Agrícola Comum.

O Parlamento Europeu vai ainda defender a criação de novas fontes de receitas próprias da UE, sem as quais não aceitará o próximo orçamento.

Os quatro maiores grupos políticos querem o financiamento necessário para os principais programas da UE nas áreas de juventude, pesquisa e inovação, meio ambiente e transição climática, infraestruturas, digitalização, direitos sociais, migração, ação externa, segurança e defesa.

Esta posição surge uma semana antes do Conselho extraordinário no qual os chefes de Estado e de Governo querem chegar a um acordo sobre o valor do orçamento da União para os próximos sete anos.

De um lado, os países que não querem um orçamento com um valor global mais baixo que o que ainda vigora, nem cortes, muito menos em políticas estruturantes, e, do outro, os países mais a norte, contribuintes líquidos na sua maioria que consideram que é preciso baixar a percentagem do rendimento nacional bruto com que cada Estado membro contribui.

Cerram-se fileiras e já se antevê uma cimeira longa. Começa de hoje a uma semana, é certo, mas sem data para terminar. As delegações nacionais não querem dizer quantas noites de hotel já reservaram, mas admitem que podem ser algumas, e há vontade de ninguém deixar a mesa das negociações até haver acordo, Seja quando for.


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