O príncipe saudita Khalid Bin Abdullah Al-Saud provocou uma onda de críticas nas redes sociais, depois de ter sugerido uma campanha militar contra o Kuwait.
A Operação Tempestade Decisiva foi o nome dado a uma intervenção militar, liderada pela Arábia Saudita em 2015, no Iémen, que tem estado mergulhado numa guerra civil desde que o regime do marechal Ali Abdullah Saleh foi derrubado em 2011.
A Irmandade Muçulmana, por sua vez, é uma organização militar radical presente em vários países do Médio Oriente, África e Ásia que luta por estabelecer as leis do Islão como doutrina no funcionamento dos Estados muçulmanos. A organização é considerada a precursora do fundamentalismo islâmico contemporâneo, que deu origem a grupos mais violentos como a Al-Qaeda. O seu objetivo principal é o de unificar os países de população muçulmana.
Entre as várias críticas nas redes sociais aos comentários de Al-Saud, citadas pelo jornal Middle East Monitor, estiveram avisos ao príncipe saudita de que “o Kuwait não precisa de conselhos de ninguém”, quanto à forma de lidar com os seus assuntos internos.
Outros preferiram uma abordagem mais racional, argumentando que “todos os países do Golfo precisam de ser purgados da Irmandade Muçulmana” - entre os quais a Arábia Saudita. Ainda houve quem optasse por atacar diretamente Al-Saud, relembrando que a família real foi, recentemente, humilhada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, quando este disse aos jornalistas que o governo saudita não iria resistir caso os EUA lhes retirassem o apoio.