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Protesto em Israel contra a proibição de "Charlie Hebdo"

por RTP
Manifestação de Yisrael Beitenu, em Janeiro, a apoiar "Charlie Hebdo" Amir Cohen, Reuters

O partido Yisrael Beitenu, extrema-direita do Governo de Netanyahu, organizou um protesto contra a proibição de ser divulgado em Israel o semanário humorístico francês "Charlie Hebdo".

A petição promovida por Yisrael Beitenu protesta contra a proibição de "Charlie Hebdo" num texto intitulado "Hoje um jornal, amanhã o hino nacional".

Segundo o diário israelita Yeditoh Aaronot, o partido da extrema-direita, liderado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Avigdor Lieberman, lançou um abaixou assinado que afirma: "Ficámos espantados ao saber que a Comissão Eleitoral Central tinha aceitado o pedido do deputado Ahmad Tibi [de um partido palestiniano israelita] para proibir a distribuição de exemplares de 'Charlie Hebdo'".

E acrescenta: "Esta [a proibição de "Charlie Hebdo"] é um ataque grave à liberdade de expressão. É a capitulação ao terrorismo islâmico radical e aos seus representantes no Knesset [Parlamento]".

Vários activistas do partido Yisrael Beitenu iniciaram hoje no centro de Tel Aviv uma acção de recolha de assinaturas para a petição, que reclama o levantamento da proibição. Nas mesas colocadas na rua para recolha de assinaturas, deixaram exemplares do semanário francês em exibição, mas sem os venderem, para não poderem ser acusados de violar a proibição em vigor.

Um deputado daquele partido, Alex Miller, explicou a sua presença na recolha de assinaturas, afirmando que "nós viemos mostrar que não nos rendemos perante o terror ... Acho que esta decisão [a proibição] está errado e realmente espero compreendam que não podemos calar-nos".

Lieberman apoiou o lançamento da petição, declarando lamentar "que no Estado de Israel sejamos obrigados a lutar deste modo para tentar preservar a liberdade de expressão".
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