A Coreia do Norte celebra hoje o 85.º aniversário das forças armadas, numa altura de crescente tensão na região perante a possibilidade de Pyongyang efetuar um novo teste nuclear.
Apesar de não haver informações públicas de iniciativas de grande escala para assinalar a data na qual se acredita que foi fundado o Exército Popular da Coreia, a crescente tensão, alimentada por uma retórica bélica, entre Pyongyang e Washington, faz temer um novo teste norte-coreano.
O regime de Kim Jong-un aproveita muitas vezes efemérides para mostrar a sua capacidade militar.
As manobras anuais conjuntas que a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam nesta altura do ano, no sul da península coreana -- que a Coreia do Norte interpreta como um simulacro de uma invasão -- juntam-se à chegada iminente à zona do porta-aviões de propulsão nuclear norte-americano "Carl Vinson" e frota.
O Pentágono decidiu, há duas semanas, enviar o contingente como resposta a um míssil disparado a 05 de abril por Pyongyang.
Na segunda-feira, a Coreia do Norte afirmou que iria responder com "golpes mortais" a qualquer provocação por parte daquela frota.
A este cenário, junta-se a possibilidade de o exército norte-coreano, que há dez dias exibiu numa grande parada militar o que aparentam ser novos mísseis balísticos intercontinentais, decidir realizar um sexto ensaio nuclear.
As mais recentes imagens, capturadas por satélite, da base de testes nucleares de Punggye-ri, no nordeste do país, mostraram intensa atividade nas instalações.