Quénia sem plástico de uso único nas áreas naturais protegidas a partir de hoje

por Lusa
Reuters

O Quénia proíbe, a partir de hoje, a presença de plástico de utilização única nas suas áreas naturais protegidas, anunciou o ministro do Turismo e Vida Selvagem queniano, Najib Balala.

Os visitantes dos parques nacionais, praias, florestas e zonas de conservação não poderão transportar pratos descartáveis, copos, palhinhas, colheres, garfos e garrafas de água, artigos considerados altamente poluentes.

"Hoje, 05 de junho, Dia Mundial do Ambiente, a proibição dos plásticos de utilização única, incluindo garrafas e palhinhas, entrará em vigor em todas as nossas áreas protegidas e parques nacionais no Quénia", afirmou Balala, na sua conta da rede social Twitter.

A proibição foi anunciada há um ano pelo Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, que justificou a medida com o argumento de que "um ambiente sustentável é uma garantia para uma sociedade saudável, melhor e produtiva".

O Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), com sede em Nairobi, saudou hoje o "passo arrojado" dado pelo Quénia para reforçar a proteção das suas zonas naturais.

"Ao proibir os plásticos de utilização única dos seus parques e áreas protegidas, o Quénia junta-se ao resto do mundo na definição da agenda para a gestão sustentável dos resíduos, em consonância com o tema do Dia Mundial do Ambiente deste ano", afirmou a Diretora do PNUA para África, Juliette Biao, numa declaração.

Segundo o PNUA, a poluição plástica é uma das mais graves ameaças para a saúde do planeta.

Os plásticos de utilização única estão a contaminar a maioria dos ecossistemas, desde as florestas tropicais até às trincheiras oceânicas mais profundas do mundo. Quando o peixe e o gado os consomem, os resíduos plásticos acabam na cadeia alimentar humana.

Até 2050, a ONU estima que haverá mais plástico do que peixe no oceano, a menos que os governos e o setor privado promovam uma conceção, produção, utilização e gestão dos plásticos mais racionais e eficientes.

O Quénia já proibiu a utilização de sacos de plástico em 2017, uma iniciativa que reduziu em 80% esta presença no país na África Oriental, segundo um relatório recente do Sustainable Inclusive Business (SIB-Kenya).

Outros países africanos, como o Ruanda e a África do Sul, também tomaram medidas para proibir os sacos de plástico e os produtos de utilização única, feitos a partir desse material.

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