Rebeldes Huthis atingem instalação petrolífera saudita com míssil

por Lusa
Nas últimas semanas, o grupo intensificou os seus ataques, lançando repetidamente drones e mísseis contra as baterias de mísseis Patriot do reino D.R.-Facebook

Os rebeldes Huthis do Iémen disseram ter atingido, nas últimas horas, uma instalação petrolífera saudita na cidade portuária de Jiddah, o último de uma série de ataques transfronteiriços que o grupo reivindicou contra o reino.

Os meios de comunicação social estatais da Arábia Saudita não reconheceram para já qualquer incidente em Jiddah.

O brigadeiro-general Yehia Sarie, um porta-voz militar Huthi, escreveu no Twitter que os rebeldes dispararam um novo míssil de cruzeiro Quds-2 e publicou uma imagem de satélite que coincidia com a fábrica a granel North Jiddah da Aramco, onde os produtos petrolíferos são armazenados em tanques.

Os rebeldes, que são apoiados pelo Irão, afirmaram ter atingido a mesma instalação em novembro, um ataque que a coligação liderada pela Arábia Saudita admitiu mais tarde ter provocado um incêndio na fábrica.

A instalação situa-se a sudeste do Aeroporto Internacional Rei Abdulaziz de Jiddah, um grande aeródromo que acolhe peregrinos muçulmanos em direção a Meca.

Os voos que chegavam ao aeroporto estavam a ser desviados ou voavam em círculos nas últimas horas, sem explicação, de acordo com os dados de rastreio do website FlightRadar24.com.

Desde 2015, os Huthis que lutam contra a coligação militar liderada pela Arábia Saudita no Iémen têm como alvo os aeroportos internacionais, juntamente com instalações militares e infraestruturas petrolíferas na Arábia Saudita.

Nas últimas semanas, o grupo intensificou os seus ataques, lançando repetidamente drones e mísseis contra as baterias de mísseis Patriot do reino.

O conflito no Iémen começou em meados de 2014, quando os Huthis tomaram a capital, Sanaa, e ocuparam depois grande parte do norte. Em 2015, foi criada uma coligação internacional liderada pela Arábia Saudita para combater os rebeldes xiitas.

Cerca de 130.000 pessoas, a maioria civis, morreram desde o início da guerra, que gerou o pior desastre humanitário do mundo, segundo a ONU.
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