O ministro espanhol do Interior afirmou esta quinta-feira que o reforço do dispositivo policial em Barcelona custou 87 milhões de euros aos cofres públicos espanhóis. Juan Ignacio Zoido fez a defesa deste dispositivo, usado para tentar impedir o referendo ilegal que as autoridades catalãs realizaram a 1 de outubro.
“É um preço muito elevado que todos nós, espanhóis, temos de pagar devido à irresponsabilidade e obstinação do Governo independentista”, defendeu-se o ministro espanhol do Interior, citado pelo El País.
Apesar do custo elevado da operação, o Governo de Mariano Rajoy insiste que esta era necessária devido à realização do referendo independentista, considerado ilegal pela justiça espanhola, na Catalunha.
A intervenção da Polícia espanhola no dia do referendo foi amplamente criticada. Centenas de pessoas ficaram feridas na tentativa de Madrid em confiscar boletins de voto, urnas e impedir a votação. Zoido justifica a intervenção com “a limitada eficácia” da polícia regional da Catalunha, os Mossos d’Esquadra, na missão de impedir a votação.
O governante assinala que a democracia espanhola “viveu um dos seus momentos mais graves” devido ao “gravíssimo desafio de um Governo irresponsável”. Segundo Madrid, a polícia espanhola conseguiu desativar 113 centros de votação e impedir a abertura de cerca de uma centena de outros locais de voto.
Apesar da ação da polícia espanhola, a Generalitat da Catalunha anunciou que mais de dois milhões de catalães conseguiram votar no referendo. Noventa por cento destes eleitores votaram a favor da independência da região.