Reino Unido inicia programa de treino para soldados ucranianos sem experiência

por Lusa

As autoridades britânicas iniciaram hoje um programa de treino para soldados ucranianos sem experiência que durará cinco semanas, em plena invasão russa da Ucrânia.

"O programa para recrutas ucranianos, que decorre em solo britânico, dotará os soldados de competências de combate para sobreviverem e serem eficazes na frente de combate", indicaram as Forças Armadas da Ucrânia numa mensagem divulgada na sua página da rede social Facebook.

As forças ucranianas explicaram que esta formação permitirá aos recrutas "defender a sua pátria da agressão russa", uma vez que o treino prevê que os soldados sem experiência possam pôr à prova o que aprenderam nestas semanas".

O Reino Unido entregou à Ucrânia 2.300 milhões de libras (2.600 milhões de euros) em ajuda militar, o que inclui o envio de mísseis antitanque, lança-mísseis, veículos armados, artilharia, munições, explosivos e armas, entre outro equipamento.

No total, o Exército britânico treinou cerca de 22.000 membros dos efetivos militares ucranianos desde 2015, um ano depois de a Rússia ter anexado a península ucraniana da Crimeia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 313.º dia, 6.884 civis mortos e 10.947 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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