As projeções da noite eleitoral espelham aquele que é o pior resultado em mais de 80 anos para o Partido Trabalhista e o melhor para o Partido Conservador. No distrito de Blyth Valley foi pela primeira vez eleito um deputado conservador em vez de um trabalhista, revelando uma mudança na cena política. Caso as projeções se confirmem e Boris Johnson seja o grande vencedor, o Reino Unido deverá sair da União Europeia já a 31 de janeiro.
O primeiro-ministro português espera que, perante as projeções, o cenário de uma saída caótica possa ser evitado.
"Vamos aguardar pelos resultados finais para ver se confirmam estas previsões", declarou. "Tendo de haver Brexit", que seja "um Brexit devidamente negociado, preparado".
"Este já é o quarto acordo que a União Europeia negoceia com o Reino Unido, portanto espero que à quarta seja de vez", concluiu António Costa.
Francisco Veloso, diretor da Imperial College Business School, estimou que Boris Johnson não deverá encontrar grande flexibilidade para a negociação pós-eleitoral entre o Reino Unido e a União Europeia.
O líder trabalhista sempre foi contestado dentro do partido, pela sua visão radical de esquerda. Foi igualmente acusado de ser anti-semita e racista. Contudo, os resultados destas eleições, com a perda de círculos eleitorais em todo o país, incluindo em áreas tradicionalmente Labour, dificilmente irão permitir a Jeremy Corbyn continuar a liderar os destinos do partido.
A #corbynout, a pedir a sua demissão, surgiu na rede Twitter momentos depois do anúncio das primeiras projeções. A maioria dos seus críticos culpa a neutralidade assumida por Corbyn face ao Brexit, que, afirmam custou ao partido os votos dos que queriam ficar na União Europeia.
His opponents were shambling but he was worse.
— nicole lampert (@nicolelampert) December 12, 2019
His opponents were racist but he was worse.
His opponents lied but he was worse.
Time for Corbyn and his cult to go back to the extreme fringes where they belong. #corbynout pic.twitter.com/k5Mmd5XXgq
"Os seus opositores vacilavam mas ele era pior. Os seus oponentes eram racistas mas ele era pior. Os seus opositores mentiram mas ele era pior. Tempo para Corbyn e o seu culto regressarem às granjas de extremismo onde é o seu lugar. #corbynout", escreveu um internauta.
Outros contestam a tendência e defendem Jeremy Corbyn, pintando-o como uma vítima dos media, que estariam "violentamente contra ele".
It's confirmed
— klikr (@klikr) December 12, 2019
Labour lost Blyth valley which was their stronghold since 1950
Well done Jeremy Corbyn you will remain in history as the worst Labour leader.#GE2019 #GeneralElection #CorbynOut
Contudo, a perda de Blyth Valley, um bastião trabalhista desde 1950, é um abalo difícil de engolir. Mesmo entre os que defendem a sua liderança pensam que é tempo de Corbyn passar o testemunho.
Jeremy Corbyn voltou a liderar o Partido Trabalhista em eleições gerais, depois de ter sido derrotado por Theresa May, em 2017. Durante esta campanha eleitoral, o líder da oposição apostou na defesa do Serviço Nacional de Saúde e de uma sociedade britânica menos desigual.
Os resultados desta noite poderão marcar a saída de Corbyn da liderança do partido, caso se confirmem as previsões de nova derrota.
Jeremy Corbyn é deputado há 36 anos e começou a ganhar notoriedade dentro e fora do Partido Trabalhista quando deu a cara pelas grandes questões da esquerda britânica, como a causa palestiniana, o conflito entre Irlandas e a guerra no Iraque.
Corbyn, de 70 anos, lidera o partido desde 2015 e assumiu-se como candidato à liderança trabalhista depois de Ed Miliband ter sido cilindrado nas eleições gerais de 2015, com os conservadores de David Cameron a garantirem maioria absoluta.
O referendo para a saída do Reino Unido da União Europeia, em junho de 2016, foi o primeiro grande teste de Corbyn, defensor da continuidade do país entre os 28. E a vitória dos defensores do Brexit deixou o Partido Trabalhista num limbo.
Todas as sondagens das eleições desta quinta-feira colocaram o Partido Trabalhista em desvantagem face aos conservadores, mas não há garantias de que Corbyn deixe a liderança, em caso de nova derrota.
Os primeiros resultados de contagem efetiva de votos revelam uma perda forte dos trabalhistas e uma vantagem para os conservadores. O primeiro círculo a fechar, ganhando a corrida, foi o de Newcastle.
Em Blyth Valley, foi pela primeira vez eleito um deputado conservador em vez de um trabalhista, o que pode significar que, ao longo da noite, outras áreas habitualmente de maioria trabalhista vão ver mudanças.
Apesar de, nas regiões de Houghton e Sunderland South, a vitória ter sido dos trabalhistas, a percentagem desceu consideravelmente em comparação com as últimas eleições.
O enviado especial da RTP ao Reino Unido, José Rodrigues dos Santos, está a acompanhar a divulgação dos primeiros resultados.
O candidato do Partido Conservador, o primeiro-ministro Boris Johnson, é uma personalidade controversa. Sucedeu a Theresa May na missão de concretizar o Brexit e, aos 55 anos, não admite perder.
Herdou do pai o cabelo e a atitude despreocupada. Já a mãe, pintora, incentivou-o na carreira académica e nas artes.
Historiador com livros publicados, Boris Johnson foi jornalista, deputado e presidente da Câmara de Londres durante oito anos.
Controverso e provocador, nunca mediu as palavras, sobretudo contra a União Europeia, tornando-se um dos políticos britânicos mais populares.
Quando foi escolhido para líder dos conservadores, substituindo Theresa May no cargo, ocupou também o lugar de primeiro-ministro.
Depois de não ter conseguido cumprir com a promessa de concretizar o Brexit até 31 de outubro, Johnson tomou a decisão polémica de suspender o Parlamento por cinco semanas. A atitude acabou por ser classificada como antidemocrática pelo Supremo Tribunal, que a anulou.
Os trabalhos foram então retomados mas o impasse manteve-se, pelo que o primeiro-ministro se viu obrigado a pedir mais tempo a Bruxelas e 31 de Janeiro passou a ser a nova data de saída.
A marcação de eleições antecipadas acabou por ser a solução encontrada para legitimar uma posição: sair ou não da União Europeia.
Os resultados eleitorais no Reino Unido mostraram que os trabalhistas pagaram um preço elevado pela ambiguidade política sobre o Brexit e que o conservador Boris Johnson tem agora enorme margem de manobra, segundo analistas consultados pela agência Lusa.
"A cartada de Boris Johnson compensou", explicou à Lusa Paulo Vila Maior, professor de Ciência Política, referindo-se à forma como o líder conservador foi gerindo pausas e avanços e recuos no processo do Brexit, até conseguir centrar a campanha na questão da saída do Reino Unido da União Europeia e sair "muito reforçado" na sua posição de primeiro-ministro.
"Os trabalhistas nunca tiveram uma posição clara sobre o Brexit", conclui o historiador Francisco Bethencourt, salientando a profunda divisão que o tema provocou na sociedade britânica e considerando que os eleitores preferiram posições assertivas.
Os dois analistas concordam no impacto que terá um esperado reforço do Partido Nacional Escocês, que as previsões à saída das urnas apontam como um dos vencedores da noite eleitoral, prevendo um aumento de tensões independentistas.
"Esse crescimento vai reforçar as pretensões independentistas dos escoceses", considera Bethencourt, em linha com Vila Maior, que recorda a vitória dos eleitores da Escócia que preferiam a permanência na União Europeia.
Perante o pior resultado em mais de 80 anos para o Partido Trabalhista e o melhor para o Partido Conservador, Cristina Bandeira, professora de Ciência Política, considera esta uma "mudança muito, muito grande".
"Se, de facto, estas sondagens se vierem a verificar (...), será um ponto fulcral de mudança do panorama político no Reino Unido", disse à RTP.
Quanto ao Brexit, Cristina Bandeira considera que os próximos passos a tomar serão apenas o início da saída do Reino Unido da União Europeia. "Ainda há muito trabalho a fazer e há ainda muita incerteza pela frente", explicou.
Nicola Sturgeon, líder do Partido Nacional Escocês, já reagiu às primeiras projeções.
“As projeções sugerem uma boa noite para o Partido Nacional Escocês, mas são apenas projeções iniciais, por isso vamos apenas esperar para ver. O que indicam para o Reino Unido é sombrio”, admitiu.
Exit poll suggests good night for @theSNP - but it is just an exit poll and there are many marginals, so let’s just wait and see. What it indicates UK wide though is grim. #GE19
— Nicola Sturgeon (@NicolaSturgeon) December 12, 2019
Caso vencesse, Sturgeon pretendia parar ou reverter o processo do Brexit e dar prioridade ao referendo sobre a independência da Escócia.
A enviada especial da RTP a Londres Rosário Salgueiro observou os números da projeção avançada pelas televisões britânicas e assinalou a quebra acentuada do Partido Trabalhista.
"Pode também haver um desmembramento do Reino Unido tal como o conhecemos hoje", acrescentou a repórter, tendo em conta os resultados que terão sido obtidos pelos escoceses.
O enviado especial da RTP a Londres José Rodrigues dos Santos fez a primeira leitura da projeção avançada às 22h00 pelas televisões britânicas: um quadro de maioria absoluta para os conservadores de Boris Johnson.
Um porta-voz do Partido Trabalhista já reagiu às projeções, considerando que “ainda estamos no início da noite”, pelo que “ainda é muito cedo para declarar o resultado”.
“Nós, claro, sabíamos que estas eleições iam ser um desafio, com o Brexit na linha da frente do pensamento de muitas pessoas e com o nosso país cada vez mais dividido”, confessou.
“Mas o Partido Trabalhista mudou o debate na política britânica. Colocámos em primeiro lugar a propriedade pública, a revolução industrial verde e o fim da austeridade (…). Os conservadores apenas ofereceram mais do mesmo”, concluiu.
Boris Johnson já agradeceu a todos os que votaram nestas eleições.
“Obrigado a todos os que, por todo o nosso grandioso país, votaram, se voluntariaram e se candidataram. Vivemos na maior democracia do mundo”, escreveu o primeiro-ministro.
Thank you to everyone across our great country who voted, who volunteered, who stood as candidates. We live in the greatest democracy in the world. pic.twitter.com/1MuEMXqWHq
— Boris Johnson (@BorisJohnson) December 12, 2019
A vitória com maioria do Partido Conservador revelada nas projeções à boca das urnas levou a uma valorização em flecha da libra esterlina, após um dia em que afundou perante nove das principais moedas internacionais.
A libra rompeu as barreiras de 1.20 face ao Euro e de 1.34 face ao Dólar.
Caso se confirmem, estes resultados representam uma “vitória fenomenal” para os conservadores, considerou John Bercow, antigo Presidente da Câmara dos Comuns.
Em declarações à Sky News, Bercow disse que esta “vitória absolutamente dramática” permitiria a Boris Johnson terminar a primeira fase do processo do Brexit até ao final de janeiro.
O Partido Trabalhista conseguiu 191 lugares, o Partido Nacional Escocês 55 e os Liberal Democratas 13.
EXIT POLL: Conservatives projected to win election as Labour suffer major losses #GE2019
— Sky News Breaking (@SkyNewsBreak) December 12, 2019
CON: 368
LAB: 191
LIB DEM: 13
BREX: 0
SNP: 55
GREEN: 1
OTHER: 22 pic.twitter.com/FkqseCrrnR
O Partido do Brexit, de Nigel Farage, não elege nenhum deputado.
As opiniões dividem-se entre os eleitores que hoje foram às urnas. Os enviados especiais da RTP ao Reino Unido falaram com quem está a favor de Johnson, Corbyn, e até mesmo com quem esteve indeciso até se encontrar perante o boletim de voto.
Ao longo desta quinta-feira, assistiu-se no Reino Unido a uma grande afluência às urnas, destacando-se o eleitorado jovem, que pode ser decisivo na votação.
A enviada especial da RTP, Rosário Salgueiro, explica que os trabalhistas têm esperança nestes jovens.
Nas eleições de 2017, sete em cada dez jovens com menos de 24 anos admitiram votar no Partido Trabalhista.
Existem, porém, muitos eleitores que habitualmente votam nos trabalhistas e que, desta vez, disseram ter mudado o sentido de voto por não quererem Jeremy Corbyn no poder.
Se, tal como as sondagens indicam, os conservadores vencerem as eleições no Reino Unido, mas sem maioria absoluta, a situação de impasse em torno do Brexit poderá manter-se.
José Rodrigues dos Santos, enviado especial da RTP ao Reino Unido, explica que outro cenário possível caso Boris Johnson vença as eleições é o de Jeremy Corbyn se juntar aos liberal democratas ou aos nacionalistas escoceses.
A menos de duas horas do fecho das urnas, os candidatos continuam a usar o Twitter para apelar ao voto.
“Não deixem que voltemos ao Parlamento fragmentado que tínhamos antes de estas eleições serem convocadas”, pediu Boris Johnson. “Vamos avançar com uma maioria conservadora que consiga concretizar os assuntos”.
Let’s not go back to the broken parliament we had before this election was called.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) December 12, 2019
Let’s move forward with a majority Conservative government that can get things done.
“Votem no Partido Conservador para concretizar o Brexit”, acrescentou o atual primeiro-ministro britânico.
Já Jeremy Corbyn utilizou a mesma rede social para voltar a denunciar a alegada tentativa de Boris Johnson de “vender” o Serviço Nacional de Saúde aos Estados Unidos.
It's been tough keeping it to myself and not making any comment at all, especially when the stories have been leaked, however I had to. Now I know for certain which individual is selling off our NHS.
— Jeremy Corbyn | Vote today 🌹 (@jeremycorbyn) December 12, 2019
It's .............Boris Johnson.
Ready to stop him? #VoteLabourToday
“Tem sido difícil manter isto para mim e não fazer comentários (…). Agora sei, com toda a certeza, quem está a vender o nosso Serviço Nacional de Saúde”, escreveu o líder da oposição.
“É Boris Johnson. Estão prontos para o travar? Votem no Partido Trabalhista hoje”, concluiu.
Nigel Dodds, líder do Partido Unionista Democrático, deixou claro que nunca irá apoiar Jeremy Corbyn como primeiro-ministro.
“Para a maioria dos unionistas, Jeremy Corbyn está completamente fora de questão. Nunca iremos apoiá-lo como primeiro-ministro”, frisou.
“Ter Jeremy Corbyn como primeiro-ministro traz para a mesa muitas outras coisas que nunca poderíamos aceitar”, explicou Dodds.
Esta quinta-feira é dia de trabalho para muitos dos eleitores, que apenas puderam ir votar ao final da tarde. Por essa razão, as filas têm estado a crescer junto às urnas em várias localidades.
Long post work queues at a Salford Quays polling station pic.twitter.com/YyGShyvM4G
— George Mann (@sgfmann) December 12, 2019
I’ll be reporting from this polling station in islington as queues form outside despite the bad weather. Turnout across UKreported to be brisk to “unprecedented” in some stations. I’ll have more on #sixone @rtenews shortly #GE2019 #UKElection pic.twitter.com/ac8dogMsVz
— Dimitri O'Donnell (@dimitriodonnell) December 12, 2019
A pouco mais de três horas para o fecho das urnas, estima-se que a afluência dos eleitores tenha sido positiva, apesar de não haver ainda dados que permitam fazer comparações com a participação nas últimas eleições.
A enviada especial da RTP a Londres, Rosário Salgueiro, conta que até os britânicos mais indecisos foram às urnas, dizendo que foi no momento que olharam para o boletim de voto que tomaram a decisão final.
Vários eleitores disseram estar cansados do impasse em torno do Brexit, o que terá sido um incentivo ao voto, na esperança que o resultado eleitoral possa resultar em progressos neste processo.
O Partido Conservador enviou esta tarde um e-mail aos seus apoiantes a pedir-lhes que votem e a alertar para o facto de os trabalhistas estarem a conseguir muitos votos.
“As nossas equipas no terreno estão a aperceber-se de resultados elevados para o Partido Trabalhista”, lê-se no e-mail, assinado por Boris Johnson.
“Amanhã de manhã, o líder do nosso país vai entrar no número 10 [de Downing Street] e colocar em ação as suas políticas. Esse líder serei eu ou Jeremy Corbyn”.
“Neste momento, a única coisa que está entre Jeremy e Corbyn e Downing Street é o seu voto”, escreve o Partido Conservador.
“Portanto, já votou? A sua família e amigos conservadores já votaram?”, questiona.
O primeiro-ministro irlandês disse, em Bruxelas, esperar que as eleições britânicas não originem um Governo disfuncional e alertou para o que vem a seguir ao Brexit, caso este se realize no final de janeiro.
“O melhor para a Irlanda, para o Reino Unido e para a Europa é o fim da incerteza, portanto vamos trabalhar com qualquer que seja o resultado, seja ele a vitória de Boris Johnson com maioria absoluta ou uma maioria para os partidos que são contra o Brexit”, afirmou Leo Varadkar.
“Tem sido muito difícil trabalhar com um Governo ‘pendurado’ que não foi capaz de alcançar a maioria em relação a nenhuma decisão. Espero que não estejamos nessa posição amanhã”, confessou.
O chefe de Governo da República da Irlanda alertou ainda para o facto de o Brexit não ficar concluído mesmo que o Reino Unido abandone a União Europeia a 31 de janeiro.
“O Brexit não acaba com a saída do Reino Unido da UE. Apenas passamos para a próxima fase, e isso será muito importante”, explicou.
“O acordo de saída não resolve a questão do comércio, e a relação comercial entre o Reino Unido e a Irlanda é essencial para o nosso sector agrícola e alimentar, para os nossos exportadores e para as nossas pequenas empresas”.
Zoom in on my watch. pic.twitter.com/IQbxiOZYdz
— Jeremy Corbyn - Vote today 🌹 (@jeremycorbyn) December 12, 2019
Por cima do relógio de Jeremy Corbyn pode ler-se: "Se quer salvar o Serviço Nacional de Saúde, faça zoom no meu livro".
Quanto ao resultado, continua a incerteza sobre o resultado das eleições relacionada com a influência do partido do Brexit. Se Boris Johnson não conseguir maioria absoluta, continuar-se-á numa situação de impasse.
A coligação negativa em que vários partidos dão apoio ao Partido Trabalhista é um cenário improvável, mas não impossível
As urnas fecham às 22h00 e os primeiros resultados oficiais deverão ser conhecidos durante a madrugada.
Call received from polling station staff reporting an 80yr old male struggling to walk. On arrival, it transpired he'd overexerted himself walking to his local station to cast his vote.
— ORT Nottingham (@ORTsafenottm) December 12, 2019
We decided to drive him home & made him a nice hot coffee to warm him up#safer #citizenfirst pic.twitter.com/KcpQ8oGhwu
A polícia escocesa deteve um homem suspeito de ter colocado um engenho explosivo artesanal junto a um local de voto, em Motherwell, North Lanarkshire.
O engenho foi desativado com uma explosão controlada e os eleitores da secção de voto foram encaminhados para outro local.
O suspeito tem 48 anos e, apesar da detenção, as investigações prosseguem.A controlled explosion has been carried out at a polling station in North Lanarkshire after a 'suspicious' device was found. https://t.co/RLwRJ5QBiK
— HeraldScotland (@heraldscotland) December 12, 2019
Rosário Salgueiro, que esteve em várias cidades do Reino Unido na última semana, conta que o país está farto e cansado da questão do Brexit.
Nesta eleição, destaca, nota-se uma grande afluência às urnas, superior à registada em eleições recentes, sobretudo entre os eleitores mais jovens.
Forget politics, this is the main reason to log onto Twitter today #dogsatpollingstations pic.twitter.com/fGUyDpaSU6
— smitch (@Smitch2015) December 12, 2019
Me, jumper, polling station! - What’s not to like?! 😆Get out there and vote pals!!!! #dogsatpollingstations @BBCPolitics pic.twitter.com/ZVOpEVReiT
— Osc🌈Stan🦦Fox Terrierists🦄 (@oscarfoxterrier) December 12, 2019
#dogsatpollingstations it may be raining but Millie is proud to have her bark heard this Christmas #ElectionDay pic.twitter.com/kpInkEJhyz
— Sewing Loon (@Sewingloon) December 12, 2019
Com uma maioria nesta eleição, o grupo parlamentar dos tories deverá ser "muito mais coeso que o anterior" para aprovar os planos do primeiro-ministro.
No entanto, a maioria absoluta poderá não ser alcançada, e nesse caso a situação complica-se, refere Filipe Vasconcelos Romão.
Isto porque Boris Johnson afastou possíveis aliados nas recentes negociações com a União Europeia. Se Theresa May contou com o DUP (Irlanda do Norte) para conseguir uma maioria, Boris Johnson já não terá os unionistas à disposição.
A revisão do acordo prevê a possibilidade de uma fronteira no mar da Irlanda, com uma alfândega para os produtos transacionados no Mar da Irlanda. Este aspeto é "uma linha vermelha" para que o DUP apoie o acordo.
"Não havendo uma maioria, Boris Johnson terá sérios problemas para fazer passar o acordo. (...) Estas eleições são o tudo ou nada sobre a capacidade do Partido Conservador para implementar o projeto do seu líder e mentor de todo o processo", sublinha Filipe Vasconcelos Romão.
Do lado da oposição, Jeremy Corbyn não deverá vencer, mas caso obtenha um resultado que seja menos mau que o esperado, é possível que procure manter-se à frente do Partido Trabalhista.
No entanto, se houver uma maioria absoluta, isso poderá acabar por ditar a saída do líder da oposição, considera.
Os trabalhistas de Jeremy Corbyn tentam a todo o custo travar o processo e até propuseram a possibilidade de um novo referendo.
Mas Corbyn nunca foi claro no que pretende fazer, apenas defende novas negociações com a União Europeia.
Neste ato eleitoral, há quatro milhões de novos eleitores, dos quais 35 por cento são jovens, segundo indica a correspondente da RTP, Rosário Salgueiro.
Poderá haver um peso importante do voto jovem nestas eleições, sendo que uma elevada percentagem dos jovens se absteve de votar no referendo de 2016.
Diogo Costa, um jovem de origem portuguesa, reconhece que esta eleição é muito importante e que o Brexit é uma das primeiras políticas no programa eleitoral. Reconhece ainda que o Partido Conservador, de Boris Johnson, deverá sair vitorioso.