Renamo diz que Daviz Simango foi "uma referência do pluralismo político moçambicano"

por Lusa

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, considerou que o país perdeu uma "referência do pluralismo político", com a morte, hoje, do líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e autarca da Beira, Daviz Simango.

"Recebemos esta notícia com pesar e consternação, porque morreu um compatriota que era uma referência do pluralismo político em Moçambique", disse à Lusa o porta-voz da Renamo, José Manteigas.

O responsável descreveu Daviz Simango como "um contribuinte da consolidação do processo democrático moçambicano, através de uma participação ativa no xadrez político nacional". Antes de fundar o MDM, Simango militou na Renamo, partido pelo qual foi eleito para o seu primeiro mandato como autarca da Beira, em 2003.

O autarca decidiu concorrer a um segundo mandato na presidência da Beira, depois de a Renamo ter escolhido um outro candidato, acabando Daviz Simango por vencer o escrutínio e repetir a vitória em 2013 e 2018.

O secretário-geral do MDM, José Domingos, disse à Lusa que o partido recebeu a notícia da morte de Daviz Simango, aos 57 anos, pelas 11:00 (09:00 em Lisboa), através de fontes familiares, que confirmaram o falecimento numa unidade de saúde da África do Sul durante a última madrugada.

Daviz Simango "teve complicações quando alguns familiares da sua residência foram diagnosticados com o novo coronavírus", mas a causa da morte deve ser determinada por fonte médica, sublinhou.

"Já na África do Sul, estava a mostrar bons sinais, mas acabámos perdendo o nosso grande líder, o fundador do MDM e presidente do conselho autárquico da Beira", disse José Domingos.

Simango tinha sido transportado em 13 de fevereiro por via aérea para uma unidade de saúde da África do Sul devido a um problema de saúde súbito, segundo anunciaram familiares.

Em nenhum momento foi especificada a causa do problema.

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