O Senado norte-americano votou contra a vacinação obrigatória nas empresas com mais de 100 trabalhadores pretendida pelo presidente Joe Biden, uma iniciativa dos republicanos que deverá ficar sem efeito, devido à possibilidade de veto presidencial.
Esta medida, que deveria entrar em vigor em 4 de janeiro, mas está suspensa por ordem judicial, tem causado tumulto, num país em que o governo central é visto com suspeita pelos conservadores.
"A absurda exigência de vacinas do presidente Biden é um abuso de poder", disse o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, citado pela agência France-Presse (AFP).
Tal como McConnell, muitos republicanos dizem apoiar a vacina, mas opõem-se ao seu uso obrigatório.
"Sou contra qualquer obrigação de vacinação imposta pelo Estado a empresas privadas", disse Joe Manchin, senador da Virgínia Ocidental, um dos dois democratas que apoiaram a iniciativa.
O texto tem poucas hipóteses de sucesso: ainda tem de ser validado pela Câmara dos Representantes, onde os Democratas têm a maioria, antes de chegar a Biden, que pode vetá-lo.
Enquanto continua o braço-de-ferro entre o governo e os tribunais, a cidade de Nova Iorque decidiu impor a vacinação no seu território.
O autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, anunciou na segunda-feira que, a partir de 27 de dezembro, todos os trabalhadores do setor privado estarão sujeitos a vacinação obrigatória contra o novo coronavírus, que já matou mais de 790.000 pessoas nos Estados Unidos.