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Resposta cobre 5% a 20% dos apelos da ONU para Moçambique após um mês

por Lusa
ONU

A resposta aos apelos da ONU para apoio financeiro a Moçambique para enfrentar a covid-19 e ataques armados em Cabo Delgado varia entre 5% a 20%, respetivamente, quase após um mês de terem sido lançados, segundo a organização.

Os dados fazem parte de um resumo do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, sigla inglesa) sobre a situação humanitária em Moçambique divulgado no início da semana e hoje consultado pela Lusa.

Em coordenação com o Governo moçambicano, as Nações Unidas lançaram em 04 de junho um apelo aos parceiros internacionais para angariação de 68,1 milhões de dólares (61,6 milhões de euros) destinados a um apoio urgente a Moçambique para combate à covid-19 e já receberam 3,5 milhões de dólares (3,12 milhões de euros), ou seja, 5,1%.

O plano para enfrentar a covid-19 cobre ações previstas até dezembro: dá prioridade às necessidades dos mais vulneráveis, incluindo "pessoas a viver em situação de pobreza, deficiência, pessoas com HIV, idosos, população deslocada e comunidades em situação de risco".

Prevê-se que sejam abrangidas cerca de três milhões de pessoas de um total de oito milhões que a ONU estima necessitarem de ajuda, numa operação que envolve 57 parceiros setoriais.

No mesmo dia, foi lançado outro apelo para apoio a deslocados pela violência armada em Cabo Delgado no valor em 35,4 milhões de dólares (31,5 milhões de euros), tendo recebido sete milhões de dólares (6,2 milhões de euros), ou seja, 19,8%.

A fuga da população aumentou rapidamente à medida que a violência cresceu desde início do ano, refere a ONU, estimando que haja agora 211.485 pessoas que largaram tudo e procuraram refúgio seguro noutras povoações - num conflito que já matou, pelo menos, 700 pessoas.

Somando as comunidades de acolhimento, também já de si empobrecidas, estima-se que haja 712.000 pessoas a necessitar de ajuda e o plano pretende apoiar 354.000, cerca de metade, até final do ano.

 

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