O Presidente Donald Trump nomeou esta quarta-feira o embaixador dos Estados Unidos na Alemanha, Richard Grenell, como diretor dos serviços de informações (National Intelligence), ficando a cargo da supervisão de 17 agências de espionagem.
“Tenho o prazer de anunciar que o nosso embaixador altamente respeitado na Alemanha, Richard Grenell, se tornará o diretor dos serviços de informações”, referiu o Presidente norte-americano na rede social Twitter.
Trump acrescentou: “ Rick representa extremamente bem o nosso país e estou ansioso para trabalhar com ele”.
I am pleased to announce that our highly respected Ambassador to Germany, @RichardGrenell, will become the Acting Director of National Intelligence. Rick has represented our Country exceedingly well and I look forward to working with him. I would like to thank Joe Maguire....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) February 20, 2020
O embaixador assume assim o cargo que, desde 2019, estava ocupado por Joseph Maguire. Para o Presidente norte-americano, Grenell cumpre com os requisitos exigidos pela liderança dos serviços que coordenam as equipas de espeionagem: um líder “agressivo” e ao mesmo tempo “confiável”.A nomeação representa a acensão a um lugar de decisão de mais um apoiante de Trump.
Enquanto embaixador, Grenell fez algumas declarações que as autoridades alemãs consideraram como uma oposição ao governo local, nomeadamente quando se referiu às políticas de fronteiras abertas como “um fracasso” ou quando criticou a posição de Berlim em relação ao Irão.
Estes depoimentos levaram a que fosse construída do embaixador uma imagem negativa junto dos políticos alemães, chegando ao ponto de um deputado liberal chegar a pedir a expulsão de Grenell da Alemanha.
Cargo pode ser temporário
De acordo com a legislação norte-americana aprovada durante a Administração Bush no pós-11 de setembro, o nome do diretor dos serviços de informações tem de ser aprovado pelo Senado, ajudando nesse sentido um amplo currículo em segurança nacional.
Os antigos membros da CIA vêem a promoção do embaixador com alguma relutância, afirmando que “este é um trabalho que exige liderança, capacidade de gestão, substância e sigilo”, sendo que Richard Grenell “não apresenta o tipo de experiência exigida a alguém que ocupa uma posição tão relevante”.
